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Lágrimas, covid, cansaço: Atores contam como foi gravar fim de La Casa de Papel

Intérpretes de Professor, Tóqui e Rio revelam a emoção dos bastidores da série

03.12.2021, às 17H00.

La Casa De Papel chegou a seu fim. Nesta sexta-feira (3), a Netflix lançou os últimos cinco episódios da parte 5, concluindo oficialmente a série espanhola -- que ganhou uma bela sobrevida após ser adquirida pela plataforma de streaming, em 2017. E se a despedida foi emocionante para muitos fãs, ela foi ainda mais intensa para seus atores.

Álvaro Morte, o Professor, disse -- em declarações exclusivas ao Omelete -- que já havia passado por um luto ao se despedir de seu personagem lá atrás, quando a série havia sido finalizada originalmente, após ter suas duas partes exibidas no canal espanhol Antena 3.

Tive meu luto quando terminamos a Parte 2, e passei por esse processo de me desapegar daquele personagem que amava tanto. Quando de repente voltamos para a Parte 3, foi uma alegria. Então tomei isso como uma segunda chance, e tentei não sofrer pelo sim, mas sim aproveitar a oportunidade de estar com esse personagem".

Mas isso não tornou a experiência menos difícil. “Foi especialmente duro gravar, sobretudo por tudo que envolvem as cenas de ação, que foram muitas na Parte 5”, lembrou o ator. “Mas também foi muito emocionante saber que era a última”.

Para Álvaro, o último dia de gravações foi marcado por lágrimas, muitas lágrimas. “Tentei encarar como um dia qualquer. Mas foi uma despedida muito bonita. Quando terminamos, toda a equipe se juntou e comecei a chorar como se não houvesse amanhã. Me senti muito grato”.

Úrsula Coberó, a Tóquio, teve dificuldades de imaginar como seria a despedida depois de tanto tempo trabalhando com a mesma equipe. “Foram muitos anos -- e não fala só de mim, mas também do tempo que trabalhei com meus colegas de atuação, maquiagem, cabelo, figurino e o resto da equipe, sempre estivemos muito próximos”.

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A atriz ainda comparou a Parte 5 da série ao filme O Resgate do Soldado Ryan, notando que a proximidade do fim deixou a história bem mais intensa: “É La Casa de Papel, mas elevada à potência máxima. Tem mais sangue, mais sujeira e mais ódio do que nunca”. Ela ainda contou que chegava em casa, depois das filmagens, “sempre com tensão muscular ou cansada”, de tanto que os episódios exigiram fisicamente.

Miguel Herrán, o Rio, revelou que a experiência dos últimos episódios foi muito diferente por conta da pandemia de covd-19. “Tínhamos uma meta, que sempre era empurrada para frente. Se alguém testava positivo para covid-19, nós parávamos tudo. Então foi como se tivéssemos muitos finais. Era como se o fim nunca fosse chegar. E quando chegou, não conseguimos acreditar”, recordou.

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E foi uma pena porque não terminamos todos juntos. Senti falta de ter um momento final para todos nós”, completou.

Mas mesmo sem as complicações da covid, o ator também teve sentimentos mistos quanto ao fim da série. “Por um lado, fiquei muito feliz, porque me sinto como se estivesse encerrando um capítulo. Por outro,me sinto mal, porque já me havia acostumado com meus colegas e já estava confortável indo todo dia ao estúdio… Havia encontrado uma forma muito orgânica de trabalhar. Então foi um choque de emoções. Fiquei ao mesmo tempo muito feliz e muito triste”.

La Casa de Papel está inteiramente disponível na Netflix.