Depois de muita espera, o aclamado mangá Sakamoto Days, de Taku Kishimoto, finalmente ganhou sua adaptação animada. Com um episódio eletrizante, os fãs conheceram a versão aposentada de Taro Sakamoto, além de um vislumbre de seus tempos de glória. A premissa apresentada no primeiro episódio pode levar alguns otakus a pensar que o anime é um novo Gokushufudou — Tastsu, o Imortal, enquanto outros mais alinhados com a cultura pop global também podem associá-lo ao personagem John Wick, de Keanu Reeves. Mas afinal, as comparações são justas?
Sakamoto Days conta a história do lendário ex-matador de aluguel Taro Sakamoto, que se une a comparsas para combater a ameaça crescente de assassinos no Japão na tentativa de ter uma vida tranquila ao lado de sua amada família. Como vemos no primeiro episódio, o protagonista se aposentou sem a “benção” de sua antiga organização, por causa disso, seu ex-chefe envia um assassino telepata Shin Asakura para matá-lo. Vendo que não conseguiria completar sua missão, Asakura decide desistir, mas acaba sendo sentenciado no lugar do protagonista. No fim, Sakamoto aniquila a organização e salva a vida do telepata, que se torna seu novo funcionário.
Assim como Wick e Tatsu, Sakamoto se aposentou da vida de crime após conhecer o grande amor da sua vida e decidir se tornar uma pessoa melhor. Trocando a arma pelo avental, ele lembra bastante, o Yakuza, porém, não se torna um dono de casa prendado e volta a pisar no infértil solo do crime. Então nesse caso a conexão com Wick faria mais sentido? Não necessariamente, e alguns pontos reforçam isso. O personagem de Keanu Reeves voltou para o submundo por vingança por seu carro e cachorro e já não tinha mais uma esposa. Além disso, Wick trabalha sozinho, apesar de ter apoio, enquanto Sakamoto tem seu próprio grupo.
Mesmo com uma premissa em comum com outras obras, Sakamoto Days encontra originalidade para sua própria história e se mostra uma produção que merece a atenção do público. O anime está disponível na Netflix, e ganha episódio semanalmente aos sábados. Já o mangá é serializado na revista semanal Shonen Jump desde novembro de 2020 e no Brasil, o título é lançado pela Panini.