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Marcados Para Morrer | Crítica

Filme usa estética do vídeo-caseiro em ação policial

09.09.2012, às 00H28.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

Em tempos em que a estética da câmera na mão e "filmagem encontrada" já rende franquias de sucesso (Atividade Paranormal caminha para o quinto filme), era de se esperar que esse estilo popular migrasse para outros gêneros diferentes do terror, em que se estabeleceu desde Bruxa de Blair. Depois da comédia Projeto X, surge agora o policial Marcados Para Morrer (End of Watch), de David Ayer.

Marcados Para Morrer

Usando câmeras de carros de polícia, handycams (justificadas por um "projeto" de um dos protagonistas) e algumas câmeras convencionais (que a edição tenta incorporar sem muito sucesso à rotação dos aparelhos efetivamente inseridos na história), o filme acompanha uma dupla de policiais de Los Angeles em suas rondas. Jake Gyllenhaal e Michael Peña interpretam os dois, Taylor e Zavala.

Os atores estão ótimos juntos e a espontaneidade da troca em seus diálogos no carro-patrulha - normalmente falando de sexo e relacionamentos - sugere que há muito material improvisado ali. É nas cenas de ação, com perseguição e tiroteios, porém, que o filme ganha relevância, já que constrói tensão com bastante competência. Nesses momentos, emprega também câmera em primeira pessoa, emulando jogos de tiro como Call of Duty.

O final previsível e a ausência de uma trama melhor desenhada (criam-se vilões e situações que não vão adiante e terminam no vazio, como o caso do tráfico humano e o barracão de corpos), no entanto, prejudicam o que poderia ser o melhor dos filmes empregando essa estética já realizado.

Sobra carisma e pesquisa sobre a polícia de LA, mas falta estofo a End of Watch.

Entrevista exclusiva:

Omelete Entrevista Diretor e Elenco do filme (leia a transcrição)

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