Martin Scorsese disse lamentar que jovens entendam apenas filmes baseados em HQs como cinema. O diretor, que causou polêmica ao afirmar que não considera os filmes do MCU como cinema, voltou ao assunto durante uma entrevista no Festival de Roma. De acordo com o THR, Scorsese afirmou que os filmes baseados em HQs em si não são problema, mas sim, essas produções se tornarem o significado de cinema para o público:
“[Gostaria que] os cinemas apoiassem os filmes. Mas agora eles parecem estar mais favoráveis a parques de diversão e filmes de histórias em quadrinhos. Eles estão tomando conta das salas. Acho podemos ter esses filmes; está tudo bem. É que isso não deveria se tornar o significado de cinema para os jovens. Apenas não deveria”.
O diretor afirmou também que está torcendo para que as redes de cinema apoiem diretores autorais:
“A questão é que estou torcendo para os cinemas continuarem a apoiar cinema narrativo desse tipo”, citando cineastas como Paul Thomas Anderson, Wes Anderson e Noah Baumbach.
O filme mais recente de Martin Scorsese é O Irlandês, que conta a história real de Frank Sheeran (Robert De Niro), um veterano de guerra que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel mais perigoso da Máfia. Na produção, Al Pacino faz Jimmy Hoffa, o ex-presidente de uma associação que desaparece, fazendo com que Sheeran seja o principal suspeito.
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A produção terá uma estreia intimista nos cinemas dos Estados Unidos no dia 1º de novembro, para poder concorrer ao Oscar 2020, e chega à Netflix em 27 do mesmo mês. O filme será exibido também em cinemas brasileiros em 14 de novembro.