Após o sucesso de WandaVision, o MCU (Universo Cinematográfico Marvel) retornou ao Disney+ com Falcão e o Soldado Invernal. A série, que estreou nesta sexta-feira (19), traz Sam Wilson (Anthony Mackie) e Bucky Barnes (Sebastian Stan) após os eventos de Vingadores: Ultimato para manter o legado do Capitão América vivo.
Como de costume, a nova produção da Marvel está recheada de referências às HQs e ao próprio universo dos cinemas. Confira abaixo os principais easter eggs de Falcão e o Soldado Invernal:
Tenente Joaquin Torres
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Logo na cena de abertura do primeiro episódio descobrimos que Sam Wilson voltou a trabalhar para o exército norte-americano em missões secretas. Seu contato com a tropa é Joaquín Torres, o primeiro tenente vivido por Danny Ramirez. Nas HQs, Joaquín é um imigrante mexicano utilizado pelo cientista Karl Malus como cobaia em uma experiência que modifica seu DNA e lhe dá asas e poderes similares aos de uma ave. Como Sam Wilson atuava como Capitão América na época, ele convida Joaquín para se tornar o novo Falcão.
Ainda não se sabe se o personagem vai trilhar o mesmo caminho no MCU, mas uma outra pista foi deixada nos créditos da série. Quando aparece o nome do supervisor musical Dave Jord, é possível ver um aviso que diz “Powerbroker”, codinome do cientista que realizou as experiências com Joaquín.
O retorno de Batroc
A primeira missão de Sam Wilson em Falcão e o Soldado Invernal é uma perseguição ao grupo terrorista LAF. Seu líder é ninguém menos do que Batroc, clássico vilão do Capitão América que já havia aparecido no filme Capitão América: O Soldado Invernal. No filme de 2014, o personagem interpretado por Georges St-Pierre lidera o sequestro a um barco, quando é impedido por Steve Rogers.
Vingadores: Ultimato
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Ao contrário de WandaVision, que optou por focar no drama pessoal de seus protagonistas, Falcão e o Soldado Invernal aborda as consequências de Vingadores: Ultimato. A vitória da equipe, que trouxe metade da população mundial de volta, é citada logo no início, quando um homem na Tunísia agradece a Sam Wilson por trazer sua esposa de volta. O próprio herói faz referência a esse retorno em seu discurso no museu Smithsonian, quando lembra que bilhões de pessoas foram trazidas de volta.
A série também faz questão de lembrar que Sam Wilson foi um dos “blipados”, já que sua irmã cita algumas vezes que teve que se virar com os filhos nos cinco anos em que ele “esteve fora”. Por fim, Ultimato é referenciado também quando o gerente do banco pergunta se Tony Stark pagava os heróis, e oferece suas condolências, em referência ao sacrifício do herói.
Apátrida
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Em uma conversa com Joaquín Torres, Sam Wilson descobre a existência dos Apátridas (ou Flag Smashers, no original), um grupo que quer unificar o mundo por meio da violência. Esse é o nome de um clássico vilão do Capitão América, cuja motivação é exatamente a de destruir as fronteiras e unificar a humanidade por meio do terrorismo. Vale notar que nas HQs ele se chama Karl Morgenthau, personagem que aparentemente foi modificado para Karli Morgenthau, uma jovem garota interpretada por Erin Kellyman.
Steve Rogers em uma base secreta na lua
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Após revelar a existência dos Apátridas, Torres pergunta a Sam Wilson sobre um rumor que corre na internet de que o Capitão América desapareceu porque está em uma base secreta na lua. Embora não passe de uma piada, essa é uma piscadinha esperta para uma prática bastante comum nas HQs, que é estabelecer quartéis generais na lua. Na Marvel, os Inumanos já usaram o astro como lar, e na DC esse é o lugar em que o Batman esconde uma de suas várias bases secretas.
James Rhodes
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O primeiro episódio de Falcão e o Soldado Invernal tem a surpreendente aparição de James Rhodes, o Máquina de Combate. Aparecendo no discurso de Sam Wilson no museu Smithsonian, o herói interpretado por Don Cheadle tem o importante papel de questionar o Falcão sobre sua decisão de entregar o escudo. Esse é um passo importante nessa amizade, que foi bastante abalada em Capitão América: Guerra Civil, mas que parece ter voltado aos eixos após os eventos de Vingadores: Ultimato.
Exposição do Capitão América
Essa é mais uma das referências a cenários clássicos do MCU. Em Falcão e o Soldado Invernal, vemos a exposição do Capitão América no museu Smithsonian, local mostrado nos dois primeiros filmes do herói. Ele é mais lembrado justamente pela famosa cena de Capitão América: Soldado Invernal, quando Steve Rogers rouba seu antigo uniforme - para o desespero de um simpático segurança interpretado por Stan Lee. A novidade é que na série ele ganhou novos detalhes, como citações ao “blip”, uma lista de pessoas que desapareceram após o estalo de Thanos e até símbolos da S.H.I.E.L.D. e da Hidra.
As listas de Bucky
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Durante a sua terapia, Bucky ouve da psicóloga que precisa reparar os laços rompidos ao longo da vida como Soldado Invernal. Para isso, ele mantém uma lista com os nomes de pessoas que prejudicou - ou que foram beneficiadas pela Hidra - e vai, aos poucos, atrás de redenção. Entre os nomes no caderninho é possível identificar o de Helmut Zemo (Daniel Brühl), que caçou Bucky em Capitão América: Guerra Civil, e Yori Nakasima (Ken Takemoto), pai de um jovem morto pelo Soldado e com quem Bucky faz amizade após retornar do blip. E, embora alguns dos nomes sejam originais para a série, outros são referências a personalidades de dentro e de fora das páginas da Marvel.
O nome W Houser, por exemplo, remete a Wilhelm Houser, um general nazista assassinado pelos Comandos Selvagens de Nick Fury. Já “A Rostov" pode ser dois diferentes personagens dos gibis: Andre Rostov, o Bárbaro Vermelho, com quem Bucky criou inimizade ao ser preso em um campo de concentração soviético, ou Andrei Rostov, o Pistão, jovem revolucionário russo que chegou a namorar a Viúva Negra. O Doutor Kuznetsov, cientista espacial soviético, também tem seu nome listado por Bucky. Nas páginas, ele foi o responsável por Udarnik, um robô superinteligente criado para levar a União Soviética à vitória na corrida espacial.
Entre os nomes de pessoas reais na lista, estão Len Kaminski, roteirista da Marvel que trabalhou nas revistas do Homem de Ferro e Venom e criador de Rebecca, irmã de Bucky nas HQs. Outro nome real é Steve Whitaker, colorista que trabalhou em títulos como V de Vingança e uma edição de O Que Aconteceria se…? estrelada por Sam Wilson, Bucky Barnes e John Walker.
Paz em Wakanda
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Em sua sessão de terapia, Bucky Barnes cita o período em Wakanda como um dos poucos momentos de calma em sua vida, marcada ao longo de 90 anos por “uma briga atrás da outra”. Essa é uma forma sucinta de resumir a jornada do herói, que no MCU lutou a Segunda Guerra Mundial, foi usado como assassino pela Hidra, e ainda teve que lutar contra o exército de Thanos. Seu “momento de paz” ocorreu entre o final de Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita, quando ele se exilou em Wakanda para evitar machucar inocentes.
Tio Sam
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Ao chegar em seu antigo lar na Louisiana, Sam Wilson é recebido pela irmã, Sarah, que chama os filhos para dar um oi para o “tio Sam”. Além de ser uma forma carinhosa de chamar o herói, Tio Sam é o nome do mascote dos Estados Unidos, conhecido por ilustrar o cartaz que convida jovens para se alistar no exército. O fato de Sarah chamá-lo assim batendo continência praticamente escancara essa tiradinha.
O novo Capitão América
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O episódio inaugural de Falcão e o Soldado Invernal chega ao fim com a surpreendente apresentação de um novo Capitão América. Interpretado por Wyatt Russell, ele é John Walker, um antigo personagem dos quadrinhos que realmente vestiu o manto de Steve Rogers a mando do governo dos Estados Unidos. Batizado originalmente como Superpatriota e, depois, Agente Americano, ele ficou conhecido por seus métodos violentos e sem escrúpulos, que se distanciam muito do heroísmo limpinho de Steve Rogers. Ainda não sabemos muito sobre o personagem, mas a presença de uma arma em sua cintura indica que ele também deve usar de violência em sua passagem como Capitão América.
Agradecimentos Especiais
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Ao fim dos episódios de Falcão e o Soldado Invernal, podemos ver uma lista de agradecimentos especiais a quadrinistas importantes. Esse não chega a ser exatamente um easter-egg, já que essa é uma prática comum em filmes de super-heróis, mas vale citar os importantes criadores que entraram no rol de agradecimentos da série.
Em primeiro lugar, há agradecimentos para os criadores dos personagens. São eles Stan Lee e Gene Colan (Falcão), Joe Simon e Jack Kirby (Bucky Barnes e Capitão América), e Ed Brubaker e Steve Epting (Soldado Invernal).
Além deles, há agradecimento para autores como Mark Gruenwald e Paul Neary, criadores do Agente Americano e do Apátrida, Nick Spencer e Daniel Acuña, que escreveram a fase em que Sam Wilson foi Capitão América e a primeira aparição de Joaquín Torres, e outros grandes nomes como John Byrne, Bob Layton, David Michelinie e Tom Morgan.
Paraquedas para quê?
No segundo episódio de Falcão e o Soldado Invernal, Bucky Barnes tem a brilhante ideia de pular do avião sem um paraquedas. Apesar de seu pouso no mínimo desajeitado, esse momento é uma sutil homenagem à abertura do filme Capitão América: Soldado Invernal. Nele, o Capitão América pula de um jato da SHIELD direto para o barco sequestrado também sem paraquedas.
O Hobbit
A primeira conversa entre Falcão e Soldado Invernal na série não é exatamente amigável, especialmente porque Sam Wilson estava prestes a embarcar em uma missão para descobrir se os Apátridas fazem parte dos Grandes Três: andróides, alienígenas e magos. Nesse momento Bucky ironiza essa nomenclatura perguntando se o colega está indo enfrentar o Gandalf, clássico mago do universo de O Senhor dos Anéis. Questionado sobre como ele conhece o personagem, Bucky dá uma bela carteirada e diz que leu O Hobbit assim que foi publicado, em 1937.
O Lobo Branco
Durante a missão de reconhecimento aos Apátridas, Sam ironiza a postura de Bucky e pergunta se o colega virou o “Pantera Branca” depois de passar um tempo em Wakanda. Barnes apenas corrige o amigo, dizendo que seu codinome era Lobo Branco sem dar maiores explicações. Esse apelido é mais uma referência ao período em que o Soldado Invernal passou nas terras do Pantera Negra entre os eventos de Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita.
Estrela Negra
Além de dar maiores detalhes sobre o “novo Capitão América” John Walker, o segundo episódio apresentou seu parceiro Estrela Negra (ou Battlestar no original). Assim como nos quadrinhos, ele é Lemar Hoskins (Clé Bennett), um veterano do exército dos EUA que se voluntaria para ajudar o país ao lado do amigo.
Nas HQs tanto ele quanto John Walker compraram seus poderes com o vilão Mercador do Poder, e agiam em conjunto para construir a imagem do amigo como um herói. Em ataques ensaiados, Walker atuava como o “herói” Superpatriota, enquanto Hoskins interpretavam os vilões que ele derrotava. Assim como na série, John Walker assumiu o posto de Capitão América a mando do governo e escolheu Lemar Hoskins - que assumiu a identidade Estrela Negra - como parceiro.
"Última vez que roubamos o escudo"
Indignado com o surgimento do “novo Capitão América”, Bucky fica o tempo todo dizendo que Sam Wilson deveria pegar o escudo de volta do governo. Em uma delas, o Falcão se irrita e pergunta se Bucky se lembra da última vez em que roubaram o objeto - que acabou com Sam e Steve Rogers fugindo da justiça por dois anos e Sharon Carter (Emily VanCamp) declarada inimiga do estado. Isso ocorreu no filme Capitão América: Guerra Civil, quando a Agente 13 roubou não apenas o escudo do Capitão, mas também as asas do Falcão que haviam sido apreendidas após os heróis entrarem em ação sem assinar o Tratado de Sokóvia.
Isaiah Bradley
Uma surpreendente apresentação no segundo episódio foi a de Isaiah Bradley, personagem relembrado como o primeiro homem a vestir o manto de Capitão América após o desaparecimento de Steve Rogers. Apresentado na HQ Truth: Red, White & Black, o personagem interpretado por Carl Lumbly foi um dos 300 homens negros usados como cobaia para recriar o soro do Super-Soldado pelo exército norte-americano. Único sobrevivente do grupo, ele roubou o uniforme e o escudo de Rogers e liderou missões contra os Nazistas, assim como havia feito o Capitão América original. Julgado por traição pelo roubo, Isaiah foi condenado à prisão perpétua e só foi perdoado após 17 anos de cárcere.
Eli Bradley
Emocionante, a cena de Isaiah Bradley sorrateiramente plantou uma semente para o futuro do MCU. Nas HQs, Isaiah seguiu com sua vida após o cárcere e construiu uma família que chegou ao seu neto, Elijah. Nas HQs, Elijah Bradley herdou o soro de Super-Soldado de seu avô e adotou o alter-ego do herói Patriota, que assume a figura de Capitão América dos Jovens Vingadores. Ainda que o rapaz que abre a porta para Bucky e Sam não tenha seu nome citado, os créditos revelam que o ator Elijah Richardson interpreta um personagem chamado “Eli Bradley”.
Considerando que nas HQs os Jovens Vingadores são formados por personagens que estão aos poucos aparecendo no MCU, é de se esperar que ele retorne como parte do time no futuro.
Mercador do Poder
No segundo episódio, a líder dos Apátridas Karli Morgenthau recebe uma misteriosa mensagem em que diz “você pegou o que era meu. Vou achar e matar você”. Ao final do capítulo, o grupo é encontrado pelos “homens do Mercador do Poder” e acaba fugindo às pressas. Nas HQs, o Mercador do Poder é uma empresa chefiada por Karl Malus, um vilão que usa engenharia biológica e tecnológica para dar super-humanos, sendo responsável por dar poderes a John Walker, seu parceiro Lemar Hoskins e até a Joaquín Torres.
A apresentação do Mercador do Poder em Falcão e o Soldado Invernal é curiosa por dois motivos. A primeira é que Bucky e Sam dizem que os Apátridas são Super-Soldados, indicando que o grupo roubou o soro que os tornou fortes. E segundo, porque o próprio Karl Malus já apareceu - e morreu - no MCU durante a segunda temporada de Jessica Jones.
As “atrações” de Madripor
Principal cenário do terceiro episódio, Madripoor é velha conhecida dos leitores da Marvel. A suspeita cidade-estado conta com alguns dos estabelecimentos favoritos dos vilões e anti-heróis da Casa das Ideias, com alguns deles figurando no capítulo. Além de rápidas passagens pelas portas do Bar da Princesa, local onde Wolverine costumava "tomar umas" usando o apelido de Caolho, e o Stinger’s Strip House, casa segura usada por Nick Fury, Sam e Bucky são levados por Zemo (Daniel Brühl) ao Brass Monkey Saloon. Embora tenham um destaque bem menor que nos quadrinhos, sua presença abre a possibilidade de que esses locais sejam revisitados no futuro do MCU.
As heranças de Zemo
Diferentemente do que aconteceu em Capitão América: Guerra Civil, o título de Barão de Zemo é revelado, assim como sua grande fortuna, acumulada por décadas por sua família. Além de uma conta bancária recheada e alguns carros clássicos, o vilão também encontra a icônica máscara roxa dos gibis. O momento dá a entender que, assim como nos quadrinhos, o personagem vivido por Brühl, Helmut Zemo, não foi o primeiro Barão Zemo. Nas páginas, o título é hereditário, assim como a máscara, com Helmut sendo o 13º a assumir o manto e máscara.
Doutor Wilfred Nagel
No MCU, Wilfred Nagel (Olli Haaskivi) foi um dos cientistas recrutados pela Hidra para replicar o soro do supersoldado para o Programa Soldado Invernal. Recrutado pela CIA, ele teve acesso ao sangue de Isaiah Bradley, supersoldado apresentado no segundo episódio de Falcão e o Soldado Invernal e conseguiu avançar bastante em suas pesquisas, que foram descartadas após ele sumir no blip. De volta à vida, ele pediu ajuda ao misterioso Mercador do Poder para que ele financiasse seu trabalho.
O Nagel dos quadrinhos, no entanto, foi um dos cientistas que chefiaram o projeto Renascimento após a morte de Erskine, e tentou recriar a fórmula do supersoldado, testando-a em 300 recrutas negros.
Tigre Sorridente e a “verdadeira” história de Sam Wilson
Vilão ligado aos Novos Guerreiros nas HQs, o Tigre Sorridente teve sua identidade temporariamente roubada por Sam no terceiro capítulo de Falcão e o Soldado Invernal. Enquanto o personagem é desfigurado nos quadrinhos, sua versão do MCU parece atuar de maneira diferente para o crime.
Seu estilo mais chamativo, definido por Sam como “cafetão”, também remete às suas origens nos gibis. Em um arco extremamente controverso lançado em 1975, foi revelado que o personagem não era um veterano do exército, mas um golpista qualquer sequestrado pelo Caveira Vermelha. Usando o Cubo Cósmico, o vilão transformou Sam no parceiro perfeito para o Capitão América. Obviamente, essa origem já foi apagada por alguns retcons, embora o visual usado por Anthony Mackie no episódio use a edição como referência.
A relação de Zemo e Bucky com Wakanda
Em "O Mundo Está Vendo", quarto episódio da série, Ayo (Florence Kasumba) aparece para cobrar Bucky por ajudar Zemo a sair da prisão. Durante a sua conversa, a Dora Milaje lembra que ela havia sido escolhida a dedo para proteger o Rei T'Chaka (John Kani) em Capitão América: Guerra Civil e que sua honra foi ferida quando o monarca de Wakanda morreu no atentado do Barão.
No diálogo, a guarda real cobra lealdade a Wakanda do Lobo Branco, já que foram eles que o acolheram e o ajudaram a superar a lavagem cerebral feita pela Hidra. Quando o Soldado Invernal enfrenta as Dora Milaje e permite que Zemo escape, Ayo diz que "Bast o condena", referência à divindade protetora da nação africana.
"Ele deu uma de El Chapo?"
Reelz
Um dos traficantes mais conhecidos da história, Joaquin "El Chapo" Gusmán chocou o mundo ao escapar duas vezes da prisão, uma em 2001 e outra em 2015. A mais recente foi referenciada no quarto episódio de Falcão e o Soldado Invernal, quando Zemo usa uma passagem secreta em seu banheiro para fugir de Sam, Bucky, John Walker e das Dora Milaje em meio à luta entre eles.
El Chapo seguiu caminho semelhante, usando um túnel de cerca de 1,5 km cavado sob o banheiro de sua cela para fugir pela segunda vez da custódia do governo mexicano, sendo preso novamente apenas um ano depois de escapar. A semelhança entre as duas fugas foi notada por Sam que, incrédulo, pergunta para Bucky "ele deu uma de El Chapo?"
Os efeitos do soro do supersoldado
Em "O Mundo Está Vendo", quarto episódio da série, John Walker se injeta com o soro de supersoldado, que encontrou ao confrontar Karli na Letônia. Atingindo seu objetivo de alcançar as habilidades sobre-humanas de Steve Rogers, o novo Capitão América também sofreu com outro efeito da fórmula criada por Erskine (Stanley Tucci) em Capitão América: O Primeiro Vingador: o aumento das características dominantes de sua personalidade.
Já decidido a concluir sua missão antes mesmo de tomar o soro, Walker passa a agir de maneira ainda mais obcecada e violenta, culminando na chocante cena final do capítulo quatro.
A motivação da Apátrida
Assim como nos quadrinhos, o surgimento dos Apátridas está diretamente ligada à morte de um ente querido. Nos gibis, Karl Margenthau assume o manto de Apátrida após seu pai, um diretor da ONU que dedicou à vida à união de povos, ser pisoteado até a morte justamente em um evento da organização.
No quarto episódio de Falcão e o Soldado Invernal, Karli revela que foi acolhida após a morte dos pais por Donya Madani (Veronica Falcon), uma filantropa que deu lar, alimento e amor para pessoas desamparadas antes e depois do blip, mas que foi deixada desabrigada após o retorno dos desaparecidos. Na visão de Karli, os Apátridas lutam pelo mesmo ideal de Madani e para que seu legado não seja esquecido após sua morte.
"Verdade"
O primeiro easter egg do quinto capítulo da série vem já em seu título. "Truth", ou "verdade", em português, é o nome do quadrinho que apresentou Isaiah Bradley e contou sua história de origem. Aliás, a razão pela qual o supersoldado foi preso na série lembra o destino de seus companheiros nos gibis. Assim como em Falcão e o Soldado Invernal, as demais cobaias do experimento que deu poderes a Isaiah também foram mortas por ordens do alto comando do exército americano nos quadrinhos.
Novo Falcão confirmado?
Com o escudo devidamente recuperado das mãos de John Walker, Sam se encontra com Torres em uma base militar, com seu equipamento de falcão destruído. Quando o soldado questiona o herói se ele não vai levar as asas com ele, Sam responde apenas "pode ficar" e a reação de Torres dá a entender que ele seguirá o mesmo caminhos das HQs e se tornará o novo Falcão. Diferentemente dos quadrinhos, o jovem não vai precisar ser submetido a experimentos biológicos para se tornar um herói no MCU.
Val
Com uma aparição surpreendente, Julia Louis-Dreyfus fez sua estreia no MCU como a condessa Valentina Allegra de Fontaine, personagem introduzida em 1967 nos quadrinhos e que, após servir como agente da SHIELD, trocou de lado e assumiu a identidade de segunda Madame Hidra - saiba mais sobre a personagem.
O memorial de Sokovia
Mencionado no terceiro episódio de Falcão e o Soldado Invernal, o memorial em homenagem aos mortos na batalha entre Ultron e os Vingadores em Sokovia aparece no penúltimo episódio da série, quando Zemo passa para uma visita. É lá que o Barão e Bucky têm seu confronto final, com o personagem de Daniel Brühl explicando que não guarda qualquer rancor do Soldado Invernal, que mostra ter se livrado da persona violenta importa pela Hidra ao poupar seu inimigo.
A Balsa
Preso pelas Dora Milaje, Zemo é levado à Balsa, prisão dedicada a criminosos superpoderosos apresentada em Capitão America: Guerra Civil. Vale lembrar que, até o momento, todos os ex-ocupantes da cela ou fugiram ou fizeram acordos com o governo para cumprir suas penas em prisão domiciliar. Tanto a natureza de Zemo e quanto sua ligação nos quadrinhos com os Thunderbolts deixam as duas possibilidades abertas caso o personagem retorne no futuro da franquia.
"Nunca vão deixar um homem negro ser o Capitão América"
Frase proferida por Isaiah Bradley ao contar para Sam Wilson seu passado de supersoldado, "nunca vão deixar um homem negro ser o Capitão América" é ao mesmo tempo uma crítica ao racismo institucionalizado na sociedade ocidental e uma referência à reação de leitores conservadores da Marvel que criticaram o selo por dar o manto ao Falcão quando o soro no sangue de Steve Rogers parou de funcionar nas páginas.
As volumosas críticas feitas pelos fãs antes mesmo de Nick Spencer lançar sua elogiada fase no comando da revista do Capitão América destoavam muito da reação mostrada quando Bucky substituiu Rogers temporariamente, deixando claro a motivação racista por trás de grande parte destes protestos.
O Agente Americano vem aí
Como já se sabe, o John Walker dos quadrinhos deixa a identidade de Capitão América e assume o título de Agente Americano. Oficialmente despido do manto bandeiroso no quinto episódio de Falcão e o Soldado Invernal, Walker é incentivado por Val a seguir seu próprio caminho e começa a construir seu próprio escudo, dando a entender que sua história na série seguirá a trama dos gibis.
Bucky lutando por algo maior
Enquanto tenta impedir que os Apátridas sequestrem os membros do Conselho de Reparação Global (GRC no original), Bucky conversa com Karli, procurando convencê-la a abortar a missão. Questionado se nunca havia batalhado por algo maior que ele, o Soldado Invernal disse que é algo que faz com frequência, embora tenha falhado duas vezes.
A frase é referência às duas "mortes" de Bucky ao longo do MCU. A primeira foi em Capitão América: O Primeiro Vingador, quando o parceiro de Steve Rogers é arremessado para fora de um trem da Hidra. A segunda acontece em Vingadores: Guerra Infinita. De volta à ação pela primeira vez desde que se livrou da lavagem cerebral que o transformou em Soldado Invernal, Bucky faz parte do exército que enfrenta as forças de Thanos em Wakanda, mas não consegue impedir que o Titã Louco mate metade do universo. Bucky foi apenas um dos vários heróis transformados em pó pelo estalo do vilão.
Discurso na TV
Em sua primeira aparição pública como Capitão América, Sam Wilson dá um grande discurso sobre justiça e responsabilidade, exigindo que as pessoas com poder para alterar o status quo ouçam os necessitados e tenham maior consciência na hora de tomar decisões. A fala do ex-Falcão é transmitida pelas várias emissoras televisivas que acompanhavam a batalha contra os Apátridas, refletindo as páginas iniciais de Sam Wilson: Capitão América #1 de Nick Spencer, edição que deu o pontapé inicial para o arco do personagem no icônico manto.
"Malcolm, Martin, Mandela"
De volta à casa de Isaiah Bradley após se tornar o Capitão América, Sam tem uma conversa emocionante com o supersoldado renegado, que reconhece a importância de ter um homem negro no manto. Brincando com o protagonista, Isaiah diz que ele "não é nenhum Malcolm [X], Martin [Luther King] ou [Nelson] Mandela", alguns dos maiores símbolos da luta pelos direitos de pessoas negras da história. Embora a passagem possa parecer apenas uma comparação com ícones históricos, ela faz referência ao quadrinho Truth: Red, White & Black, que apresentou Isaiah.
Na história, Bradley se torna um símbolo secreto na comunidade negra, recebendo visitas de diversos ativistas, heróis e astros negros do mundo todo, com uma parede dedicada a retratos tirados com todos eles. Além de X, King e Mandela, Isaiah também tem fotos com o comediante Richard Pryor e o pugilista Muhammad Ali.
O novo traje de Sam Wilson
Um dos momentos mais esperados de Falcão e o Soldado Invernal era a cena em que Sam Wilson enfim usaria o traje de Capitão América. O primeiro vislumbre de que o personagem realmente assumiria o manto aconteceu no quinto episódio, quando Bucky pede para Ayo um novo uniforme para Sam feito com tecnologia de Wakanda, entregue ao ex-Falcão em uma maleta.
A origem da nova roupa reflete sua história nos gibis. Originalmente, o Falcão ganha suas primeiras asas do Pantera Negra, com um equipamento revestido de vibranium para ajudá-lo em batalhas que envolvessem armas de fogo. Anos depois, a roupa foi modificada por Tony Stark, que alterou as asas para que ela fossem feitas 100% da liga metálica de Wakanda. Com o Homem de Ferro morto e a nova roupa vinda diretamente de Wakanda, é muito provável que as asas do novo Capitão América da franquia já sejam feitas do metal hiperresistente e multi-uso também presente no escudo do herói.
Novo título?
Durante os créditos do episódio final, o letreiro com o titulo Falcão e o Soldado Invernal foi alterado para refletir os acontecimentos da série. Caso seja renovada para uma segunda temporada, a produção deve chamar Capitão América e o Soldado Invernal e focar mais uma vez na parceria entre Sam e Bucky, que desta vez devem atuar com menos limitações impostas pelo governo norte-americano.