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Monsters of Rock 2013 | Primeiro Dia

Culto ao Sepultura e shows do Slipknot, Korn, Hatebreed e Limp Bizkit são os destaques

20.10.2013, às 04H15.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

O mar de quase 30 mil pessoas presente na Arena Anhembi neste sábado (19) não deixa entender os 15 anos em que São Paulo ficou orfã do Monsters of Rock. Além de bons shows e uma devoção latente dos fãs à música, quem esteve lá pode ver uma série de homenagens ao Sepultura, reverenciada por três bandas do evento.

O grupo foi citado pelo Gojira, apareceu como Andreas Kisser no show do Hatebreed e como Derrick Green na apresentação do Korn. Fred Durst e o seu Limp Bizkit empolgaram o público com hits de uma década de idade; enquanto o Slipknot superou os defeitos técnicos e encerrou a noite com um espetáculo visual que levou roqueiros jovens e experientes ao delírio.

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Gojira e Hatebreed

Com um clima abafado e o sol forte, os franceses do Gojira fizeram sua estreia em solo brasileiro. "Explosia" iniciou o show que em quarenta minutos mesclou várias fases da carreira do grupo. E foi com eles que a primeira homenagem ao Sepultura chegou ao Monsters of Rock. Joe Duplantier, aniversariante do dia, disse que os brasileiros são uma "grande influência" para eles e dedicou "The Heaviset Matter of the Universe" à banda.

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Esta não foi a única lembrança ao Sepultura na tarde de sábado. Já no meio da apresentação, os americanos do Hatebreed chamaram Andreas Kisser para tocar "Refuse/Resist". A participação especial, no entanto, foi apenas uma adição ao ótimo show que a banda de Connecticut fez. A performance em "This is Now" e "Destroy Everything", por exemplo, empolgou até mesmo que não conhecia ou simpatizava com o grupo - o enérgico Jamey Jasta foi certamente um dos vocalistas destaque da noite.

Killswitch Engage e Limp Bizkit

O retorno de Jesse Leach aos vocais talvez fosse o momento mais aguardado do festival para os fãs de Killswitch Engage. Afastado da banda desde 2002, o cantor deu prioridade a faixas do último álbum, Disarm Decent, e foi o protagonista do fim de tarde ao enaltecer a atitude brasileira contra o próprio governo. "Vocês são exemplo para os americanos hoje", disse. Entre sucessos recentes e músicas renomadas, o Killswitch tocou a clássica "My Curse" no final do show, já com a lua despontando no céu de São Paulo.

Após a agitação do Hatebreed e a desacelerada com o KSE, era chegada a hora do Limp Bizkit mudar o tom do Monsters of Rock. Com um microfone defeituoso, Fred Durst puxou "Rollin" e uma série de sucessos de Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water, lançado em 2000. Fred Durst comandou a viagem no tempo ao lado do sempre excêntrico guitarrista Wes Borland, dessa vez pintado de prata e com adornos de led no rosto e no braço direito.

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Não bastasse a lembrança de "My Way", "My Generation" e "Hot Dog", o Limp Bizkit ainda fez cover de "Killing In The Name", "Smells Like Teen Spirit" e "Faith" - neste momento Durst, que fala demais entre as músicas fazendo o ritmo do show cair algumas vezes, decidiu cantar no meio da galera. Se apoiar em sucessos antigos e outros de terceiros não fez do show do LB o mais original da noite, mas certamente foi um dos mais comemorados pelo público.

Korn e Slipknot

Nenhuma banda teve altos e baixo tão intensos no primeiro dia do Monsters of Rock como o Korn. Quando optou por hits antigos como "Blind" e "Falling Away From Me" levou o público ao delírio; com faixas recentes o silêncio quase tomava conta da plateia. Não por acaso, em certo momento, Jonhatan, vocalista da banda, pediu mais barulho. "Eu não viajei até aqui para escutar só isso", disse.

Ao lado de "Freak on a Leash" e "Y'All Want A Single", a presença de Derrick Green foi outro ponto alto do show. Davis chamou o cantor do Sepultura no palco para juntos começarem "Roots Bloody Roots" e empolgar cada uma das pessoas presntes. Mesmo irregular, a apresentação mostrou o melhor som da noite e uma banda em plena forma - não importa a canção, ficou evidente que o Korn tem músicos de primeira qualidade.

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Em termos de produção, o encerramento não poderia ser mais apropriado. As luzes, as fantasias e o teatro fizeram do show do Slipknot a única apresentação realmente grandiosa do Monsters of Rock. No som, a banda não decepcionou e empolgou as 30 mil pessoas presentes - boa parte delas vestidas com camisas do grupo; alguns com as mesmas máscaras horrendas vestidas por Corey Taylor e Cia.

Apesar da performance completa do grupo - o vocalista demonstra domínio completo do show e plateia -, o som prejudicou boa parte da apresentação. Memso assim, os chiados e os estouros não parecia incomodar o público, que cantava e pulava enfurecidamente a cada nova canção. Foram quase duas horas de show com um serviço completo aos fãs: "Disasterpiece", "Before I Forget", "Pulse of Maggots", "Dead Memories" e "Spit It Out", que encerrou a apresentação. O esperado bis veio com "(sic)", ""People=Shit" e "Surfacing".

Em meio a acrobacias e atividades com o público, o Slipknot fez uma homenagem ao falecido baixista Paul Gray e prometeu retornar ao país em breve. Em um show como esse, não há como parar de olhar para o palco por muito tempo. A apresentação é calculada e ensaiada na medida para impressionar o mais leigo espectador - independente do gosto, o show do Slipknot é uma produção para se admirar.

No segundo dia de Monsters of Rock, Aerosmith, Whitesnake, Ratt e outras bandas se apresentam. Fique atento para mais fotos e resenhas do festival no Omelete.

*Fotos: Mariana Uchôa/Omelete

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