"Houve um momento em que eu achei que seria expulso da banda por causa dessa coisa [a campanha contra a pobreza global]", comentou, ressaltando que seus três companheiros de U2 "começaram a ficar com olheiras" por conta disso.
Entretanto, Bono também disse que o guitarrista The Edge, o baixista Adam Clayton e o baterista Larry Mullen Jr. entenderam seus anseios ideológicos. "Eles foram tremendamente apoiadores, espiritual e financeiramente, do trabalho que eu faço - mas fazemos parte de uma banda de rock, e a primeira função de uma banda de rock é não ser maçante, enfadonho." E acrescenta: "Então tivemos que ser cuidadosos em não deixar que eu fosse longe demais. As pessoas costumam ridicularizar, e eu comecei a achar que fosse um peso para a banda por fazer esse tipo de serviço".
Por extensão, o vocalista opinou sobre a visão que os fãs têm de seu engajamento. Ele imagina que poderia cansar o público, mas não vê isso acontecendo. "As pessoas são inteligentes. Elas sabem o que você faz, sabe dos compromissos que você tem, eles entendem. Nosso público percebe que tem uma voz forte através de mim, e a banda enxerga isso", discursou.