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Crítica

Ed Sheeran em São Paulo | Crítica

Em sua primeira vez no Brasil, britânico surpreende e faz apresentação mesclada de romantismo, covers e improvisos

30.04.2015, às 13H47.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 22H06

O britânico Ed Sheeran se apresentou pela segunda vez em São Paulo, no Espaço das Américas, e justificou a expectativa dos milhares de fãs que aguardavam sua aparição no palco. Vestindo uma camiseta da seleção brasileira, o cantor explanou seu amor pelo país, dizendo que estar ali era uma das melhores sensações de sua vida.

Com apenas 24 anos, o ruivo sensação da música pop fica o tempo inteiro sozinho no palco, apenas com seu violão e um pedal, onde grava algumas passagens que o auxiliam na apresentação, reproduzindo alguns dos sons que faz. Esbanjando carisma, Sheeran começou com canções conhecidas de sua audiência, "I'm a Mess" e "Lego House", levando algumas mulheres às lágrimas.

Jovens entre 10 e 15 anos, acompanhados de seus pais, eram a grande maioria entre o público, seguidos por alguns casais. Todos cantaram a plenos pulmões quando o britânico surgiu com seus hits "Don't", "Bloodstream", "Photograph" e a junção de duas de suas faixas mais pedidas, "One" e "Tenerife Sea". Ainda com disposição para surpreender os presentes, Sheeran fez todos dançarem com os covers de "Superstition", de Stevie Wonder e “Fancy”, de Iggy Azalea.

Em alta também por participar da trilha sonora de alguns filmes de sucesso, o cantor não deixou de tocar "I See Fire", de O Hobbit: A Desolação de Smaug, e "All Of The Stars", de A Culpa é das Estrelas, momento em que casais se abraçavam e se beijavam, aproveitando a sensação de uma grande serenata que aquele ruivo em cima do palco proporcionava. No único instante em que trocou o violão pela guitarra, veio a tão esperada "Thinking Out Loud", com o clipe oficial sendo exibido nos telões às suas costas e seguida de berros de "Ed, we love you!".

Quem esperava um show meloso e depressivo, muito por causa das versões de estúdio de suas faixas, saiu realmente surpreendido. No final, Sheeran foi do mais romântico, com "The A Team" e "Give Me Love", às batidas de uma casa noturna, com "In Da Club", música de 50 Cent, finalizando com um de seus últimos singles, "Sing". Dedicado, eficiente e muito talentoso, o jovem deixa seus fãs com um gostinho de quero mais e a promessa de que seu retorno ao Brasil não demorará para acontecer.