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Especial | Coachella 2013

Direto da Califórnia, o Omelete traz um guia de como ir ao festival

19.04.2013, às 12H24.
Atualizada em 16.11.2016, ÀS 05H09

A Califórnia está eufórica. Os dias entre os dois finais de semana do Coachella 2013 são fantásticos. É o assunto mais importante em todas TVs e estações de rádio. Restaurantes e bares ficam lotados de pessoas que já viram os três primeiros dias de festival e compartilham suas histórias com os que vão para a segunda rodada de shows. Apresentações paralelas acontecem pelas cidades do estado, principalmente em Los Angeles, com as bandas do line-up desse que é um dos maiores eventos musicais do mundo.

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Confira a galeria de fotos do Coachella 2013

A verdade é que a maioria dos espectadores passa grande parte do ano esperando por esses três dias no meio do deserto localizado no Coachella Valley. Isso porque a pré-venda de ingressos, por exemplo, começa logo após as apresentações - muita gente compra ingresso com um ano de antecedência, mesmo sem saber as bandas que vão tocar. A segunda leva de vendas começa em meados de fevereiro. Esse ano, em algumas horas, os 160 mil ingressos (80 mil para cada fim de semana) se esgotaram. Ou seja, não dá pra decidir em cima da hora se quer ou não assistir. Estes custam cerca de $260, cerca de R$ 600, para os três dias.

Após a decisão de ir ao Coachella e de resolver a compra dos ingressos, deve-se prestar bastante atenção na escolha da hospedagem. As cidades em volta do festival comportam a demanda de turistas, mas os hotéis com melhor custo benefício podem ficar lotados em pouquíssimo tempo. Uma alternativa pode ser acampar no festival, em barracas, em um camping tradicional, ou no que eles chamam de car camping, onde é possível estacionar o carro e dormir nele - ainda sobra espaço para levantar uma barraca ao lado. Essas duas opções podem ser compradas com os ingressos e facilita a vida de muita gente que não quer se locomover para uma cidade vizinha após os shows.

As passagens aéreas costumam ter um preço acessível já que não é temporada de férias, mas quanto antes fizer a compra, melhor. Índio está a duas horas e meia de carro de Los Angeles. Muita gente aluga carros e dirige nas ótimas estradas Californianas até lá. O passeio é bonito, com belas paisagens e um outlet no meio do caminho - boa opção para quem gosta de fazer compras. Para quem não dirige, a organização disponibiliza linhas de ônibus que saem de pontos estratégicos do estado.

Na terra do Coachella

Chegando perto dos campos do Empire Polo Club, casa do Coachella, a ansiedade aumenta – jovens abarrotados em carros coloridos e pintados com a temática do festival, muitos caras com regatas e óculos com lentes espelhadas, meninas de shortinhos e blusas coloridas, muita alegria e vontade de fazer amizade. Alguns contam que estão ali só por causa das atrações voltadas ao rock, outras para as músicas eletrônicas. O festival é democrático, há todo tipo de música e atrai um público que se respeita.

Algumas filas para estacionar o carro e para a revista de segurança nos mostram que nem mesmo um evento desse porte consegue resolver o problema da espera - não se distanciando dos eventos brasileiro, como o Lollapalooza. Ao chegar na checagem por itens proibidos dá para entender o porquê da demora. Eles são minuciosos, olham cada mala nos carros a procura de drogas, garrafas de vidro e outras coisas consideradas não adequadas. Tinha gente com quantidades exorbitantes de bebida alcoólica, por exemplo, provavelmente com a intenção de vender para os acampados.

Confira a galeria de fotos do Coachella 2013

A organização também é de dar inveja, com muita gente trabalhando para fazer tudo dar certo. Nada de filas para pegar os ingressos (que na verdade são pulseiras feitas de tecido) na bilheteria. Inclusive, conversando com uma das pessoas que organiza a entrada no evento, descobri que eles trabalharam no Lollapalooza Brasil e Chile. Tem muita segurança e bastante gente orientando o público em inglês e espanhol. Não tem como ficar perdido. Também há banheiro químico, todos bem limpos, para quem espera nas filas para entrar no local dos shows.

As primeiras impressões são diferentes do convencional: parece que é pôr-do-sol o dia inteiro no Coachella. As cores do festival, a forma como as pessoas estão admirando a paisagem, as roupas meio hippies. É tudo muito bonito, diferente de qualquer outro lugar do mundo.

O primeiro dia do Coachella conta com os ingleses do Blur e do Stone Roses como headliners, além de shows de Foals, Yeah Yeah Yeahs, Jurassic 5, Tegan and Sara, Of Monsters and Men, Passion Pit, Modest Mouse, Band of Horses e outros.

O primeiro fim de semana de festival foi transmitido ao vivo no youtube e tem muita coisa por lá. Para assistir é só acessar canal oficial do festival no YouTube. Nos próximos dias continuaremos a cobertura com fotos e textos dos shows e do festival em si.

*Julião Pacheco é jornalista, escreve para o Blog do Julião e fala tudo sobre o Coachella em seu Twitter @juliaopacheco