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Especial | Coachella 2013 - Segundo dia

Phoenix comanda e surpreende o penúltimo dia do festival

21.04.2013, às 18H48.
Atualizada em 29.11.2016, ÀS 04H09

Mais calor, mais suor, mais água e menos roupa. Foi assim que começou o segundo dia do último final de semana do Coachella 2013, em Índio, na Califórnia. O destaque musical foram os franceses do Phoenix, uma das grandes apostas do evento. Eles fecharam o dia de apresentações no palco principal com a pista lotada, diferente do que aconteceu com os headliners (Stone Roses e Blur) no dia anterior.

Confira a galeria de fotos do Coachella 2013

Aposta porquê, até então, o quarteto era considerado uma banda de porte médio, que normalmente tocaria na parte da tarde. Além disso, eles estão lançando disco agora e são poucas as pessoas que conhecem as novas canções. Opção bem sucedida da organização. Eles subiram ao palco para tocar a música de trabalho "Entertainment", que apesar de ser recente, já está na boca do público. A iluminação do palco impressiona, com muitas cores. O show seguiu com um combo de hits: Lasso, Lisztomania, Long Distance to Call e Fences, todas muito bem executadas. Ainda teve "The Real Thing", que estará no álbum com lançamento previsto para esta segunda, 22 de abril, Bankrupt!.

O Phoenix gosta de fazer músicas conceituais. No álbum Wolfgang Amadeus, eles lançaram Love Like a Sunset, que mistura muitas camadas de sintetizadores e batidas eletrônicas. No Coachella, eles fizeram um mix entre ela e a faixa Bankrupt!, que segue a mesma linha - boa combinação.

Um pouco antes, no mesmo palco, os ingleses do The XX mostraram o porque de serem uma das bandas mais aclamadas pela crítica internacional nos últimos anos. Eles tocaram por pouco mais de 50 minutos, apresentando novas músicas que devem fazer parte de seu terceiro disco. O público delirou na conhecida "Basic Spaces".

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Ao mesmo tempo, acontecia o show do Two Door Cinema Club e do Franz Ferdinand, em palcos diferentes. Muita gente reclamou, dizendo que bandas tão conhecidas não podem conflitar em um lineup. A verdade é o Coachella é gigantesco. São dois grandes palcos que ficam lado a lado, tocando simultaneamente e outros três espaços de apresentações um pouco menores, mas mesmo assim, com uma capacidade considerável. Fora as duas tendas de música eletrônica e um outro palco alternativo. Fica praticamente impossível assistir tudo, já que as distancias são longas e tem muita gente boa tocando.

Mas com tantos palcos, o som não fica embolado? Não. Apesar de todos os palcos estarem lado a lado, o som não vaza e não atrapalha ninguém. A qualidade de som é incrível. Não esteve baixo em nenhum momento, tudo muito limpo e claro. Aliás, muita coisa funciona. É possível encher sua garrafa de água de graça em pontos específicos do festival, não tem fila para comida e pouca fila para o banheiro. Outra coisa que chama a atenção é a presença da Polícia da Califórnia dentro da área de shows, se certificando que tudo está correndo bem.

Voltando aos shows, outro bom momento do sábado foi o Major Lazer, que se apresentou recentemente no Lollapalooza Brasil. Com uma música eletrônica muito dançante, eles incendiaram o palco Mojave. Um dos shows mais animados de todos os realizados. O Hot Chip arrastou um bom público para o Main Stage e apresentou um empolgado set list. A banda tem músicas bem complexas, com muitos elementos diferentes tocados em sintetizadores (são quatro pessoas tocando ao mesmo tempo). Tudo muito bonito.

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O último dia do Coachella acontece nesse domingo com apresentações de Red Hot Chilli Peppers, Vampire Weekend, Nick Cave and the Bad Seeds, Tame Impala, The Lumineers, e Gaslight Anthem.

*Julião Pacheco é jornalista, escreve para o Blog do Julião e fala tudo sobre o Coachella em seu Twitter @juliaopacheco