O co-CEO da Netflix Ted Sarandos desenterrou o assunto e defendeu o comediante Dave Chappelle após o especial The Closer, da Netflix, ser boicotado pelos próprios funcionários. Os manifestantes acusaram o material de transfobia e organizaram um protesto na sede da empresa, nos EUA.
Em entrevista ao The New York Times, o executivo disse que se surpreendeu com a reação do público ao especial e não hesitou em apoiar o humorista. Ele disse que o único modo dos comediantes descobrirem o limite do aceitável é "cruzar a linha de vez em quando".
Sarandos disse que o streaming planeja criar conteúdo para todos os assinantes, mas que nem todo material produzido será inclusivo. “Estamos programando para muitas pessoas diversas, que têm opiniões diferentes, gostos e estilos diferentes, e ainda assim não estamos fazendo tudo para todos. Queremos algo para todos, mas nem tudo será para todos.”
Para justificar seu ponto de vista, o co-CEO da Netflix comparou a situação do humorista com as censuras em outros países: “Eu sempre disse que se censurarmos nos EUA, como vamos defender nosso conteúdo no Oriente Médio?”.
Na época do lançamento do especial de Chappelle na Netflix, funcionários que fizeram críticas à produção alegaram ter sofrido represálias por parte da empresa.
No ano passado, em meio a uma onda de críticas, Sarandos assumiu que a empresa falhou no caso de Chappelle e admitiu que deveria ter sido mais atencioso com seus funcionários.
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