Top 5 melhores heróis de 2024

Embora os vilões tenham se tornado os favoritos dos fãs na última década, uma história com um bom herói, daqueles que o público acompanha, sofre e torce, ainda é a melhor possível. E por herói, vale entendermos como o mocinho da história e não apenas os populares super-heróis, que, embora abalados nos últimos anos, ainda se provam como um grande movimento para levar o público aos cinemas ou ligar a TV nos streamings.

Em 2024, tivemos heróis de todos os tipos e em mídias diferentes. Do gigantesco herói encapuzado de Batman Absolute, nos quadrinhos, ao esguio Kid, feito por Dev Patel em sua estreia na direção, em Fúria Primitiva. A volta do Blade, de Wesley Snipes, a Liz Danvers, de True Detective: Terra Noturna ou a Zelda, de Zelda: Echoes of Wisdom, todos brilharam em suas histórias e arcos heróicos.

Abaixo listamos os cinco (ou melhor, seis) melhores heróis de 2024.

Essa lista faz parte do Omelhor, premiação do Omelete que reconhece os grandes acontecimentos da cultura pop no ano.

A personagem da incrível Mikey Madison é um exemplo de que nem sempre o herói precisa vestir uma capa ou armadura. Ani é uma garota de programa que se vê apaixonada por um jovem, filho de um magnata russo. A vida de luxo que ela vive com o agora marido, é interrompida quando capangas da família dele aparecem para acabar com o casamento. Sem medo deles, Ani luta com unhas e dentes (literalmente) para se livrar dos seus raptores e enfrenta qualquer um que entre no seu caminho para tirar dela a “boa vida” que conquistou. Humor, drama e tensão misturados fazem de Anora um dos melhores filmes do ano e Ani é incrível.

Imagina passar a vida toda acreditando estar seguro de uma realidade que pode ser bem diferente daquilo que você “conhece”. Quando o pai de Lucy é capturado e levado para a Wasteland, ela precisa deixar para trás toda a segurança e a vida “perfeita” que levava na Vault 33, para se aventurar em um mundo podre, cheio de perigos e novidades. Ella Purnell vive a heroína, que parece saída diretamente dos games, em uma jornada emocional, que vai levá-la até a grande revelação sobre sua família no final da primeira temporada. Fallout foi um dos maiores sucessos do ano, se tornando a segunda série mais assistida do Prime Video na história e muito disso se deve ao trabalho de Purnell - e de seus companheiros, como Walton Goggins.

O filme de Fede Alvarez surpreendeu com seus efeitos práticos e uma história que passeia entre os melhores elementos dos dois primeiros Aliens. Rain, interpretada por Cailee Spaeny, poderia facilmente estar nessa lista, mas é Andy, o sintético reprogramado, feito por David Jonsson, quem rouba a cena. Ele sofre preconceito de alguns dos companheiros de viagem e vê a própria “irmã” se utilizando dele durante a história. A relação que Andy desenvolve com um outro famoso sintético da franquia muda tudo e ele passa a ser um dos protagonistas dessa jornada, que vai levá-lo, junto com Rain, a enfrentar uma nova ameaça que jamais havíamos visto em Alien. A cena da fuga dos facehuggers é fantástica e não tem como não pensar nela sem lembrar do “Corram!” que Andy diz.

A verdade é que, tirando o primeiro filme dos X-Men, nunca vimos Ciclope realmente como o líder dos mutantes que ele merecia ser. Mesmo na produção de 2000, a história de Wolverine acaba deixando Scott Summers mais apagado ao longo da história. As coisas mudam em X-Men ‘97, a animação da Marvel que revive a série clássica dos heróis. Ciclope é o grande líder aqui. Scott comanda o grupo após a perda de seu grande mentor, mas se depara com o maior rival de Xavier, Magneto, assumindo o time a pedido do próprio Charles. Além da dúvida que paira sobre o herói, ele ainda tem que lidar com seus relacionamentos com Jean e Madelyne Pryor. Não bastasse todo o lado dramático e emocional, Ciclope ainda tem grandes sequências de ação, dignas de sua importância. O “superhero landing” depois que ele salta do avião da equipe e freia a queda usando seus raios é simplesmente espetacular.

A grande festa do cinema de heróis no ano foi a produção que juntou pela primeira vez o Marvel Studios e seu “jesus”: Deadpool. O road movie do Mercenário Tagarela, de Ryan Reynolds, e o herói interpretado por Hugh Jackman encheu as salas de cinema e mostrou que ainda existe o hype para esse tipo de produção. A química entre os dois atores, o uniforme clássico de Wolverine e todas as (muitas) participações especiais e referências ao mundo da Marvel, no MCU ou na Fox, transformaram o filme em uma grande gincana de “Onde Está o Wally?” para o espectador. Ainda fomos brindados com - até que enfim! - Channing Tatum de Gambit, e as voltas de Wesley Snipes, Jennifer Garner e Dafne Keen, como Blade, Elektra e X-23, respectivamente. Mesmo com tudo isso, Deadpool & Wolverine não deixou de lado o grande barato do filme: o encontro dos dois. A cena deles dentro do carro é a maior prova disso.