Dessa vez, nosso guia será para quem já está um pouco mais adiantado no anime ou mangá de One Piece. Na saga de Water 7/Enies Lobby, vemos o protagonista Monkey D. Luffy alcançar dois novos níveis de poder, que ele chamou de segunda e terceira marchas. No decorrer do anime, o personagem eleva essas habilidades para dois patamares ainda mais elevados.
[IMPORTANTE: Os Guias de One Piece têm como objetivo ajudar fãs iniciantes do anime sem estragar a experiência deles. Se você já coleciona centenas de episódios assistidos ou está em dia com o anime/mangá, não dê spoilers nos comentários deste artigo nas redes sociais]
A primeira marcha é o poder comum do personagem, que vemos desde o primeiro episódio/capítulo. Com ela, vemos Luffy se esticar à vontade, podendo até inflar a barriga e se tornar um balão. Mas o que ele consegue fazer nas marchas seguintes?
[O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO ANIME E MANGÁ DE ONE PIECE]
A SEGUNDA MARCHA/GEAR SECOND
A segunda marcha é a mais usada por Luffy quando o adversário é muito forte. Nesse modo, os ataques do homem-borracha se intensificam em força e velocidade, e causam mais danos ao inimigo. A segunda marcha também muda a aparência do protagonista. Nela, a pele de Luffy fica lisa e reluzente, como látex.
Como aprendemos na batalha entre Luffy e a CP9, no arco de Enies Lobby, a segunda marcha acelera o fluxo sanguíneo em todo o corpo do protagonista. Com isso, os membros do corpo ganha mais oxigênio e nutrientes, tornando a resposta deles mais rápida e seu impacto mais potente. A desvantagem da técnica é que ao metabolizar uma enorme quantidade de nutrientes, o corpo de Luffy se aproxima da exaustão mais rapidamente e ele também sente ainda mais fome.
Como explicado pelo agente da CP9 Rob Lucci, a técnica de Luffy se assemelha a um dopping, quando o corpo é artificialmente incentivado a produzir mais glóbulos vermelhos e aumentar o transporte de oxigênio pelo corpo. Em uma pessoa normal, essa técnica seria fatal, mas por Luffy ter um corpo de borracha, incluindo seus vasos sanguíneos e o coração, ele pode expandi-los à vontade sem sofrer tantos efeitos colaterais.
A principal característica da segunda marcha é tornar cada golpe de Luffy um impacto “a jato”. Como força é massa x aceleração, um soco da segunda marcha é extremamente mais perigoso. Em alguns casos, o inimigo nem sabe o que o atingiu. Essa técnica fica ainda mais poderosa graças ao Haki do Armamento.
A TERCEIRA MARCHA/GEAR THIRD
Ainda no arco de Enies Lobby, Luffy apresentou sua terceira marcha. Essa é uma das técnicas mais divertidas do personagem. Enquanto na primeira marcha ele inspira ar para inflar seu estômago e se tornar um balão de borracha, nesse modo ele aprende a inflar outras partes do corpo expirando ar nelas.
Para usá-la, Luffy morde o próprio dedo e, em seguida, assopra até que seu braço fique do tamanho desejado — superando até o dos gigantes. Mesmo com o braço inflado de ar, o poder não diminui, deixando Luffy capaz de destruir navios de guerra e exércitos inteiros com um único golpe.
Antes da passagem de tempo após a saga de Marineford, essa técnica possuía uma grande desvantagem. O protagonista encolhia até o tamanho de uma criança pelo tempo em que ele utilizou a terceira marcha. Ou seja, se durante uma batalha ele passou cinco minutos com o braço gigante, ele tinha que passar outros cinco minutos encolhido. Após o treinamento com Rayleigh, o personagem retornou ao arquipélago de Sabaody tendo aprendido a utilizar melhor a habilidade e parou de encolher.
A terceira marcha também ganha muito mais poder de destruição quando utilizada com o Haki da Destruição.
A QUARTA MARCHA/GEAR FOURTH
A terceira evolução de Luffy foi apresentada tempos depois, na saga da Aliança Pirata, quando o protagonista enfrentou o Shichibukai Donquixote Doflamingo, em Dressrosa. Assim como as técnicas anteriores, a quarta marcha aumenta exponencialmente as habilidades do personagem, sendo por muito tempo sua última cartada contra inimigos poderosos.
Além de mais força e velocidade, o Chapéu de Palha ganha mais mobilidade, podendo executar novos ataques, como mudar a direção do soco com o braço já em movimento e intensificar os músculos das pernas para saltar no ar, como faziam os agentes da CP9.
Para ativá-la, Luffy primeiro reveste seu corpo com Haki do Armamento, em seguida, assim como na terceira marcha, ele morde o dedo e o assopra, para injetar ar em seu corpo. A diferença é que, na quarta marcha, Luffy intensifica diretamente seus músculos, especialmente os da parte superior do corpo.
Como desvantagem, ele fica exausto mais rapidamente. Quando esse momento chega, a técnica é desativada automaticamente. O pirata fica sem forças para se mover e não pode usar nenhum haki por alguns minutos.
A QUINTA MARCHA/GEAR FIFTH
Por fim, temos o auge de Luffy — e também da criatividade do autor Eiichiro Oda até aqui. Na contramão de outros mangás shonen, a forma final do protagonista não consiste em uma versão monstruosa do que já conhecemos. Em vez de deixar o protagonista maior, mais musculoso e cabeludo, Oda voltou as origens e fez da quinta marcha o Luffy em sua essência, quase como uma paródia do próprio personagem.
Luffy conseguiu essa técnica após chegar ao seu limite na batalha contra o imperador Kaidou das Feras, no país de Wano, durante a saga Yonkou. Após tomar uma surra na forma da quarta marcha, Luffy desmaiou. Enquanto víamos o personagem no chão, foi possível ouvir os tambores da libertação — aqui vale mencionar que os tambores estão historicamente ligados à resistência de escravizados, situação de toda a população de Wano sob o domínio de Kaidou. Oda gênio!
Quando Luffy acorda, ele cita o som dos tambores, dizendo que seu coração está batendo diferente. Nesse momento, o visual do protagonista já havia mudado. Seu cabelo fica branco e cintilante, suas roupas também são tingidas de branco e uma fumaça circunda o peito dele, como um grande adorno — tudo volta ao normal quando ele desativa a técnica.
Porém, a aparência fica em segundo plano, nessa forma. A personalidade de Luffy muda drasticamente, deixando ele completamente risonho e bobo, rindo e pulando a todo momento. Não à toa, Oda definiu a quinta marcha como “o poder ridículo”. Mesmo sendo o poder de Akuma no Mi mais forte da obra, suas habilidades são completamente espalhafatosas.
Dessa vez, Luffy pode manipular a composição de outras coisas e pessoas. Como vemos na batalha contra Kaidou, quando o protagonista transforma um chão rochoso em borracha e pula nele como se estivesse em um trampolim. Ele também pode transformas outras pessoas em borracha, como quando ele esticou a retina do Yonkou após ter sido engolido por ele. Além disso, ele usou o corpo de Kaidou, que pode se transformar em um gigante dragão chinês, como corda de pular.
A quinta marcha amplia as capacidades de todas as habilidades de Luffy. Entre as novidades, ele pode deixar o corpo do tamanho de uma montanha; puxar o chão para cima, como se fosse um grande chiclete, e usá-lo como escudo; segurar e manipular raios; e modelar seu corpo de diferentes maneiras.
Porém, como as demais marchas, essa exige muito de Luffy e quando ele chega no limite, seu corpo murcha como uma bexiga sem ar.
Outro ponto muito importante dessa transformação foi a verdade sobre a fruta de Luffy. Em uma reviravolta que pegou os fãs desprevenidos, Eiichiro Oda revelou que a Gomu Gomu no Mi (Fruta da Borracha) não é uma paramecia, como dito no início do anime. Na verdade, a fruta de Luffy é a Hito Hito no Mi (Fruta do Humano), categoria zoan, tipo mítica, modelo Nika, o deus do Sol. Assim como o Sengoko tinha uma fruta que lhe concedia o poder de Buda, o protagonista também tem um poder celestial. Vale notar que Luffy só conseguiu esse status após despertar sua fruta — chegar ao ápice do seu poder.
Após usar esse poder para derrotar Kaidou, Luffy se tornou um dos imperadores dos mares, com uma recompensa de 3 bilhões de berries.
Com informações de One Piece Fandom.