Olivia Holt se empolga quando o assunto é a reconstrução dos anos 1990 em Cruel Summer, série de mistério que chega nesta sexta-feira (06) ao Brasil, pelo Amazon Prime Video. “As similaridades [entre os dias de hoje e a década de 90] estão na moda, para ser honesta. A moda daquela época voltou com força. Eu nunca mais vou deixar de usar jeans de cintura alta, é minha roupa favorita agora”, brinca ela em entrevista ao Omelete.
“Fica bem nela!”, concordam, quase em uníssono, as produtoras Michelle Purple e Jessica Biel. Em Cruel Summer, a ex-estrela de Manto e Adaga, da Marvel, interpreta Kate Wallis, a colegial mais popular de sua cidadezinha no Texas (EUA) em 1993. Quando a jovem desaparece sem deixar vestígios, no entanto, a tímida Jeanette Turner (Chiara Aurelia) passa por uma transformação e assume o posto de “abelha-rainha” da hierarquia escolar - mas há muito mais nessa história do que parece.
Dividida em três linhas do tempo paralelas, a série explora eventos de 1993, 1994 e 1995 para desvendar a saga cheia de reviravoltas desse desaparecimento, e usa muitas relíquias da época para dar autenticidade à ambientação. De jeans de cintura alta a pagers e walkmen, passando por um personagem que trabalha em uma locadora adornada com pôsteres noventistas, a série é um verdadeiro túnel do tempo por uma década que Biel define como “negligenciada” pela cultura pop.
“Nós amamos o clima dos anos 90. Quando soubemos que a história se passava nos anos 90, foi algo que imediatamente nos chamou a atenção no projeto. É nostálgico e interessante, sinto que não vimos muitas histórias ambientadas nessa década. Vimos muitas coisas dos anos 70 e 80, mas os anos 90 são uma geração inexplorada, e uma época muito rica em termos de música, moda, cabelo, maquiagem”, comenta.
Cruel Summer chega em momento oportuno nesse sentido - o ano de 2021 trouxe o que parece ser o início de um grande revival noventista. O disparo da tendência talvez tenha sido Rua do Medo, trilogia de terror que aportou na Netflix com um longa totalmente ambientado na década de 90, mas a série do Amazon Prime Video está pronta para aproveitar o embalo e aprofundar essa nostalgia, com a ajuda de produtoras que entendem do assunto.
“Eu me formei no ensino médio em 1994, então realmente pude me envolver com essas coisas”, conta Michelle Purple. “Quais são as roupas apropriadas? Do que esses jovens estariam falando nessa época? Tivemos que explicar coisas como o pager e o walkman para o nosso elenco, que não fazia ideia do que nada disso era.”
“Cada episódio fica melhor, e mais louco”
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Além do fator nostálgico, Cruel Summer aposta no “efeito maratona” para conquistar fãs em um mercado televisivo saturado de séries teen com componentes de mistério/thriller, como Elite, The Wilds e Riverdale. Tanto Jessica Biel quanto Olivia Holt destacam o quanto a série é viciante ao responder o que a diferencia da “concorrência”.
“Eu acho que os fãs brasileiros vão gostar dessa série porque ela é única na forma como conta sua história não linear, [...] além de termos uma perspectiva dupla, com duas personagens femininas - você não sabe quem é a vítima e quem é a vilã. Nós levamos o espectador para um lado e para o outro, e ele acaba sem ter certeza de que lado está. Acho que criamos um mistério satisfatório, que toma muitos caminhos inesperados, cheios de reviravoltas, com uma grande surpresa no final”, define Biel, que se declara fã de outras produções do gênero.
Para Holt, Cruel Summer é “perturbadora, emocionante, e também muito inteligente”. “Você realmente precisa assistir de perto, e eu acho que isso é raro: uma série que permite que as pessoas parem e assistam algo em que realmente estão envolvidas, investidas. Eu acho que é uma história interessante, intrigante, que fica melhor, mais louca, mais sombria a cada episódio”, comenta.
Cruel Summer chega na sexta-feira (06) ao Amazon Prime Video, com primeira temporada completa de 10 episódios. A série já foi renovada para o seu segundo ano.