Cláudia Abreu vê a jornada de sua personagem em Sutura, uma renomada cirurgiã que se volta para a medicina clandestina e passa a atender criminosos no subsolo do hospital onde trabalha, como “uma revolta contra o sistema” - mesmo que ela seja inconsciente. Em entrevista ao Omelete, a atriz comentou sobre as motivações da Dra. Mancini na produção do Prime Video.
“Ela sempre lutou pela medicina, pelas melhoria das condições no hospital. Não deixa de ser uma revolução ela querer tratar, no subsolo, as pessoas que não teriam uma chance ali em cima, né?”, refletiu. “Não que ela faça disso um projeto social, mas existe uma revolta contra o sistema aí, uma revolta contra o que ela viu a sua própria vida se tornar e contra a forma como o hospital é gerido. Não aco que isso aconteceu conscientemente, acho que ela caiu nessa de forma acidental, mas existe um posicionamento ali de questionar o sistema. Crime por crime, o pessoal dos andares de cima também comete”.
A diretora Jéssica Queiroz, enquanto isso, explicou como a equipe de Sutura construiu esse mundo da medicina clandestina, a partir de uma “precarização de tudo o que acontece nos hospitais tradicionais”: “É muito baseado no improviso, porque lá no subsolo tem muita coisa que está inacessível aos médicos, é necessário fazer adaptações. Ser médico do crime é sobre usar o seu conhecimento para fazer as coisas no susto, porque você não sabe o que vai chegar na sua mesa a cada dia”.
Em Sutura, a renomada cirurgiã Mancini e o jovem residente Ícaro (Humberto Morais) se envolvem em um esquema clandestino e passam a atender criminosos no subsolo do hospital onde trabalham. Juliana Paiva e Gabriel Braga Nunes completam o elenco.
A primeira temporada completa já está disponível para streaming pelo Prime Video.