Falei ao Thiago Souto, autor de Mikrokosmos, Labirinto, Por Muito Tempo Tentei Me Convencer de que te Amava: “Poxa, foram anos sem ver nenhum trabalho seu e, de repente, tem três ao mesmo tempo?”
Ele me disse que não faz parte de um Grande Plano de Dominação do Mercado. “Foi meio planejado, meio por acaso.” E me corrigiu: são quatro, não três.
Os três novos quadrinhos de Thiago Souto que eu tinha visto eram: Naukan (Ugra Press, novembro), a história de um homem vivendo no isolamento do Ártico; a nova edição de Labirinto (Darkside, novembro) com mais páginas e material extra; e Salada de Frutas (Balão Editorial, dezembro), que não é um quadrinho, mas um livro infantil, e é uma colaboração com uma parceira especial: Alice Souto Pereira, sua filha.
Qual é o quarto? “A Dark Horse vai lançar Labirinto nos EUA em novembro”, me diz o Thiago. Lá, o trabalho mais longo – por enquanto – do autor vai se chamar Maze (a tradução é de Wagner Miranda).
Tem que ser um Plano de Dominação do Mercado. Mundial, no caso.
A capa da nova edição de Labirinto
Pedi para ele comentar cada um dos projetos novos ou seminovos. Começando por Labirinto, história dos parceiros de aventuras Nico e Góreck em um mundo fantasioso, que tinha sido lançado em 2017 pela Mino.
“A edição nova tem 14 páginas a mais”, diz Thiago. “Elas não mudam o sentido da história, mas dão um peso maior em algumas cenas. Foi uma sugestão muito bem-vinda do Lielson Zeni, que estava editando a nova edição. Foi bem legal de fazer e poder retornar à história, embora tenha sido quase impossível desenhar do mesmo jeito de 6, 7 anos atrás. Além disso, acrescentamos imagens de bastidores (rascunhos, estudos, artes conceituais, esboços de roteiro) e um novo projeto gráfico.”
Já a edição gringa vai sair sem extras e sem páginas novas, mais parecida com a da Mino. Mas sai na mesma semana que a nova edição brasileira: a Dark Horse anunciou para 16 de novembro, a Darkside para o dia 18.
Não pode ser coincidência. Nem as duas editoras serem Dark. É tudo um Plano.
Mas ele insiste que não é. E conta de Naukan: “Acho que, por causa do isolamento da pandemia, intensifiquei um hábito de ficar navegando por lugares aleatórios no Google Earth. Não sei por qual razão caí nessa região do estreito de Bering e descobri um vilarejo russo abandonado chamado Naukan, um lugar afastado de tudo e que tem DUAS casas caindo aos pedaços. Em determinadas épocas, você consegue até ver o continente americano, o Alaska.”
Na descrição da Ugra Press: “Um homem solitário pinta retratos misteriosos e, todos os dias, cumpre um estranho ritual. A sua rotina deixa entrever que algo em seu passado pesa e cobra um alto preço na sua vida.” A HQ tem 52 páginas em preto e branco.
E Salada de Frutas? Na descrição da Balão Editorial: “conhecemos um lugar curioso em que cada pessoa nutre uma paixão profunda por uma fruta. É o caso de Paulo Pipo Pereira, fascinado por peras, que vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando algumas de suas queridas frutas começam a sumir!”
Thiago conta que ele e a filha Alice inventavam histórias antes de ela dormir. Salada foi uma delas. Na época, ela tinha 6 anos.
Quando Alice tinha seus 8 ou 9, ela também foi colaboradora do quinto projeto que Thiago tinha na prancheta ao mesmo tempo – e que ainda não saiu de lá. Chama-se Teatro das Sombras, será sua maior HQ, com previsão de 350 páginas, está avançada e já tem editora, que ele não pode divulgar.
“Estou trabalhando [em Teatro] há três anos e pouco. É uma aventura com mistério, fantasmas e demônios, voltada para o público jovem, seja lá o que isso signifique”. Duzentas páginas estão prontas e ele planeja terminar as restantes no primeiro semestre de 2023.
Apesar dos quatro anos sem quadrinhos novos na prateleira, Thiago é rápido. Diz que Naukan e Salada de Frutas existiam só em texto até a metade deste ano e que ficaram prontos em questão de meses quando ele fechou com as editoras. Teve que parar Teatro para dar conta, mas já engatou o retorno.
O Plano de Dominação do Mercado, porém, está ficando desfalcado. A filha Alice cresceu, está com 12 anos e eles não trocam mais ideias de histórias. “Ela já lê e inventa as próprias”, diz o pai coautor. “Isso significa que minha carreira está com os dias contados…”
A PILHA DARK DE QUADRINHO BR
A nova edição de Labirinto de Thiago Souto faz parte de uma pilha de quadrinhos brasileiros que a editora Darkside anunciou há algumas semanas. E que, como virou praxe da editora carioca neste ano, ela vai lançar de um tiro só no meio do mês que vem.
São seis álbuns de autores nacionais, todos em capa dura. Dá mais de mil páginas de quadrinho brasileiro de luxo. Não só no requinte gráfico, mas nos nomes dos envolvidos.
Dois são republicações: Labirinto e Hailstone, este do roteirista Rafael Scavone (Funny Creek, Risco, Hit-Girl, All-Star Batman) e do desenhista Rafael de la Torre (Animosity, Demolidor), que já tinha saído em inglês no Comixology (a tradução é de Fabiano Denardin e Kali de Los Santos).
É a história de um xerife numa cidadezinha de Montana, EUA, durante a Guerra da Secessão onde a população é assolada pela fome e por uma ameaça sobrenatural.
O maior operário do quadrinho brasileiro, André Diniz(Revolta da Vacina, Entre Cegos e Invisíveis, O Idiota, Morro da Favela, vários etc.) volta com T.A.T.T.O.O., história de um tatuador quarentão do centro velho de São Paulo que precisa lidar com a depressão e o esgotamento mental.
Pelas minhas contas, é a décima-quinta graphic novel solo de Diniz (pelas minhas contas; perguntei ao próprio e ele disse que não faz ideia) e uma de suas maiores, com 224 páginas. Ele é um operário comprometido.
Bully Bully, por outro lado, é o primeiro trabalho de fôlego de Bruno Guma nos quadrinhos, em colaboração com o experiente Yuri Moraesno roteiro. A HQ sem texto nenhum tem a ver com os valentões do colégio, mas também é um estudo da vida de um cara aos 13, aos 23 e aos 33 anos. Tem alguma coisa de Black Holena trama e vale mais de uma leitura.
Voltando aos veteranos, Guazzelliassina Cartilagem, adaptação do roteiro dos cineastas Marko Martinz, Renato Turnes e Vander Colombo sobre irmãos siameses que nascem na Florianópolis em fins do século 19. A história macabra ganha tons lyncheanos na narrativa de Guazzelli.
Para terminar, Rafael Calça(das Graphic MSP de Jeremias) e Dioxfazem o pequeno grande quadrinho da pilha. Em 80 páginas, O Fim da Noitetraça a biografia de uma mulher negra e suas descendentes durante boa parte da história do Brasil no século 20 e 21. Cruel no roteiro e singela no traço, foi a HQ que ganhou o Prêmio Machado DarkSide em 2020. E eu aposto que não é o único prêmio que vai ganhar.
“Estes lançamentos são uma pequena amostra da diversidade, variedade e amadurecimento dos quadrinhos nacionais”, me diz Bruno Dorigatti, editor dos quadrinhos da Darkside. Ele diz que o jogo entre autores veteranos e menos conhecidos é intencional – assim como a variedade de assuntos.
“Algumas tratam de temas urgentes e fundamentais para estes tempos insanos em que vivemos, como a saúde mental (T.A.T.T.O.O.) e o racismo estrutural (O Fim da Noite)”, ele diz. “Outras procuram trazer o horror do século XIX, fora dos grandes centros, caso de Cartilagem e Hailstone. E outras apresentam histórias mais lúdicas e fantásticas, como Labirinto e Bully Bully.”
Para encerrar, Dorigatti não deixa de lembrar que o quadrinho brasileiro não vive, mas resiste num eterno “apesar de”. “Apesar de todas as dificuldades que a cultura tem enfrentado nos últimos anos, com a pandemia e este governo fascista, os quadrinhos brasileiros têm conseguido encontrar seu espaço, multiplicar suas perspectivas, ampliar o diálogo e o público, e contribuir de forma fundamental para tempos melhores.”
MARCELO E MARCELLO
Como se não bastasse as pilhas de quadrinhos na livraria, da Darkside, do Thiago Souto, dezenas de Catarses rodando nesse momento e um Artists’ Alley inteiro de autor nacional chegando aí (em 33 dias), os dois quadrinistas brasileiros mais premiados do mundo também terão álbuns novos nesse fim de ano.
Mukanda Tiodora, o novo de Marcelo D’Salete(Cumbe, Angola Janga), volta ao tema dos negros escravizados, agora na São Paulo da década de 1860. D’Salete inspirou-se nas cartas da escravizada Teodora (ou Tiodora) Dias da Cunha, um dos únicos registros escritos por uma pessoa negra sobre esta época no Brasil.
Como é típico do seu trabalho, D’Salete também fez uma ampla pesquisa sobre o período histórico, trazendo, por exemplo, as ideias abolicionistas que circulavam em São Paulo na época e como o trabalho escravizado sustentava a cidade.
Mukanda Tiodora tem 224 páginas, textos de historiadoras sobre a época e a reprodução integral das cartas de Tiodora. O lançamento é da Veneta.
Quintanilha também voltou a ser destaque internacional. Esta semana, durante o Festival de Amadora BD (Portugal), a Polvo lançou uma coleção sua inédita no Brasil: Vistam Todas as Flores.
Para quem é completista de Quintanilha, não se preocupe: apesar de a edição ser exclusivamente portuguesa, o álbum só reúne histórias que já saíram no Brasil – como na coleção Todos os Santos– e na internet.
E a Fantagraphics botou em pré-venda Listen, Beautiful Marcia, o álbum que valeu o prêmio de melhor álbum a Quintanilha no início deste ano em Angoulême. Será o primeiro do brasileiro publicado em inglês. Apesar de ele já ter sido traduzido para vários idiomas na Europa, até hoje os greengos só haviam ousado traduzir uma história curta de Quintanilha.
(A experiente tradutora Andrea Rosenberg, que já trabalhou com Marcelo D’Salete, Guilherme Petreca e Paco Roca, entrou em contato comigo para perguntar se ela tinha entendido “vai se metidar?” e outras carioquices de Escuta, Formosa Márcia. Falei que nem todo brasileiro entende todas as palavras que o Quintanilha usa e dei só uns pitacos antes de sugerir que ela mesma falasse com o ex-Marcello Gaú em pessoa.)
Listen, Beautiful Marcia chega aos greengos em maio do ano que vem.
JABUTIZADOS
De Mapinguari
Como se não bastasse esta semana de novidades para o quadrinho brasileiro, também foi a semana de anúncio dos finalistas do Prêmio Jabuti. O tradicional prêmio do mercado editorial tem sua categoria de Histórias em Quadrinhos desde 2017. E, como eu já falei na coluna, a lista de indicados é um ótimo recorte do que o quadrinho brasileiro produziu em cada ano.
Este ano, sou obrigado a dizer que tive um dedo no recorte: fui um dos jurados da categoria. Eu, o professor Waldomiro Vergueiro (que, fora sua larga carreira de pesquisador, tem vários textos aqui no Omelete) e o jornalista Ramon Vitral lemos uma pilha de inscritos e demos nossas notas para os selecionados. Um independente do outro – eu nem sabia que eles eram jurados até esta semana, nem eles sabiam de mim.
De A menor distância entre dois pontos é uma fuga
Na lista de indicados, há tanto figuras esperadas – Quintanilha, Gidalti Jr., Ilustralu com Arlindo, Laerte– quanto material independente – A menor distância entre dois pontos é uma fuga, de Gabriel Nascimento e João Henrique Belo – quanto outros que deviam ter sido mais falados – Shamisen: canções do mundo flutuante, de Guilherme Petreca e Thiago Minamisawa – e um que eu, que me considerava bem informado, nem tinha ouvido falar antes da ser jurado – Mapinguari, de André Miranda e Gabriel Góes.
Também teve quadrinhos fora da categoria de quadrinhos no Jabuti. A revista Mina de HQ foi indicada na categoria “Fomento à Leitura”. Rafael Albuquerque está indicado junto a Douglas Lopes na categoria “Capa” – pela de O último ancestral, de Ale Santos. E 1984, de Fido Nesti – que já ganhou o Eisner este ano – concorre em “Livro Brasileiro Publicado no Exterior”.
Cada categoria escolhe um único premiado, que ganha o troféu e R$ 5 mil. O resultado sai em 24 de novembro. Mas repito: a lista de finalistas já é uma ótima recomendação de leitura.
UMA PÁGINA
A primeira de “Três Mulheres do Craco”, de Carol Ito, que você lê na íntegra aqui. A reportagem em quadrinhos ganhou o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, anunciado no início do mês, na categoria Arte. A categoria, que costuma premiar cartuns – Laerte e outros já foram contemplados – tem dado destaque para o jornalismo em quadrinhos nas edições recentes.
UM ANIVERSÁRIO
Pode ser coincidência ou pode não ser, mas esta semana do quadrinho brasileiro aconteceu na semana de aniversário de um dos grandes quadrinistas (e cartunista e ilustrador e editor e jornalista e dramaturgo etc.) brasileiros: Ziraldo completou 90 anos na segunda-feira, dia 24.
Todo mundo já ouviu falar da Turma do Pererê e quem não leu O Menino Maluquinho nem é gente. Mas quer saber de uma das grandes obras do quadrinho brasileiro que pouca gente comenta? O Menino Quadradinho,do Ziraldo. Se nunca leu, procure.
UM BALÕES
Continua no Catarse a campanha de Balões de Pensamento 2: ideias que vêm dos quadrinhos. É um livro. Eu sou o autor.
Balões 2 é uma coletânea de textos que escrevi para o Blog da Companhiasobre autores de quadrinhos, sobre leitores de quadrinhos, sobre o mercado de quadrinhos, sobre tradução de quadrinhos e sobre pesquisar quadrinhos. Tem material inédito, como comentários sobre os textos e ilustrações que eu nem merecia de tão incríveis do Alexandre S. Lourenço(Robô Esmaga, Você é um Babaca, Bernardo, Boxe). Compre pelo menos pelas ilustrações.
Já anunciei uma meta estendida: quando a campanha chegar a 120%, todos os apoiadores ganham uma coleção de postais com ilustrações do Alexandre S. Lourenço. Tem alguns acima.
A campanha fica no Catarse até o dia 7 de novembro. Você pode apoiar em várias modalidades. Quem participar do Catarse também ganha descontos exclusivos na Loja Monstra.
Fala de quadrinho brasileiro? Claro. Tem Pedro Franz, Rafael Grampá, Vitor Cafaggi, Cris Peter, Greg Tocchini, Rafael Sica, Andrício de Souza, João Monatanaro, Danilo Beyruth, Pedro Cobiaco, Odyr, Bianca Pinheiro. E o Alexandre S. Lourenço, né.
Se você curte o que eu escrevo aqui, acho que vai curtir o que escrevi no livro.
UMA CAPA
De Fabio Zimbres para Vitralizado: HQs e o mundo, o livro que reúne entrevistas de Ramon Vitral com vários grandes nomes dos quadrinhos: Joe Sacco, Emil Ferris, Richard McGuire, Rutu Modan, Rafael Coutinho, Naoki Urasawa, Charles Burns, Julio Shimamoto, Chris Ware e mais. Sai ainda este ano pela editora MMArte. Pré-venda em breve aqui.
Esses dias Vitral veio me dizer, todo misterioso, que “consegui A ENTREVISTA”, mas que tinha contrato de confidencialidade e que “por favor não pergunte, não me faça falar nem sim nem não”.
Claro que eu perguntei assim mesmo. Ele me disse “não”. Não sei se foi para a pergunta ou para os nomes que eu chutei.
E eu não tinha acertado. Ele revelou esta semana: Vitral entrevistou Alan Moore, numa conversa que sairá exclusivamente na edição brasileira de Iluminações, o livro de contos do barbudão de Northampton.
Já li e dou um spoiler: o Vitral perguntou se existe alguma luz que nos permita ter otimismo quanto ao futuro da humanidade. O barbudão, para surpresa de muitos, respondeu: “O pessimismo é quase sempre inútil.”
Toda entrevista do Vitral vale a pena. Otimismo também. Moore reforçou o recado hoje mesmo, em carta ao Brasil. Lembre do otimismo quando estiver vendo os numerozinhos no domingo à noite.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse
#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi
#92 – A semana mais bagunçada da nossa história
#91 – Ricardo Leite em busca do tempo
#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano
#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis