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Enquanto Isso | Moore & Gibbons, Ruppert & Mulot e as parcerias que acabam

Mais: história da maconha no Brasil e quadrinho = liberdade

15.05.2023, às 10H49.
Atualizada em 15.05.2023, ÀS 14H19

“É 1984. Estou num pub de Londres, vizinho a um evento de quadrinhos. Um amigo me diz que ouviu que a DC convidou Alan a revitalizar os personagens que acabaram de comprar da Charlton. Pergunto a Alan se esse finalmente é o projeto que podíamos fazer juntos. Ele acha que eu seria a pessoa certa.”

“É julho de 1985. Três edições prontas, nove pela frente. Estou em Heathrow. Conheço a família de Alan, que o trouxe ao aeroporto. O irmão de Alan é a cara dele se não tivesse cabelo nem barba. Alan e eu passamos seis horas no avião. Alan não para de falar. Entramos num táxi para Manhattan, onde passamos uma hora. Alan não para de falar. Fazemos check-in no hotel mais luxuoso que os dois já viram na vida. Os quartos são brancos do chão ao teto. O porteiro olha Alan de cima a baixo e diz que eles hospedam muito rock star.”

 

Os trechos são de Confabulation, livro que Dave Gibbons lançou em março. É uma autobiografia do co-autor de Watchmen, Martha Washington, The Originals: sangue nas ruas, Kingsman e mais.

Mas não é um livro de memórias comum, em ordem cronológica. É, como diz o subtítulo, uma “autobiografia anedótica”. E alfabética.

A vida de Gibbons está organizada por tópicos, como os projetos em que trabalhou, pessoas que conheceu e outros assuntos: Aliens; Asbury, Martin; Batman vs. Predador; Before Watchmen; Berger, Karen; Chaykin, Howard; Coincidências da Vida…

É bom para quem quer ir direto às partes picantes. Não fui o único que pulei várias páginas e fui até “Moore, Alan”, bem no meio do livro.

“Julho de 1986. Sete edições prontas, cinco pela frente. De San Diego, converso com Alan por telefone. É minha vez de ir à Comic-Con, mas os prazos estão curtos e eu estou esperando páginas de roteiro antes de a convenção começar. Ele pede desculpas: ainda não escreveu. Eu o absolvo da culpa e volto para o deque da piscina. Quando retorno à Inglaterra, o roteiro tem uma personagem curtindo o sol da Califórnia conversando com um amigo no telefone.”

Acho que é o maior verbete do livro: tem seis páginas, bem ilustradas. Gibbons adota aquela narração famosa do Dr. Manhattan, que faz vários saltos temporais, mas sempre em conjugação presente – embora, diferente do cara azul pelado, siga a ordem cronológica. É melhor para entender como essa amizade com “Moore, Alan” começou, teve vários pontos altos, Watchmen - que muitos consideram o melhor quadrinho da história dos quadrinhos - e acabou.

Moore, Gibbons e um bolo, 1986 (Fonte: divulgação)

“É novembro, meados dos anos noventa. Estou montando meu computador para apresentar um game na sala de estar do Alan, no meio de pilhas de jornais, pilhas de livros, cartas de tarô, parafernália de mago e o crânio de um lama tibetano. Não há cortinas na janela da sala e fico preocupado: quando sairmos de casa, alguém vai entrar e roubar o computador. Alan diz para eu não me preocupar – ele conhece todos os ladrões da região e o computador ia voltar em seguida.”

Moore e Gibbons se conheceram numa convenção inglesa em 1980. Gibbons chegou a ser convidado para desenhar Miracleman, que seria revitalizado por Moore, mas não conseguiu por causa de agenda. Antes de Watchmen, eles conseguiram colaborar em umas Choques Futuristas, aquelas histórias curtinhas na 2000AD, e na Super-clássica “Para o Homem que Tem Tudo”.

Watchmen foi monumental já na época em que saiu. Os dois viraram ídolos mundiais da HQ. Watchmen também foi motivo para Moore cortar relações com a DC, devido a uma disputa pelos direitos autorais; Gibbons não encrencou e continuou trabalhando com a editora. A amizade continuou apesar da divergência e as colaborações, mesmo que esporádicas, também.

“É primavera de 2000. Alan e eu estamos na casa dele de novo, na frente de uma câmera, falando com todo entusiasmo sobre a edição de aniversário de Watchmen e das action figures que a DC Comics quer lançar. A atmosfera está tomada por fumaça de cigarro e pelo glorioso sol. Semanas depois, vejo na internet que Alan mandou parar tudo, afrontado pelo jeito como a DC lidou com uma história que ele havia escrito para a namorada, Melinda Gebbie, desenhar. Não vamos mais autografar dez mil livros e receber quatro dólares por cada um. O carro novo que eu sonhava é engolido por si e deixa de existir.”

Os bottons de smileys que a DC distribuiu nos anos 1980, um dos pivôs da disputa de Moore e Gibbons com a editora

Já pensei e até já escrevi que achava Gibbons uma espécie de marionete de Moore em Watchmen. Que Moore teria escolhido Gibbons para o projeto porque queria um cara que desenhasse gibi de super-herói quase como o ideal platônico do gibi de super-herói – e Gibbons já vinha de uma carreira de Lanterna Verde e outras coisas super-genéricas. Moore precisaria de um cara assim para causar mais impacto quando desconstruísse o gibi de hominho.

Era e é injusto ver Gibbons como marionete. Moore é famoso pela meticulosidade nos roteiros, orientando composição dos quadros e detalhes da arte como se o desenhista fosse seu macaquinho amestrado. Gibbons, porém, não é um macaquinho.

O smiley, símbolo de Watchmen, foi introduzido pelo desenhista – assim como aquela gota de sangue cobrindo o smiley como um ponteiro de relógio (watch, entendeu?), que vira uma imagem temática da série. Os uniformes intencionalmente bregas são criações dele. O design das edições é de Gibbons. E ele desenhou cada linha das doze edições.

Há pouco tempo, o letreirista indiano Aditya Bidikar apontou um detalhe que pouquíssima gente percebe em Watchmen: os balões de fala. Quando a trama se passa nos anos 1980, os balões são redondos, clean, exatos. Quando há flashbacks aos anos 1940 ou 1950, os balões são “nuvados”: ganham gominhos, remetendo aos gibis mais fofos e inocentes daquela época.

Quem fez balões e letras de Watchmen? Dave Gibbons.

(John Higgins, colorista de Watchmen, também costuma ser esquecido como parte essencial da criação da HQ. Este artigo destaca o quanto ele contribuiu para o que Watchmen tem de melhor.)

Conforme Alan Moore ficou mais puto com a DC e com a briga por Watchmen – enquanto Gibbons continuava apoiando a editora –, a amizade sofreu abalos, mas não terminou. A coisa só ficou feia de verdade na época de Watchmen: O Filme.

Moore dizia há tempos que não queria envolvimento nenhum com o filme, nem mesmo crédito. A DC topou, Gibbons topou, o diretor Zack Snyder topou. Até aí tudo bem.

Em uma entrevista, porém, Moore disse que Gibbons nunca lhe agradeceu por ter ficado com todo o dinheiro do filme. No livro, Gibbons diz que não havia dinheiro nenhum além do que os dois haviam recebido como percentual na venda dos direitos, anos antes de Moore encrencar – e que ligou para Moore para deixar isso claro depois de ler a entrevista.

Depois rola um perrengue maior envolvendo Steve Moore, o escritor que apresentou Dave Gibbons e Alan Moore nos anos 1980 (Steve e Alan não são parentes) e que, na época de Watchmen: o Filme, foi cotado para escrever uma adaptação de Watchmen para prosa – assim como tinha feito com V de Vingança há poucos anos, na época do lançamento da adaptação para o cinema desta HQ.

O marketing da DC/Warner resolveu cortar a adaptação para prosa, Steve Moore ficou a ver navios e Alan Moore entendeu que era a vingança da DC contra ele, via intermediários, por não dar aval ao filme. E uma vingança cruel, que deixou Steve Moore sem um projeto lucrativo numa época em que ele precisava de grana para cuidar do irmão doente.

Quando Gibbons ligou para Alan Moore, Moore acusou o amigo de ser pau mandado da DC no meio dessa vingança.

Depois de mais uma entrevista em que Moore (Alan) leva a história de Moore (Steve) a público e chama Gibbons de cúmplice da DC, Gibbons telefona para Moore (Alan):

“Será nossa última conversa. Eu digo que ele uniu pontinhos que não existem na história com o Steve. Ele diz que apenas a percepção que ele tem é a que lhe interessa. Eu digo que a minha percepção é que falar o que ele falou em público, em vez de falar na minha frente, não é atitude de um amigo e que, até onde me diz respeito, nossa amizade acabou.”

Alan Moore, Kevin O’Neill, Dave Gibbons e outro bolo esfaqueado em 1985 ou 1986

“Complemento que, mesmo assim, sempre serei seu fã e que nossa relação rendeu as melhores experiências criativas da minha vida. Um deseja tudo de bom ao outro. Antes que o silêncio fique incômodo, os dois desligam.”

No verbete sobre Antes de Watchmen, Gibbons entra um pouco mais no que pensa sobre como a DC lidou com Watchmen, às vezes incomodando ele quase tanto quanto incomodou Moore. Ao final, diz que ficou “indiferente” a todo o projeto Antes de. E conclui: “Como eu esperava, a opinião dos leitores foi basicamente igual à minha.”

(Quanto à adaptação de Watchmen para a HBO, porém, ele só tem elogios.)

Em março, no evento de lançamento de Confabulation em Londres, o Bleeding Cool registrou a sessão de perguntas de fãs. Uma delas foi se havia algum impedimento legal para lançar uma coleção dos roteiros de Watchmen. Os roteiros são detalhadíssimos, com muito mais páginas do que o próprio quadrinho e datilografados por Moore em máquina de escrever. Algumas páginas já vieram a público e são uma amostra insana do nível de detalhe a que Moore chegou.

Gibbons respondeu que provavelmente não haveria impedimento e que publicar um livro dos roteiros podia ser uma ideia legal. Seu agente, também na plateia, pediu para ele complementar: “E quem tem esses roteiros de Watchmen?”

Segundo a matéria, “Dave Gibbons respondeu enfaticamente e com um sorriso: ‘EU’.”

O FIM DE RUPPERT E MULOT

Repercutiu pouco no Brasil, por enquanto, o caso do quadrinista francês Florent Ruppert, um dos autores de A Grande Odalisca e de Olympia. No início deste mês, o site Mediapart informou que Ruppert foi acusado formalmente de violência sexual e estupro, e juntou relatos de outras mulheres que dizem ter sofrido outras agressões da parte do quadrinista.

Os processos não andaram na justiça francesa e Ruppert, de início, negou as acusações. Em uma declaração que chegou ao Mediapart, porém, o autor diz que “estamos em uma época de rever comportamentos que não queremos mais”, confirma que já teve alguns destes comportamentos, “fiz mal a pessoas e tive dificuldade em perceber”.

O caso já teve uma consequência concreta: encerrou a parceria entre Ruppert e Jérôme Mulot. Os dois praticamente só trabalhavam juntos desde que se conheceram na faculdade, há mais de vinte anos e em quase vinte álbuns. Eles ganharam o prêmio de revelação no Festival d’Angoulême de 2007, por exemplo, por Panier de Singe. “Ruppert & Mulot” era uma entidade só no quadrinho francês.

Mulot publicou no Instagram na semana passada: “Os depoimentos [das mulheres] revelam um comportamento que me deixa chocado e uma realidade da qual eu não tinha conhecimento. O caso oficializa o fim de ‘Ruppert e Mulot’. Daqui em diante, seguirei sozinho na atividade que mais amo no mundo: pensar, escrever e desenhar livros.”

Além de A Grande Odalisca e Olympia, que saíram no Brasil pela Pipoca & Nanquim– sendo ambos parcerias de Ruppert e Mulot com Bastien Vivès (por sua vez também envolvido em controvérsias recentes) –, a Zarabatana havia anunciado para este ano o lançamento de A Parte Extraordinária, série que é a colaboração mais recente de Ruppert e Mulot. A editora preferiu não se declarar sobre o caso.

Também não se sabe se as acusações a Ruppert afetam a estreia de Voleuses, a adaptação de A Grande Odalisca que a Netflix anuncia para novembro. O canal de streaming mostrou as primeiras imagens do filme, com Adèle Exarchopoulos, Manon Bresch, Mélanie Laurent – e direção de Laurent – no mês passado.

BASEADO EM FATOS REAIS

Daniel Paiva diz que leu Cannabis: a ilegalização da maconha nos Estados Unidos, de Box Brown – um documentário em quadrinhos sobre a história da erva – e saiu dizendo aos amigos: “Poxa, alguém devia fazer uma versão brasileira dessa história.”

Resolveu fazer ele mesmo. Diamba: histórias do proibicionismo no Brasil sai em setembro pela editora Brasa. É a história de como a maconha atravessou continentes, chegou nas Américas, foi proibida no século 20 e de como, no Brasil, ela se liga fortemente à escravatura e ao racismo.

A HQ também pega momentos históricos no país, como o Verão da Lata de 1987, e – num fato muito lembrado na semana passada – quando Rita Lee foi presa durante a ditadura militar (segundo a acusação oficial) por posse de maconha.

A pré-venda já começou no site da Brasa.

QUADRINHO É LIBERDADE

“O que eu sempre amei no gibi não é o gibi em si. É óbvio que tem gibis que eu adoro: sou grande fã de Carl Barks, de Jack Kirby, de Will Eisner. Mas o que vem ao caso não é isso. O que vem ao caso é que eu gosto do mundo do gibi: o mundo em que você pode ser empreendedor longe do mainstream, longe do esquema no qual as mil famílias que controlam os EUA obrigam todo mundo a dançar a música deles. Quando você vai trabalhar pra uma grande empresa, eles são donos até da sua bunda. No dia em que você nasce, é num hospital deles. Quando você toma as vitaminas na gravidez, elas vieram de uma empresa deles. Quando você compra um lápis para o colégio, é de uma empresa deles. Aí você vai trabalhar numa empresa deles, sua a camisa e eles te fazem abrir uma previdência no banco que investe na empresa deles e você é deles de cima a baixo.

Não quero que ninguém seja meu dono. Isso é o que interessa no mercado do gibi. É o último lugar onde a pessoa pode ser literalmente e realmente livre.”

De Chuck Rozanski, fundador e dono da Mile High Comics, uma das lojas de quadrinhos mais emblemáticas dos EUA – e provavelmente uma das maiores do mundo: a loja física é um galpão de quatro mil metros quadrados em Denver.

A declaração saiu em ma entrevista recente ao Comics JournalÉ um tanto conspiratória e meio esquisita quando a maioria dos gibis que ele vende vêm da Marvel/Disney e da DC/Warnermedia/AT&T. Mas é bom quando alguém lembra que o quadrinho ainda pode ser o último bastião de liberdade do grande capital.

VIRANDO PÁGINAS

David Michelinie, criador de Venom, Carnificina, da versão Scott Lang do Homem-Formiga e do Máquina de Combate, completou 75 anos no último dia 6. Conhecido sobretudo por longas fases nas séries de Homem de Ferro e Homem-Aranha, ele começou carreira na DC nos anos 1970 e continua envolvido com os quadrinhos – sua última minissérie com Venom está sendo publicada na revista do personagem no Brasil neste momento. Michelinie veio à CCXP de 2018.

Hiromu Arakawa, a mangaká famosa por Fullmetal Alchemist, completou 50 anos no dia 8 de maio. Fullmetal foi sua primeira série e tomou dez anos de sua vida. Desde a conclusão, ela se envolveu com outras criações, como A Heroica Lenda de Arslan e Silver Spoon, ambas publicadas aqui pela JBC.

Stan Sakai completa 70 anos no próximo dia 25. Sua maior criação nos quadrinhos, Usagi Yojimbo, é o que o ocupa há quarenta anos – e ganhou uma retomada recente no Brasil com os encadernados da Hyperion Comics.

A Tropa Alfa ganhou a primeira edição de sua primeira série em 17 de maio de 1983, há 40 anos. É um dos trabalhos mais marcantes do roteirista e desenhista John Byrne, com experimentalismos que não se via no quadrinho de herói da época. O material foi reunido no final do ano passado em um Omnibus pela Panini.

300, o quadrinho de Frank Miller e Lynn Varley que virou o filme ainda mais famoso, ganhou sua primeira edição em 28 de maio de 1998, há 25 anos. O material chegou ao Brasil um ano depois como Os 300 de Esparta, pela Abril, foi reeditado e continua em catálogo pela Devir.

Mike Deodato Jr., um dos quadrinistas brasileiros de maior renome no exterior, completa 60 anos no próximo dia 23. Com passagens famosas por Mulher-Maravilha, Vingadores, Hulk, Homem-Aranha e um prêmio Eisner no ano passado por Nem Todo Robô, o paraibano foi anunciado recentemente como novo desenhista de Flash. (Lembro de quando escrevi sobre os 50 anos do Deodato.)

MUITO OBRIGADO

A Matinas Suzuki Jr., por citar a Enquanto Isso (sem crédito), quando disse, no mês passado, que “a JBC… tem sido uma ponte” para o grupo Companhia das Letras chegar ao setor mais lucrativo do mercado editorial planetário: mangá. Tal como eu havia dito na coluna “A JBC é uma ponte”, de abril de 2022.

“Com a JBC nós temos uma participação realmente efetiva na história da Penguin Random House [o grupo multinacional do qual a Companhia das Letras faz parte], porque em nenhum outro país eles têm acesso às editoras japonesas”, declarou o diretor de operações da editora.

A Thiago Ferreira, do canal Comix Zone, por usar a estrutura e as informações da coluna “O aardvark e o babaca” no vídeo “O fracasso de Cerebus no Brasil”, da semana passada, também sem dar o crédito.

Complementando minha coluna, o vídeo comenta que o projeto com Cerebus no Catarse não atingiu a meta e os colaboradores receberão seu dinheiro de volta. A editora Futuro, porém, diz que pretende viabilizar o projeto de outra forma.

UMA PÁGINA

Ou quatro de Grégory Panaccione em La Petite Lumière, que saiu esta semana na França. O quadrinho é uma adaptação do livro do italiano Antonio Moresco. Dá pra ver mais neste preview.

Panaccione é um dos autores de Um oceano de amor, colaboração com Wilfred Lupano lançada no Brasil no ano passado pela Nemo. A Nemo também lançou, no mês passado, Vira-Lata Virador (com tradução de Renata Silveira), em que Panaccione adapta o livro de Daniel Pennac.

UMA CAPA

De Bilquis Evely e Mat Lopes, para Wonder Woman n. 800, que sai no mês que vem nos EUA.

Vale muito a pena ouvir, no Confins do Universo, uma das raras entrevistas de Evely, que mostra como ela se tornou a artista do nível que a DC pergunta o que  ela gostaria de fazer antes de cada novo projeto. Isso é ser uma quadrinista poderosa.

 

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.

Sobre a coluna

Mensalmente, o que aconteceu de mais importante nos universos das HQs e as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#110 – Mangá é melhor que gibi é melhor que mangá

#109 – O quadrinho brasileiro que viaja para o exterior

#108 – O aardvark e o babaca

#107 – 35 páginas que eu li no ano passado

#106 – Ramon Vitral versus Jeff Bezos

#105 – A memória do quadrinho nacional como terapia

#104 – Meu primeiro e quinquagésimo Festival d’Angoulême

#103 – Qual foi a notícia dos quadrinhos em 2022?

#102 – A inteligência artificial vai substituir o desenhista humano?

#101 – Os essenciais de Angoulême

#100 – O (meu) cânone dos quadrinhos

#99 – A melhor CCXP de uns, a pior CCXP de outros

#98 – Os prêmios e os quadrinhos que vão valer em 2047

#97 – Art Spiegelman, notável

#96 – O mundo quer HQ brasileira

#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro

#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse

#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi

#92 – A semana mais bagunçada da nossa história

#91 – Ricardo Leite em busca do tempo

#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano

#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada

#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate

#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá

#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022

#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil

#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?

#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?

#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira

#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos

#80 – Retomando aquele assunto

#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA

#78 – Narrativistas e grafistas

#77 – George Pérez, passionate

#76 – A menina-robô que não era robô nem menina

#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade

#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas

#73 – Toda editora terá seu Zidrou

#72 – A JBC é uma ponte

#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades

#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor

#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina

#68 – Quem foi Miguel Gallardo?

#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes

#66 – Mais um ano lendo gibi

#65 – A notícia do ano é

#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?

#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?

#62 – Temporada dos prêmios

#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca

#60 – Vai faltar papel pro gibi?

#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

#37 - Desculpe, vou falar de NFTs

#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade

#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem

#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional

#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne

#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil

#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso

#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua

#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo

#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel

#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil

#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio

#25 - Mais brasileiros em 2021

#24 - Os brasileiros em 2021

#23 - O melhor de 2020

#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo

#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries

#20 - Seleções do Artists’ Valley

#19 - Mafalda e o feminismo

#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos

#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo

#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?

#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil

#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee

#13 - Cuidado com o Omnibus

#12 - Crise criativa ou crise no bolo?

#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix

#10 - Mais um fim para o comic book

#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca

#8 - Como os franceses leem gibi

#7 - Violência policial nas HQs

#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje

#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês

#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics

#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona

#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler

#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020

#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee

 

(c) Érico Assis