Entre 2006 e 2019, saía nos Estados Unidos uma antologia anual chamada Best American Comics. Era uma seleção de HQs curtas, tiras e trechos de graphic novels publicadas no ano anterior, sempre escolhidas por um editor convidado. A qualidade de cada volume variava conforme o ano porque a safra também variava.
Mas tinha quem achava que a qualidade variava de acordo com o editor. Foi na resenha de um Best American que li um crítico dizer algo desse tipo: “os quadrinhos selecionados este ano refletem o gosto do editor por quadrinhos mais narrativos”. Eu tinha gostado da edição daquele ano; o editor tinha sido Neil Gaiman ou Scott McCloud. Mas fiquei encucado: alguém quer quadrinho que não seja narrativo?
Moebius, "Arzach"
Existe uma discussão acadêmica sobre quadrinho narrativo, quadrinho abstrato, sobre o ser humano encontrar narrativa em qualquer coisa ou não. Acho que aquele resenhista não quis ir tão longe.
Ele quis fazer uma diferenciação: existem quadrinhos mais atentos à clareza na ordenação da história, geralmente com menos firulas ou experimentalismos no desenho e, assim, mais narrativos; e existem quadrinhos que tendem mais para a firula, a explosão gráfica, o experimental, para conseguir o desbundamento do leitor diante de, digamos em termos técnicos, páginas foda.
Não são os dois únicos tipos de quadrinhos. HQ é um universo. Também não são polos numa gama, nem são grupos fechados. Existem quadrinhos com história clara e também desenho desbundante. Adoro quando acontece.
E quando falo que um quadrinho não me desbunda pela arte, não estou falando de quadrinho com desenho ruim. Um quadrinho desenhado de um jeito que você não gosta é um quadrinho com narrativa ruim. Ou, resumindo, desenho ruim dá em quadrinho ruim.
Mas se você me prensar na parede e dizer que eu só posso ficar com 200 páginas sem firulas do Jaime Hernandez ou 200 páginas incontestavelmente desbundantes do Moebius… eu vou de Hernandez.
Jaime Hernandez
É evidente que os gostos variam. Acho que quem tem uma mente mais voltada para o visual, para forma e cor, para estética gráfica, vai preferir as 200 páginas de Moebius (e tantos outros). Quem tem a mente mais voltada para entrar no íntimo dos personagens, para construir e analisar relações junto com a trama, para estética narrativa, vai de Hernandez (e tantos outros). Se não puder ficar com os dois, é claro.
Tudo bem: quadrinhos são um universo, leitores são um universo e ninguém precisa ter os mesmos gostos. Do mesmo modo, hoje você pode estar a fim de se envolver com uma edição de Júlia e amanhã você está a fim de babar na fase abstrata do Breccia. Você não precisa ter o mesmo apetite todos os dias e que bom que existem quadrinhos para todos os dias.
Essas ideias ainda estão meio vagas e de repente merecem maior raciocínio, quem sabe algumas conversas. Elas vieram dos últimos quadrinhos que eu li. Vou tentar me explicar melhor com eles.
Regreso al Edén
No último fim de semana, por exemplo, li Regreso al Edén, de Paco Roca. O foco de Roca não é desbundar o leitor com o que ele sabe fazer com as tintas. Ele até faz experimentalismos, tem páginas que são brilhantes apenas do ponto de vista gráfico e que você poderia botar uma moldura para pendurar na sala. Mas cada traço me parece voltado para contar a história, para servir à narrativa.
Echolands, última produção de J.H. Williams III (com W. Haden Blackman e Dave Stewart), é a proposta inversa: é o autor querendo mostrar tudo que sabe fazer com as tintas. E o senhor III sabe fazer muita coisa, inclusive algumas que você nunca tinha visto. O roteiro existe para servir ao desbunde: para levar a história a cenas no inferno, em baixo d’água, na selva, assim como a conhecer personagens cujo estilo gráfico varia tanto quanto os colegas de colégio do Gumball: um é pintado, outro é desenhado, um é kirbyano, outro é alexrosszado. São páginas de assustar em termos de complexidade, apuro técnico e massavéi.
Roca dá menos atenção às suas páginas do que Williams III? De modo algum. Williams III dá menos atenção ao roteiro que Roca? De modo algum. A narrativa vem de história e arte. Mas as propostas dos dois quadrinhos são diferentes.
Tem dias em que gosto de ler algo como Regreso al Edén. Tem dias que gosto de ler algo como Echolands.
Mas se você disser que eu só posso gastar meus suados reais em um ou outro… eu vou de Paco Roca.
Echolands
Olhei rapidinho para as estantes aqui na volta e não tenho como negar: sou mais da narrativa foda do que do grafismo foda. Até tenho desses livrões lindos dos grafistas: Sergio Toppi, Corrado Roi, Breccia, Mutarelli, Moebius, Cyril Pedrosa. Mas eles perdem em número para os narrativistas: Naoki Urasawa, Tillie Walden, Michel Rabagliatti, Joe Ollmann, os irmãos Hernandez.
Fui ver minha lista de leituras deste ano e, de novo, é inegável: os quadrinhos que pendem mais para o narrativo do que para o gráfico ganham de lavada. Para ficar em alguns bons: Ducks, de Kate Beaton; A Herança do Coronel, de Carlos Trillo e Lucas Varela; Firepower, de Robert Kirkman e Chris Samnee; The Book Tour, de Andi Watson; O Homem Rabiscado, de Serge Lehman e Frederik Peeters; Suzette, de Fabien Toulmé; The Ghost In You, de Ed Brubaker e Sean Phillips.
Mas a lista também tem puro desbunde visual. Li Em Fuga!, do Lélis; Raptor, Dave McKean; Mazebook, Jeff Lemire; The Celestial Bibendum, Nicolas de Crécy; 2001 Nights, do Yukinobu Hoshino. Poucos, mas tem.
Todas as Pedras no Fundo do Rio
E tem alguns que eu não consigo encaixar numa tendência ou na outra. São aqueles elementos raros, que intercalam páginas para desbundar com páginas de condução narrativa contida, precisa, ou que fazem tudo ao mesmo tempo em todas as páginas.
É o caso de Celestia, de Manuele Fior; de Supergirl: Woman of Tomorrow, de Tom King, Bilquis Evely e Matheus Lopes; de Todas as Pedras no Fundo do Rio, de Wagner Willian; de Preto Tipo A, de Gabriel Jardim; e de Corpo Público, de Mathilde Ramadier e Camille Ulrich.
Há quem vá dizer que isso vem da diferença entre as escolas franco-belga e norte-americana – respectivamente a com ótimos representantes mais grafistas e a com ótimos representantes mais narrativistas. Eu fui criado no quadrinho norte-americano e isso tem sua influência no meu gosto. Mas sempre existiram ótimos grafistas e narrativistas nas duas escolas e hoje é difícil perceber a diferença. Sem falar na disseminação de japoneses, italianos, coreanos, espanhóis e outros, que misturam essas influências dos grandes mercados e trazem outras.
Este é um começo de ideia, um raciocínio se formando em voz alta. Agradeço a quem quiser dar suas impressões. E, se precisa de alguma conclusão, fique com a seguinte: na mesma semana em que recebi minha suada edição espanhola, a Devir anunciou a publicação de Regreso al Edén no Brasil – em um vídeo com o próprio Roca no Fora do Plástico. Leia assim que sair. É mais do que narrativa, mais do que quadrinhos, mais do que arte. É vida no papel.
Regreso al Edén
NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS
Não sei se foi por que os críticos não se deram ao trabalho de conferir listas de outros anos e estavam mais perdidos em brigar com quem chama o Eisner Awards de “Oscar dos quadrinhos”. Mas senti falta de mais gente comemorando que, salvo engano, em 2022 tivemos o maior número de brasileiros indicados ao Eisner na história do prêmio.
Foram cinco nomes. Ou mais, dependendo de como você contar.
Mike Deodato Jr. foi indicado duas vezes junto a seus colegas de Nem Todo Robô – por Melhor HQ de Humor e Melhor Série Inédita. Marcelo Costa também é citado em Melhor Série Inédita com seus colegas de Radiant Black. Bilquis Evely concorre com a equipe de Supergirl: Woman of Tomorrow em Melhor Minissérie enquanto Joe Bennett concorre com a equipe de Immortal Hulk em Melhor Série. E Fido Nesti aparece em Melhor Adaptação de Outra Mídia com 1984.
Supergirl: Woman of Tomorrow
Como o Eisner não considera coloristas como parte da equipe (no que está defasado), ficaram de fora os nomes de Mat Lopes na equipe de Supergirl e de Adriano Lucas em Nightwing – a série campeã de indicações, com cinco, sendo duas delas pelo trabalho da equipe criativa completa (Melhor Série e Melhor Edição Individual).
Em outros anos, o Eisner já premiou os brasileiros Fábio Moon, Gabriel Bá, Rafael Grampá, Rafael Albuquerque e Marcelo D’Salete. Já indicou outros, como Cris Peter, David Jesus Vignolli, Arabson Assis e Gustavo Borges. Mas nunca tantos brazucas numa lista só.
No mesmo ano em que Marcello Quintanilha ganhou Álbum do Ano no Festival d’Angoulême, a presença no Eisner é um fato que diz muito sobre o estado do quadrinho brasileiro. E eu apostaria que pelo menos um compatriota leva o troféu este ano.
A premiação acontece em 22 de julho.
TRÊS QUADRINHOS JÁ GANHARAM PULITZER
Toda vez que você ouvir que Maus foi a única história em quadrinhos a ganhar um Prêmio Pulitzer, considere a notícia desatualizada. O Pulitzer, prêmio de jornalismo e literatura com mais de cem anos, já premiou outros dois quadrinhos: “Welcome to the New World”, de Jake Halpern e Michael Sloan, em 2018; e “I Escaped a Chinese Internment Camp”, de Fahmida Azim, Anthony Del Col, Josh Adams e Walt Hickey no início deste mês.
Enquanto Maus ganhou um “Prêmio Especial”, fora das categorias tradicionais do Pulitzer, em 1992, as outras duas HQs são reportagens em quadrinhos produzidas para a internet e ganharam seus troféus na categoria “Cartunismo Editorial” – que este ano passou a se chamar “Jornalismo e Comentário Ilustrados”.
A mudança de nome e a escolha do júri deste ano geraram controvérsia. A Associação de Cartunistas Editorias dos EUA publicou uma carta aberta sugerindo ao Pulitzer que reinstaure a categoria Cartunismo Editorial – que completaria cem anos em 2022 – sem deixar de lado o jornalismo em quadrinhos, “uma área em crescimento”, diz a carta.
“I Escaped a Chinese Interment Camp”
“Os cartuns editoriais são análises rápidas, feitas de momento, cujos artistas precisam informar-se sobre questões complexas e elaborar opiniões bem embasadas de uma sacada só, com ênfase na clareza, respeitando prazos de entrega diários. O jornalismo ilustrado ou em quadrinhos se vale de dias, semanas ou meses para elaborar uma matéria, que pode ocupar várias páginas, e que pode ou não apresentar uma opinião”, diz a carta, buscando justificar a divisão das categorias.
Ainda não houve resposta do Pulitzer. No ano passado, o prêmio não elegeu ganhador na categoria Cartunismo Editorial – o que é possível, mas não acontecia há mais de quarenta anos – e também causou controvérsia.
“I Escaped a Chinese Interment Camp”, a HQ vencedora deste ano, foi publicada no site Insider.com no ano passado e tem entre seus envolvidos Josh Adams, filho do lendário Neal Adams. O prêmio foi anunciado onze dias após a morte de seu pai.
VIRANDO PÁGINAS
Lynn Johnston completa 75 anos amanhã, dia 28. A canadense está envolvida desde 1979 com For Better of For Worse, tira sobre uma família suburbana que envelhece em tempo real e que saiu em centenas de jornais. Embora a história tenha se concluído em 2008, Johnston ainda trabalha no seu catálogo de tiras, revisando-as para republicação nos jornais.
O desenhista argentino Mario Morhain morreu no último dia 19, aos 77 anos. Irmão do roteirista Jorge Morhain, seu trabalho mais conhecido é El Eternauta: Tercera Parte (com Alberto Ongaro), uma das várias continuações do clássico argentino e inédita no Brasil. Morhain teve longa carreira ente editoras de seu país e também colaborou com editoras britânicas.
Mike W. Barr, um dos criadores de Camelot 3000 e autor de histórias memoráveis de Batman, completa 70 anos na segunda-feira, dia 30. Praticamente aposentado dos quadrinhos desde os anos 1990, ele escreveu livros da série Star Trek e outros trabalhos em prosa.
Kevin Eastman, criador das Tartarugas Ninjas junto a Peter Laird, completa 60 anos na segunda-feira, dia 30. Eastman investiu boa parte da grana que fez com as Tartarugas em quadrinhos – fundou a editora Tundra, foi dono da revista Heavy Metal e é um grande colecionador de originais.
Em maio de 2002, há 20 anos, a Editora Abril lançava a linha Planeta DC, um reposicionamento dos quadrinhos da DC Comics em edições mais baratas. Com cinco séries quinzenais em formatinho a R$ 2,50, era um passo para trás em relação aos formatos americanos ou outros que já vigoravam por aqui na época. As revistas duraram 5 edições cada. Em setembro do mesmo ano, a Panini assumiu a licença dos quadrinhos DC.
UMA CAPA
Alternativa de Action Comics n. 1043, por Julian Totino Tedesco. O argentino está concorrendo a Melhor Capista no Eisner Awards pela quarta vez e torço que desta vez ganhe. Não é por acaso que ele frequenta esta seção da coluna.
UMA PÁGINA
Um pedaço de uma página. Na verdade, pedaço de uma tripa, não de uma página, pois é webcomic. O Diário de Cartunista do André Valente no Comics Journal é o melhor quadrinho da semana, tem cinco histórias e eu não sei escolher se a melhor é da confusão na tradução, de como desenhar em papel gigante é privilégio, a de Angoulême quando não tem Festival (“dizem que Hugo Pratt se perdeu quando ia para um restaurante e deu uma passadinha por essa rua”), a de conseguir sol para secar as roupas ou a da graphic novel que ele sonhou que (não) tinha feito. Não sei mesmo. Leia todas.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis