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Enquanto Isso | O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá

E uma triste seção de obituários, uma página, uma capa, um gráfico, um meme e mais FIQ

12.08.2022, às 16H36.
Atualizada em 12.08.2022, ÀS 18H50

O 11º FIQ acabou há cinco dias, mas as conversas sobre o Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte não acabam. Imagino que incomode quem não estava lá. Todo mundo fala desse evento mágico, mas quando começa a explicar por que foi mágico soa como recordatório do Chris Claremont: muitas palavras, zero conteúdo. A gente acaba recorrendo ao clichê: você tinha que estar lá.

E é sério, você devia ter ido. Além de quadrinhos às pilhas – pilhas que desapareceram, o que é muito bom –, de quadrinhos variados, de quadrinhos brasileiros, de papos sobre quadrinhos, de fofocas e tretas com quadrinhos, cada pessoa teve seu momento mágico do FIQ. Sei que eu tive o meu.

 

Junto à curadoria do evento, organizei sorteios de HQs. Aconteceram no auditório onde rolavam as mesas de discussão. Gente da plateia que participasse com perguntas ganhava quadrinho. quem respondia um quiz depois da mesa ganhava quadrinho.

Se um dos objetivos do FIQ é promover a leitura de HQ, nada melhor do que botar HQ na mão de leitor. De graça.

Em um desses sorteios, a primeira pessoa a ganhar foi uma garotinha que tinha sete ou oito anos. Ela veio até o palco e falei que ela podia escolher. Tinha álbum da Mafalda, tinha álbum europeu, tinha uma coletânea de contos de fadas por autores argentinos que achei que era a cara dela. Era o material cedido pela editora WMF.

A garotinha apontou: “Eu quero aquele.”

“Aquele” era Escrevendo para Quadrinhos, de Brian Michael Bendis. Que não é um quadrinho, mas um manual de roteiro para quadrinho. Eu traduzi e conheço bem.

Foto de Bruna Sobreira

Teve um segundo em que eu pensei em dizer à garotinha que não era um gibi e que era um livro com texto. Que não era para a idade dela. Repassei todo o livro na memória, tentando lembrar de conteúdo impróprio pra crianças. Não lembrei de nada.

É um livro grande, bonito, colorido. E a capa diz em letras grandes e bonitas: Escrevendo para Quadrinhos: a arte e o mercado de roteiros para HQs e graphic novels.

A garotinha sabia ler. Ela leu a capa deste e das outras opções.

Acho que eu só falei: “Tem certeza?”. Não devia ter perguntado nem isso. Ela saiu abraçada, pimpona, carregando seu manual de roteiro de quadrinho e os meus estereótipos.

Foto de Laura Campregher/FIQ

Dá para chutar que umas 100 mil pessoas passaram pelo FIQ nos cinco dias. (A organização ainda não divulgou números.) Tinha autores, tinha leitores, tinha hordas de alunos da rede pública de Belo Horizonte – alguns interessados, muitos não. Tinha só gente passando. É um evento gratuito, aberto, no centro de quase três milhões de pessoas, no fim de semana.

Não dá para supor quem se encaixa em cada categoria. Pode ser que aquela garotinha de sete ou oito anos quer escrever quadrinhos. Quadrinho de super-herói. Pode ser que ela já escreva. Ela pode ser fã do Bendis. Ela também pode ter escolhido para outra pessoa. Ou achou a capa bonita.

Mas eu quero acreditar que, naquele momento ali, teve contato entre um sonho e um caminho pra realizar o sonho. Sei lá o impacto que uma leitura dessas vai ter numa criança de sete ou oito anos, e onde ela vai parar. Ela pode escrever pra Marvel. Ela pode ter uma mesa no próximo FIQ. Ela pode virar roteirista de games, de cinema, de animação. Ela pode só folhear o livro e achar legal. Tem um mundo de possibilidades.

Mas eu sei que a menininha olhou pra vários gibis e falou, decidida: “Eu quero aquele.”

TRÊS AUTORAS

O segundo semestre sempre é mais abarrotado de lançamentos que o primeiro. Tem a proximidade do Natal, tem férias, tem o mormaço do início do ano em que ninguém lança nada, tem contratos que vencem no fim do ano e a editora tem que se mexer. Tem vários fatores. O fato é que o segundo semestre fica abarrotado.

Nesse abarrotamento, tem quadrinhos que se perdem. Tem três dos quais vejo pouco falatório e acho que mereciam mais atenção. O primeiro é As 1001 Noites de Hero, da inglesa Isabel Greenberg.

Greenberg é inédita no Brasil. Acompanho e leio sua trajetória desde que ganhou o Observer/Jonathan Cape/Comics Graphic Short Story Prize de 2011. É um prêmio para novos talentos organizado pelo jornal, a editora e a convenção inglesas. Sua história vencedora tem quatro páginas: “Love in a Very Cold Climate”. Greenberg tinha 23 anos e era recém-formada em ilustração.

Veio The Encyclopaedia of Early Earth, seu primeiro álbum, sobre um viajante dos princípios da história humana e os lugares e bichos fantásticos que encontra. Veio Hero, que saiu nos EUA e Inglaterra em 2017. Seu último, Glass Town, de 2020, mistura fato e ficção numa aventura estrelada pelas irmãs escritoras Brontë (Charlotte, Emily e Anne) e o esquecido irmão Branwell.

As 1001 Noites de Hero é uma coleção de histórias, fantásticas ou não, amarradas pela relação entre Cherry e Hero, duas mulheres tentando se livrar do mundo macho à sua volta. Uma das maneiras que elas tem de engambelar os homens é contando histórias. A inspiração é a Scheherazade das 1001 Noites árabes e um pouco de mitologia grega.

Sai este mês pela Darkside, com tradução de Maria Clara Carneiro.

O segundo quadrinho é A Baleia Biblioteca, de Zidrou e Judith Vanistendael. Zidrou já é bem conhecido por essas bandas. Vanistendael é inédita no Brasil, apesar de longa carreira no quadrinho e nos livros ilustrados belgas.

Zidrou, como você deve saber de Verões Felizes e A Adoção, faz carinho nos seus átrios e ventrículos antes de enfiar as garras. Vanistendael, talvez você não saiba, tem quadrinhos poéticos e pesados, como When David Lost His Voice, sobre o tratamento de um familiar com câncer.

Baleia Biblioteca lembra um livro infantil: é a história de um carteiro que trabalha nos mares e seu encontro com uma baleia falante que tem uma biblioteca para os peixinhos e outros bichos do mar.

Mas também é a soma de Zidrou mais Vanistendael. Começa a aparecer um trama de ciúmes, um pouquinho de sexo e, de uma hora para outra, você está vendo vísceras com todas as cores do oceano.

A Baleia Biblioteca está no Catarse. Tem tradução de Marcella Aboud e uma pequena participação minha como revisor. É o segundo livro da Moby Dick Editora. A campanha de financiamento coletivo rola até o dia 26.

O terceiro é Dias de Areia, da holandesa Aimée de Jongh. Jongh era desconhecida no país até o início deste ano, quando apareceu quase simultaneamente nas prateleiras com Táxi (Conrad) e A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos (com Zidrou, pela Pipoca & Nanquim).

Areia é Jongh solo e com um trabalho de mais fôlego: quase 300 páginas contando a história baseada em fatos reais do fotógrafo John Clark, contratado pelo governo para retratar a miséria numa região agrícola dos EUA nos anos 1930.

Jongh tem um traço clássico, um nanquim grosso e rápido que me lembra gibi Marvel ou DC da época dos Buscemas e Curt Swans. A narrativa é contemporânea: longas sequências de pouco texto ou texto nenhum, além de um trabalho especial com cores. As cenas de tempestades de areia são armadas para assustar e assustam. É daqueles quadrinhos com viradas de página bem projetadas, com artes de página dupla que parecem vir com trilha sonora. Mas são mudas, e o impacto só existe na sua cabeça porque Jongh armou.

Dias de Areia ganhou uma pilha de prêmios na França, onde saiu no ano passado. Aqui, o lançamento é da Nemo, com tradução de Fernando Scheibe e Bruno Ferreira Castro.

OS BORDUNAS

Segunda-feira é dia de Vira-Lata Solitário, de Steffani Magalhães. Terça é dia de Nosferatu, de Álvaro Maia. Quarta é de Odete a Mercenária, de Bruna MZF. Quinta é de Wellington Jacaré, de João Pinheiro. Hoje é dia de Kriança Índia, de Rafa Campos Rocha e Álvaro Maia. Amanhã tem mais um Malagueta, de Gabriel Pieri. E domingo tem Sombras do Recife, de Roberta Cirne.

E assim, todo dia, semana a semana, vai se montando uma nova revista do quadrinho brasileiro. Ou uma página de tiras, como as que os jornais estão sufocando. Ou a analogia que você quiser fazer: na prática, é um perfil no Instagram.

É a Borduna Produções, que estreou no final de junho. Começou numa parceria entre Rafa Campos Rocha (Deus aos Domingos, Garota Silat, Kriança Índia) e João Pinheiro (Carolina, Barrela, Depois que o Brasil Acabou), pensando em como promover o novo personagem de Pinheiro – Wellington Jacaré, o menino-réptil da quebrada, que deve virar animação. Outros amigos se juntaram e de repente eles tinham material para publicar todos os dias.

“Já tínhamos Kriança Índia e Deus fortes e eu sabia que o Wellington era personagem melhor que essas duas”, Rafa Rocha me contou via Instagram. “O Álvaro Maia ia tomar conta da página e também tinha um personagem para publicar. Resolvemos chamar o Gabriel Pieri, de quem somos fã há tempos. Chamamos a Steffani Magalhães e a Bruna MZF, de quem também somos fãs. E fechamos uma semana com todas as tiras.”

Cada publicação diária é curtinha como uma tira, de quatro a dez quadros. Há planos de dobrar o número de séries e chegar a dois lançamentos por dia.

A Borduna também tem planos no impresso. Já republicou, agora com o novo selo, a revista Cavalo de Teta – de João Pinheiro, Diego Gerlach e outros –, Garota Silat, de Rafa Rocha, e vai lançar outros. Há uma coletânea em papel jornal prevista para breve. E uma exposição na Galeria Nona Arte que abre em 10 de setembro.

E outras iniciativas na internet também, como publicação no TikTok. Sou velho, não entendo de TikTok e perguntei se os quadrinistas iam fazer dancinha. “Hahaha, pelamor, não”, disse Rafa Rocha. “Só os personagens. Garanto que você não quer me ver dançando. Vai mexer com sua sexualidade e depois você vai ficar me perseguindo.”

VIRANDO PÁGINAS

O obituário esteve lotado nas últimas semanas. Sid Jacobson, editor de décadas na Harvey Comics e na Marvel, faleceu em 23 de julho aos 92 anos. Ele também escrevia HQ. Sua adaptação do diário de Anne Frank (com Ernie Colón) saiu aqui pela Quadrinhos na Cia.

Ron Zimmerman teve uma passagem relâmpago pelos quadrinhos da Marvel, na era Bill Jemas, quando foi contratado para “abalar” com um gibi de caubói gay e uma cópia de Batman e Robin no universo Ultimate, entre outros projetos. Era redator do programa de rádio de Howard Stern, foi produtor e roteirista de muita coisa para a TV, comediante de stand-up e teve um relacionamento com a Cher. Uma vida atarefada. Faleceu em 28 de julho, aos 64.

Raymond Briggs, orgulho britânico, faleceu na terça-feira aos 88. Ilustrava livros infantis desde os anos 1950, começou a fazer quadrinhos nos anos 1970. Seus mais famosos são When the Wind Blows, de 1982, sobre um casal que nega a ameaça nuclear até que a bomba explode, Gentleman Jim e Ethel & Ernest, dois retratos de família na classe operária inglesa. Sua última publicação, Time for Lights Out, é de 2019 e trata da velhice e da morte.

Jean-Jacques Sempé, ou só Sempé, deixou todos ilustradores órfãos ontem, quinta-feira. Ele completaria 90 anos na próxima quarta, dia 17. Criou o Pequeno Nicolau com René Goscinny, desenhou muitas capas da New Yorker e milhares de charges, lançou pilhas de coleções. Senhor Lambert, Raul Taburin e Marcelino Pedregulho foram os últimos que saíram no Brasil. Você já viu um Sempé.

O presidente da França lamentou a morte em um tuíte poético. No último desenho que Sempé publicou, na semana passada na Paris Match (ver acima), a legenda dizia “Não esqueça de mim”. Nem teria como.

Hal Foster

A morte de Joe Kubert (1926-2012) completa dez anos hoje. Além da obra, da Joe Kubert School, dos filhos Adam e Andy, Kubert deixou um neto e uma neta que fazem quadrinhos.

Jiro Taniguchi completaria 75 anos neste domingo. Ele faleceu em 2017, aos 69. Seus Um Bairro Distante e Hotel Harbour-View: Tokyo Killers acabaram de sair pela Pipoca & Nanquim.

Hal Foster (1892-1982) completaria 130 anos na terça-feira, dia 16. Ele dedicou mais de cinco décadas aos quadrinhos de Tarzan e Príncipe Valente. Continua sendo referência de muito autor.

10 Pãezinhos: o Girassol e a Lua estreou em um fanzine em preto e branco de 16 páginas em agosto de 1997, há 25 anos. Foi um dos primeiros trabalhos de Fábio Moon e Gabriel Bá.

UMA CAPA

De Julian Totino Tedesco, para a nova tiragem de Detective Comics n. 1062. Parece que eu dedico esta seção às capas do Tedesco e não dou chance pra outros, mas o caso é que o homem se supera.

UM GRÁFICO

Sobre o preço médio de um comic book – a revista de quadrinhos tradicional do mercado norte-americano, 32 páginas, uma história, grampeado – ao longo de 60 anos. Veio dessa matéria do Bleeding Cool que discute o plano do Mark Millar de lançar um gibi a US$ 1,99, quando o preço normal de um comic book atual está entre US$ 4,99 e 5,99. (Não faça o câmbio com o real, não faz bem pra saúde.)

Por mais que nesses sessenta anos a qualidade gráfica tenha aumentado enormemente e as tiragens tenham caído loucamente, mantem-se a defesa de que os quadrinhos deviam ser produto popular, barato e acessível. Se seguisse a inflação, um comic book de 10 cents de 1961 custaria hoje pouco mais de US$ 2. Tem como? Com as tiragens bem menores, não.

O dumping de Millar vai ser artificial, pois ele vai perder dinheiro. De que ele não precisa.

UM MEME

UMA PÁGINA

De Harvey Kurtzman em Um Cadáver no Rio Imjin. A história que dá título à coleção é considerada um clássico do quadrinho norte-americano – sempre com destaque a esta página – e sai pela primeira vez no Brasil no mês que vem, pela Veneta (com tradução de Ederli Fortunato). A capa de Gustavo Piqueira, exclusiva da edição brasileira, também merece uma conferida.

UM FIQ

Carlos Jenisch é quadrinista de Porto Alegre. Ele é o organizador da antologia Segunda-Feira Eu Paro, só de HQs sobre vícios; roteirista de Delírio Coletivo na Terra do Fogo, HQ de aventura e fantasia com arte de Brenda Klein; e autor solo da coleção Baú das Mágoas. Ele estava no 11º FIQ.

Jenisch chegou atrasado no aeroporto por causa de uma confusão quanto ao horário de check-in. Perdeu o voo. A companhia aérea lhe ofereceu uma nova passagem por três mil reais. Ele preferiu ir de ônibus. O ônibus entre Porto Alegre e Belo Horizonte levaria vinte e oito horas, mas era mais barato que o avião.

Enquanto esperava o ônibus, Jenisch dormiu na rodoviária. Quando acordou, descobriu que alguém tinha levado seu dinheiro e seus documentos. Deu tempo de registrar boletim de ocorrência antes de pegar o ônibus. Que levou as vinte e oito horas até Belo Horizonte.

Ou um pouco mais, porque o ônibus foi parado pela Polícia Rodoviária na altura do estado de São Paulo. Os policiais revistaram todos os passageiros e estranharam aquele carregamento de quadrinhos. Mas deixaram passar. As caixas ficaram rasgadas, alguns quadrinhos voaram.

Mas Jenisch chegou, com as caixas rasgadas, no fim da primeira noite do FIQ, quarta-feira. Ficou até o último dia, o domingo. Ainda não fechou as contas para me dizer se vendeu o bastante para compensar o desfalque da passagem e dos reais que ele perdeu naquele furto na rodoviária – que ele diz que foram poucos – ou o incômodo das horas de ônibus, de revista pela polícia ou de ter que tirar outro RG. Mas diz que vendeu bem.

Quando ele me contou essa história – às quatro da manhã de domingo para segunda-feira, no aeroporto de Belo Horizonte, quando estávamos esperando o voo para voltar a Porto Alegre –, ele estava com um sorriso de orelha a orelha por ter ido ao FIQ. E nem aí para tudo que aconteceu para ele chegar ao FIQ.

Foi o FIQ da retomada. Foi o FIQ “pós”-pandemia. (Com aspas porque os seguranças do Minascentro cobravam máscara de todo mundo, no que estavam corretíssimos). Rafael Coutinho me deu um abraço dizendo “achei que a gente nunca mais ia se ver, eu achei que todo mundo ia morrer.” Tinha pessoas com sede de evento, qualquer evento. Eu era uma dessas. Não houve quem não me dissesse que não existe nada igual ao FIQ.

“Eu adoro vender pins e prints”, me disse Renata Rinaldi, de The Invisible Thread, “mas gosto mais de vender um quadrinho, que me deu muito mais trabalho”. Ela e outros me contaram como o público do FIQ vem pelo quadrinho, para comprar quadrinho, para ler quadrinho. Também teve muitas mesas de bar e de café da manhã para discutir tretas, teve uma proposta de casamento entre duas figuras do quadrinho nacional e teve surpresas, como encontrar o Ministro dos Quadrinhos.

Naquela madrugada em que eu estava conversando com o Carlos Jenisch, eu ia perguntar se tudo valeu a pena. Ele respondeu antes. “Era o FIQ. A quantidade de gente que eu conheci, os contatos e amizades que a gente faz lá... Não tem bem como mensurar o quanto o evento nos deixa pilhados, o quanto incentiva a gente a produzir. Valeu tudo a pena e faria tudo de novo”.

Esse foi o FIQ.

 

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022

#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil

#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?

#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?

#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira

#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos

#80 – Retomando aquele assunto

#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA

#78 – Narrativistas e grafistas

#77 – George Pérez, passionate

#76 – A menina-robô que não era robô nem menina

#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade

#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas

#73 – Toda editora terá seu Zidrou

#72 – A JBC é uma ponte

#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades

#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor

#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina

#68 – Quem foi Miguel Gallardo?

#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes

#66 – Mais um ano lendo gibi

#65 – A notícia do ano é

#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?

#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?

#62 – Temporada dos prêmios

#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca

#60 – Vai faltar papel pro gibi?

#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

#37 - Desculpe, vou falar de NFTs

#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade

#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem

#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional

#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne

#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil

#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso

#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua

#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo

#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel

#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil

#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio

#25 - Mais brasileiros em 2021

#24 - Os brasileiros em 2021

#23 - O melhor de 2020

#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo

#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries

#20 - Seleções do Artists’ Valley

#19 - Mafalda e o feminismo

#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos

#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo

#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?

#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil

#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee

#13 - Cuidado com o Omnibus

#12 - Crise criativa ou crise no bolo?

#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix

#10 - Mais um fim para o comic book

#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca

#8 - Como os franceses leem gibi

#7 - Violência policial nas HQs

#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje

#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês

#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics

#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona

#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler

#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020

#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee

 

(c) Érico Assis