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Enquanto Isso | Toda editora terá seu Zidrou

Mais: Tintim no Tocantins, a estreia da Moby Dick, 25 mil Márcias e uma caneta Bic no cinema

08.04.2022, às 18H07.
Atualizada em 09.04.2022, ÀS 09H37

Costumo falar de aniversários com números redondos e de outras efemérides no final da coluna. Mas um aniversariante da semana também é uma das notícias da semana. Zidrou completa 60 anos na próxima terça-feira, dia 12.

O roteirista belga virou queridinho dos leitores brasileiros e das editoras brasileiras. Pipoca & Nanquim, Nemo e Skript anunciaram lançamentos assinados por Zidrou para este ano. Deve ter mais. Como um editor me disse, publicar Zidrou no Brasil “virou uma competição louca”.

 

A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos, de Zidrou e Aimée de Jongh

A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos, colaboração com a holandesa Aimée de Jongh, é o primeiro Zidrou deste ano, programado para o final do mês pela Pipoca & Nanquim (com tradução de Fernando Paz).

Em seguida deve vir o primeiro volume de L’Adoption (ainda sem título em português ou tradutora divulgados), pela Nemo – que fez um teaser “misterioso” com a arte inconfundível do francês Arno Monin. (Falei de Adoption no final de 2020.)

A Skript anunciou para o segundo semestre a chamada “Trilogia Africana” de Zidrou e do francês Raphaël Beuchot, três álbuns independentes com histórias passadas no continente: Le Montreur d’Histoires, Tourne Disque e Un Tout Petit Bout Delles.

A Skript também vai lançar Lydie, sua primeira colaboração com o espanhol Jordi Lafebre. Os álbuns ainda não têm título nem tradutor(a) definidos.

Como já foi dito, deve ter mais, por outras editoras. É só você abrir a ficha de Zidrou na Bedetheque (o Guia dos Quadrinhos dos franco-belgas) que você encontra material para abastecer editoras e leitores brasileiros durante anos: mais de 70 títulos, incluindo séries de longa duração. Foram 9 álbuns zidrouescos só no ano passado.

A produtividade provavelmente é fruto da reclamação de muito roteirista franco-belga: eles são mal pagos e por isso têm que produzir, produzir, produzir.

O romance entre Zidrou e brasileiros começou com Verões Felizes, sua outra colaboração com Jordi Lafebre. O primeiro álbum saiu sem divulgação alguma pela Sesi em dezembro de 2016. Em seguida virou destaque de crítica. Escrevi sobre ele em 2017 e acho brilhante.

A Sesi publicou duas sequências de Verões em 2017 e 2018. A série continuou na França, pela Dargaud, e chegou ao sexto volume – talvez o último – no ano passado.

Também no ano passado, a Faria e Silva Editora lançou outra colaboração Zidrou/Lafebre, A Mundana, e a parceria de Zidrou com outro espanhol, Oriol Hernandez Sanchez, Naturezas Mortas.

Apesar da recepção morna destes dois, as novas leituras e o falatório sobre toda a biblioteca Zidrou parecem ter reavivado a atenção ao roteirista no Brasil.

Ducobu, de Zidrou e Godi

Zidrou, a propósito, é pseudônimo de Benoît Drousie, nascido em Anderlecht em 1962. Ele começou a vida profissional como professor escolar. Sua bio no site da Lombard diz:

Zidrou foi professor por vários anos. O problema era que ele sonhava com uma escola inteligente, que ensinasse as crianças a pensar em vez de decorar; uma escola voltada para os alunos, que levasse em conta a realidade e os problemas que eles tinham. Como isso era impossível, ele resolveu encarar sua missão na vida virando roteirista de gibi!

No início dos anos 1990, ele trabalhava em revistas para crianças. Para a Tremplin, distribuída nas escolas belgas, ele criou junto a Godi seu personagem mais famoso: L’Élève Ducobu – o “pior aluno do colégio”.

Ducobu tem nada menos do que 25 álbuns na Lombard e virou três filmes live-action. O quarto, Ducobu Président!, estreia em julho na França.

Em 2000, Zidrou trocou a Tremplin pela tradicionalíssima Spirou, onde criou com o desenhista Darasse outro sucesso de público: Tamara, uma adolescente que briga com o peso. Já foram 16 álbuns pela Dupuis e duas adaptações para o cinema.

Curiosidade: um dos personagens da série, o padrasto de Tamara, é um músico brasileiro chamado Chico.

Cartaz de uma exposição sobre Zidrou no CBBD em 2018

Zidrou era conhecido no mercado franco-belga como um autor de quadrinhos engraçados para o público infantil. Ainda é, pois não para de produzir para as crianças. (A propósito, ele também compõe músicas infantis.)

Em 2013, o Le Monde publicou uma resenha de Le Beau Voyage, sua colaboração com o desenhista Benoît Springer, com o título: “Zidrou passa a falar de coisa séria”.

É essa fase adulta e dramática de Zidrou que é conhecida no Brasil, embora só corresponda aos últimos dez anos de uma carreira de trinta. Também é sua fase mais produtiva, que enche as prateleiras de livrarias com Zidrou, Zidrou e mais Zidrou.

Ele escreve fantasia – Les Mentors, série com Francis Porcel – policial – Les Brûlures, com Laurent Bonneau –, suspense – La Petite Souriante, outro com Benoît Springer –, aventura – Shi, série com José Homs que já está no quinto volume –, drama histórico – Bouffon, com Francis Porcel. Recentemente ele foi convidado a escrever volumes de séries de longa tradição no mercado franco-belga, como Spirou, Bob et Bobette, Marsupilami (repensado como La Bête) e Ric Hochet.

Assim como se diz que não há editora de quadrinhos brasileira sem material de Jeff Lemire, em breve não deve haver editora brasileira sem seu Zidrou. Se depender do próprio, material é o que não falta. Feliz aniversário, monsieur Drousie! Parece que você vai comemorar com os brasileiros.

TINTINS DO TOCANTINS

Vicente é um garoto corajoso e esperto que vive no interior do Brasil. Sua família e o vilarejo onde ele mora estão perdendo o sossego com um mistério, que pode estar relacionado a uma lenda cabeluda da região. Seguem brigas de bar, uma vozinha que é mais do que parece e o temido Capelobo.

É a premissa de Vicente: Lua Cheia, primeiro do que promete ser uma série dos autores Pablo Marquinho e Álvaro Maia. A primeira história está disponível gratuitamente – você baixa a partir do Instagram. O projeto foi patrocinado pela Lei Aldir Blanc Tocantins.

Dei aquelas presepadas de crítico e disse que Vicente era “ligne agreste claire”. Álvaro Maia, o desenhista, foi cortês em não me xingar, mas entrou no jogo durante nossa conversa via Facebook:

“Tintim do Tocantins? É por aí mesmo. Quando decidi trabalhar em um gibi infantil, eu fui buscar inspiração no gênero. Li bastante coisa, mas a aventura clamava por Tintim. Aí eu fui mesclando o que eu já faço em Kriança Índia com Linha Clara. Inclusive na própria estrutura da narrativa, páginas grandes com 4 tiras, cores sólidas, ausência quase total de sombras.”

Se Tintim viaja pelo mundo em investigações e reportagens, Vicente viaja pelo cerrado encontrando o folclore regional – com terror dosado para o público infantil

“A ideia base é misturar lendas da região com um pouco de invencionismo”, me contou Álvaro. “O Capelobo é uma lenda da região norte. Você ouve falar dele no Pará, Maranhão e em alguns locais aqui do Tocantins. É uma mistura de lobisomem com anta, com tamanduá. Mas não necessariamente um licantropo, é mais uma entidade. Já a ‘Vovó’ é uma mistura de Maria Sabina (xamã mexicana, que fazia curas com cogumelos) e um toque de miração ayahuasqueira.”

Por enquanto o material só existe em versão digital e, como já foi dito, de graça. É o lançamento do selo Teiú (“um lagartão enorme aqui do cerrado, que come ovos”, me explicou o desenhista).  A versão impressa da primeira história deve sair em breve. Há planos de álbuns maiores, dando sequência às aventuras de Vicente.

“Também tenho aspirações de tornar o selo Teiú uma espécie de Moulinsart do cerrado, hehe”, complementou o Álvaro.

ELA SOPRA!

Tem editora nova no mercado. A Moby Dick apresentou recentemente seu primeiro lançamento: Book Tour, do inglês Andi Watson, que estreou campanha no Catarse no início do mês.

Na graphic novel (com tradução de Márcio Rodrigues), um autor inglês de pouco renome sai em turnê para promover seu novo livro em cidadezinhas europeias. A turnê dá errado em níveis kafkianos: os hotéis perdem suas reservas, a polícia está atrás dele por causa do desaparecimento de alguém e a relação com a esposa e o filho que ele deixou em casa vai de mal a pior.

Lançado em 2019 na Europa, Book Tour frequentou listas de melhores do ano – esteve na “seleção oficial” do Festival d’Angoulême – e marcou a volta de Watson às graphic novels adultas depois de um tempo sumido. Conhecido pela série Skeleton Key nos anos 1990, ele circulou com algumas pérolas de roteiro e desenho próprios no início dos anos 2000 – uma das minhas preferidas é Little Star, sobre a vida de pai e mãe –, depois passou um tempo só como roteirista (colaborou com Marvel e Dark Horse) e em livros infantis.

A Moby Dick surgiu da aliança entre cinco sócios, todos com experiência em outras frentes no mercado editorial: Gustavo Abreu, Henderson Fürst, Laura Brand, Marcelo Hugo da Rocha e Nathan Matos Magalhães. Perguntei ao último por que estrear a editora com Book Tour:

“Porque é uma maneira de tentar representar algo que a gente deseja: manter a literatura e os quadrinhos mais próximos. Acompanhando o mercado da literatura enquanto leitores e editores que somos e acompanhando o mercado dos quadrinhos apenas como leitores e leitoras, a gente sente que há uma separação abissal entre esses dois ‘povos’”, ele me conta.

Não que a editora vá publicar só quadrinhos com tema bibliófilo. Também, mas não só. “A gente vai publicar quadrinhos que lidam com história, política, com as relações interpessoais, aquelas que mexem com a gente, que deixa os sentimentos aflorarem, de cair o cisco no olho”, completa Nathan. “Devagar, o nado da Moby irá longe.”

Book Tour está no Catarse até o dia 20 de maio. A Moby Dick tem planos de lançar pelo menos mais dois quadrinhos este ano, mas ainda não revelou quais são.

12.000

Doze mil. Essa é a nova tiragem francesa de Escuta, Formosa Márcia, do brasileiro Marcello Quintanilha, feita às pressas pela editora Çà et Là para atender aos pedidos do álbum após o prêmio em Angoulême. O número foi divulgado pela própria editora no Facebook, que também mostrou a capa com o selinho de “Fauve d’Or”.

Segundo o editor Serge Ewenczyk, a tiragem inicial, em setembro do ano passado, havia sido de 2800 exemplares, complementados por mais dois mil em novembro. "Só haviam sobrado 250 para Angoulême", explicou o editor. Além dos 12 mil que rodou agora, ele planeja rodar mais 8 mil em junho.

O total: quase 25 mil cópias de Écoute Jolie Marcia em circulação no mercado europeu em um ano.

Para comparação, no Brasil, a Veneta rodou seis mil exemplares de Márcia em agosto. Há previsão de uma nova tiragem, mas não imediatamente, segundo a editora.

No último fim de semana, aliás, Márcia ficou com o primeiro lugar no Prêmio Grampo, montado a partir dos rankings de vários críticos brasileiros. E as inscrições para o Prêmio Jabuti já começaram...

NO CINEMA, ASSISTINDO TRON, COM UM MONTE DE PAPEL E CANETA BIC

“Teve dois filmes que foram bizarros na minha vida, que me deixaram absolutamente enlouquecido. Um foi Flash Gordon, aquele dos anos 1980 com a trilha do Queen. E outro é Tron, que anos mais tarde eu fui descobrir que tinha storyboards do Moebius. (E fez todo sentido descobrir isso.) O que eu fiz quando saí do cinema? Saí enlouquecido e pedi [pros meus pais]: eu preciso ir de novo.

E nesses dois filmes, quando fui assistir de novo, eu levei um monte de folha dobradinha pra tentar desenhar cenas no cinema com caneta Bic. E aí, com o máximo que eu consegui me lembrar quando voltei pra casa depois do cinema, com esse storyboard na mão, eu fiz minha própria revistinha do Tron e do Flash Gordon, inspirados na minha memória e do que eu pude captar nas duas sessões.”

Tem alguma coisa nesta cena que Law Tissot descreve, da sua própria infância, no depoimento ao Lasercast (episódio 37, “Malditos Fanzines”, perto dos 20 minutos).

Não é só a lembrança de uma época sem streaming, sem DVD, provavelmente nem VHS para fazer esses “storyboards” que ele fez no cinema com caneta Bic. Também isso, mas principalmente esse negócio de ficar em êxtase com uma coisa e esse êxtase definir o resto da sua vida. Uma vida de quadrinhos, no caso.

Tissot é quadrinista há quase quarenta anos. Sua última publicação é Crash 13 (editora MMarte), de qual eu falei em dezembro.

VIRANDO PÁGINAS

Já falei que Zidrou completa 60 anos na próxima terça-feira, dia 12. Também há 60 anos, uma semana antes – mais exatamente no dia 4 – Simon Bisley nascia na Inglaterra. O artista que ficou conhecido por Lobo, Sláine e Juiz Dredd tem feito uma e outra HQ, como Brooklyn Gladiator, enquanto ilustra pra banda de heavy metal e pros fãs nas convenções. Ele esteve na CCXP em 2016 e 2017.

Em 10 de abril de 1992, há 30 anos, saía nos EUA Youngblood n. 1, de Rob Liefeld. Foi não só a estreia da Image Comics no mercado, mas o início dos famosos atrasos da Image – a edição saiu um mês depois do prometido.

Em abril de 2002, há 20 anos, saía a coletânea Dez na Área, um na Banheira e Ninguém no Gol, coletânea de quadrinhos sobre futebol organizada pela editora Via Lettera. O álbum viraria motivo de polêmica anos depois, quando entrou em bibliotecas escolares e foi condenado por trazer palavrões. Imagine só, palavrões num gibi?

UMA CAPA

De Zoe Thorogood, que embarca na autobiografia em It’s Lonely at the Centre of the Earth. Clique na imagem pra ler a autora descrevendo mais do projeto, que trata de sua depressão crônica.

“A história acompanha os últimos seis meses de 2021, depois que eu me convenci que não ia mais viver e decidi, no meio da minha mania, começar este projeto, registrando o que eu faço para tentar me entender.”

Thorogood é a inglesa autora de The Impending Blindness of Billie Scott, uma das graphic novels mais comentadas de 2020. O novo trabalho está previsto para novembro, pela Image.

UMA PÁGINA

De Gabriel Jardim em Preto Tipo A, que sai na semana que vem pela Universo Guará. O álbum acompanha Domingos, garoto que aparece para mudar tudo em um vilarejo de pescadores.

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#72 – A JBC é uma ponte

#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades

#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor

#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina

#68 – Quem foi Miguel Gallardo?

#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes

#66 – Mais um ano lendo gibi

#65 – A notícia do ano é

#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?

#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?

#62 – Temporada dos prêmios

#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca

#60 – Vai faltar papel pro gibi?

#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

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