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Exclusivo: Editor da Conrad fala sobre mudanças na editora em 2009

Rogério de Campos promete expansão

07.02.2009, às 00H00.
Atualizada em 27.12.2016, ÀS 07H11

Rogério de Campos, editor da Conrad, conversou com o Omelete sobre as mudanças que acontecerão em 2009 na editora, após a compra pelo grupo editorial IBEP-Companhia Editora Nacional.

Conrad 2

Conrad

Na verdade, as mudanças são poucas. Como já confirmado antes, as séries mangá continuam. Um dos próximos lançamentos é o aguardado Verão Índio, clássico de Hugo Pratt e Milo Manara. Na graphic novel, passada nos EUA do século XVII, o estupro de uma garota dá início à guerra entre colonizadores e índios. Além disso, o investimento em quadrinhos nacionais não vai parar. Confira a entrevista:
 
O informe da Conrad-IBEC fala em preservar "a identidade editorial, estrutura comercial e regime operacional" da Conrad. Isto é garantia de que teremos a mesma linha de publicações, o site e outras características da editora em funcionamento? Planeja-se retração em algum desses aspectos? Ou expansão?

Expansão. Indo ainda mais longe.
 
Como ficarão as séries de mangás que a Conrad mantinha, como Battle Royale, Blade, Nausicaä, Vagabond, Bambi, Monster, Sanctuary...? Voltam? Já tem previsões de quando cada uma retornará?

Estamos já em gráfica com Nausicaä e Bambi. E estamos retomando os outros títulos.
 
Há algum outro lançamento que você já possa anunciar para breve?

Sim, Verão Índio chega nas próximas semanas.
 
E os investimentos em quadrinhos nacionais? Em 2008 saiu a muito elogiada Chibata!. Estes investimentos continuarão?

Sim. Temos muito orgulho dos autores que temos em nosso catálogo. Em 2008, lançamos também o Prontuário 666. São os dois principais lançamentos de quadrinhos nacionais no ano.
 
A Conrad é considerada uma das responsáveis por marcar os quadrinhos nas livrarias no Brasil. Companhia das Letras, Record, Ediouro e outras editoras nacionais estão embarcando neste filão com grandes investimentos. Qual a perspectiva da Conrad para esta concorrência?

Existe um mundo de quadrinhos para serem publicados no Brasil. O que espero é que as outras editoras publiquem novas coisas, e não fiquem apenas no que já foi lançado antes. Admiro muito, por exemplo, o trabalho da Zarabatana: publicaram várias coisas que eu pensava em publicar, mas nunca tinha publicado. Companhia publicou Persépolis, que passou anos na minha mesa em avaliação. A Record vem aí com Kiki de Montparnasse, que é ótima. A Rocco publicou o Gato do Rabino, que eu também teria gosto de publicar. Seja como for, a Conrad quer ser líder, mas nunca foi besta de sonhar com um monopólio.
 
Como você avaliaria o interesse da IBEC-Nacional pela linha editorial da Conrad? As editoras parecem atender segmentos de mercado bastante diferentes.

Foi justamente uma das vantagens que eles viram: não há sobreposição nos catálogos.
 
Por fim, o que podemos esperar da Conrad em 2009?

Muito mais lançamentos. Muito mais barulho.