Criado, em 1983, pelo matogrossense de Três Lagoas, Marcelo Campos, um dos donos da Quanta Academia de Artes, Quebra-Queixo combate o crime nas ruas da megalópole Nova Fronteira a serviço da Força Zero, uma autoridade policial futurista, composta por superseres.
O anabolizado meganha fez sua primeira aparição em 1992 na revista Pau-Brasil da extinta editora Vidente. Apesar de o próprio autor não levá-lo a sério, foi publicado das mais diversas formas e pelas mais diferentes editoras ao longo destes onze anos. Suas aventuras repletas de violência e bom-humor já foram lançadas pela Brainstore e pela própria Devir, bem como editadas diretamente na internet. Desta forma, trabalhando sozinho ou em parceria, Campos teve muitas oportunidades de desenvolver sua criação, bolar inúmeras quinquilharias como a Caixa-Embrião e o Vagão do QQ e ainda reforçar o elenco de coadjuvantes, encabeçados pelas as trigêmeas Kerouack e o cientista Sebastião Sapão.
Marcelo Campos foi um pioneiro. Começou a trabalhar profissionalmente com HQs aos vinte anos, na revista Maciota de Paulo Paiva. Pouco depois, tornou-se assistente de arte da Redação de Super-Heróis da Editora Abril, empresa para a qual ilustrou gibis de personagens e personalidades saídas da televisão, como Faustão, Xuxa, Bravestar e He-Man.
Fora do Brasil, tornou-se conhecido como Marc Campos, quando foi o primeiro desenhista brasileiro de sua geração a atuar para o mercado americano de quadrinhos. Teve, então, sua arte presente em revistas das editoras Malibu Publishing, DC Comics, Marvel Comics e Dark Horse.
As cinco histórias de Quebra-Queixo: techonorama Vol. I foram escritas por Marcelo Campos e seu sócio na Quanta, Octavio Cariello. Os desenhos estão a cargo de Jefferson Costa, Fernando Cintra, Waldomiro Vitorino - todos alunos da Quanta -, de Weberson Santiago, o editor do fanzine Ainda?, e do pernambucado Rael Lyra, o ilustrador convidado desta edição, que custa R$19,50 e também conta com episódio desenhado pelo próprio Marcelo.