O cartunista argentino Quino, criador da Mafalda, morreu nesta quarta-feira (30), aos 88 anos. A informação revelada pelo jornal argentino Clarín foi confirmada por Daniel Divinsky, editor de Quino, em sua página no Twitter.
"Morreu Quino. Todas as pessoas boas deste país e do mundo vão chorar."
Ainda segundo o Clarín, Quino sofrera um AVC na última semana. Outras informações sobre as circunstância da morte do cartunista ainda não foram reveladas.
Maior cartunista em língua espanhola, Joaquín Salvador Lavado Tejón nasceu em 17 de julho de 1932 e decidiu ainda criança que viveria de sua arte.
Adulto, Quino ingressou a Faculdade de Belas Artes que acabaria largando em 1949 por ficar entediado com as aulas teóricas. A primeira veiculação de uma arte sua aconteceu em novembro de 1954 na revista Esto Es, vindo a desenhar regularmente para jornais argentinos apenas três anos depois.
O ponto de virada de sua carreira aconteceria em 1963 com a publicação de Mundo Quino, seu primeiro livro de humor. No ano seguinte, Quino cria a Mafalda, personagem que protagonizou mais de 1900 tiras entre 1964 e 1973 e foi traduzida para mais de 30 línguas.
Apesar de ser só uma garotinha de 6 anos, Mafalda ficou conhecida por suas perguntas desconfortáveis aos pais sobre o mundo e a sociedade e por isso acabava agradando não só às crianças mas também ao público adulto.
Em 1968, Quino foi convidado pela UNICEF para ilustrar a Edição Internacional da campanha mundial da Declaração do Direitos da Criança com personagens da turma da Mafalda.
Após a aposentar Mafalda, Quino seguiu publicando quadrinhos e tirinhas de humor em livros e jornais como o Clarín. Por diversas vezes foi perguntando se e quando Mafalda voltaria a ganhar novas tiras, mas Quino sempre se negou a fazê-lo.