O quadrinista Neal Adams, mais conhecido por seu trabalho com o Batman nos anos 1970, morreu aos 80 anos por complicações da sepse. A informação foi confirmada ao THR pela esposa de Adams, Marilyn.
Adams começou a carreira nos anos 60, na DC, desenhando o personagem Deadman. Após passagem pela Marvel com histórias dos X-Men e dos Vingadores, eles retornou para a editora anterior e assumiu o título do Batman ao lado do roteirista Dennis O'Neill.
Juntos, os dois desvincularam o Homem-Morcego da imagem camp da série de TV dos anos 60, e dos quadrinhos originais voltados para o público infantil. Vilões como Ra's Al Ghoul e Talia Al Ghoul, além do Man-Bat, foram criados nessa época.
As revistas de Adams e O'Neill também são creditadas por estabelecer o mito do Coringa como o arquiinimigo do Batman, removendo um pouco do apelo cômico do vilão para retratá-lo com a personalidade desvairada que ficou marcada na cultura pop.
Durante seu tempo na DC, ele também escreveu para títulos como Arqueiro Verde e Lanterna Verde, neste último ajudando a criar o personagem John Stewart, um dos primeiros heróis negros da editora.
Ainda nos anos 1970, durante o auge de sua popularidade, Adams surpreendeu a indústria dos quadrinhos ao romper com as grandes editoras para formar o seu próprio selo, Continuity Studios. Pelas décadas seguintes, agiu como mentor de artistas independentes - alguns, como Frank Miller e Bill Sienkiewicz, se tornariam nomes importantes na indústria.
Adams também foi um defensor ferrenho do direito dos artistas, realizando campanhas por melhores condições de trabalho e batendo de frente com as grandes editoras por contratos que não garantiam compensação justa pelo trabalho criativo.
Neal Adams deixa a esposa de mais de 45 anos, Marilyn, cinco filhos, seis netos e um bisneto.