Avatar: O Último Mestre do Ar, versão live-action da animação clássica da Nickelodeon, finalmente chegou ao catálogo da Netflix. Como toda adaptação, a série precisou mexer e misturar alguns elementos do desenho para encaixá-los em sua trama. Comandada por Albert Kim, a produção tinha o grande desafio de entregar os elementos mais amados da franquia em apenas oito episódios.
Abaixo, listamos as principais diferenças entre o novo live-action e Avatar: A Lenda de Aang — confira (e sim, temos muitos spoilers nesta lista):
Nada de abertura
Nada de "Água. Terra. Fogo. Ar" na nova série. A tradicional abertura de A Lenda de Aang, em que Katara reconta uma história que ouviu de sua avó sobre o começo da Guerra dos 100 Anos, não está presente além do primeiro capítulo do live-action. Em seu lugar, a Netflix incluiu um novo letreiro 3D, que se transforma de acordo com a trama de cada episódio.
Mas isso não quer dizer que a história narrada originalmente por Katara esteja completamente ausente. Em O Último Mestre do Ar, é Gran Gran (Casey Camp-Horinek) quem conta diretamente para Aang (e para o público) sobre a quase extinção de seu povo e o sumiço do Avatar, recriando a sequência da animação palavra por palavra — em um momento que pode arrepiar alguns e causar estranhamento em outros.
Ao contrário da maior parte das outras mudanças, essa troca não afetou em nada a trama de O Último Mestre do Ar, embora os fãs mais antigos da animação com certeza sentirão saudades da abertura clássica.
A fuga de Aang
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Já sabíamos há algumas semanas que O Último Mestre do Ar adaptaria a invasão da Nação do Fogo aos templos dos Monges do Ar. Na animação, Aang fugiu meses antes do ataque. No live-action, o personagem de Gordon Comier escapa apenas porque havia saído com Appa para arejar a cabeça após descobrir que era o Avatar.
Além disso, a série encontrou uma forma criativa de reunir todos os Monges do Ar em um mesmo lugar para deixar ainda mais trágica a invasão da Nação do Fogo. Ao mesmo tempo em que os vilões se preparavam para usar a chegada de um cometa para ter seus poderes, os monges organizavam um festival que celebrava a passagem do corpo celeste. Essa celebração reunia todos os dobradores de ar do mundo, juntando todos os alvos de Sozin (Hiro Kanagawa) em um só templo.
Por um lado, mostrar o genocídio dos Monges do Ar deixa clara a brutalidade que a Guerra dos 100 Anos trouxe na ausência de Aang. Por mais que lidasse com as consequências do confronto, a animação era feita para crianças de 8 a 10 anos e obviamente tomava os cuidados necessários para não abordar os momentos mais chocantes de uma guerra mundial.
Por outro, Aang estar ausente do massacre apenas por ter ido “tomar um ar” e de repente cair numa tempestade tira da história o peso de sua escolha de deixar seu povo para trás por medo de ser o Avatar. Essa mudança também diminui o impacto dos paralelos feitos entre o Avatar e Zuko (Dallas Liu). A comparação entre os dois perde muito de seu peso quando Aang deixa de abandonar sua família por uma escolha própria para se afastar “por uns minutos” com a intenção de retornar.
Machismo do Sokka
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A notícia que dividiu o fandom de Avatar foi a de que Sokka (Ian Ousley) não teria o mesmo comportamento machista do desenho. Ainda que a mudança de mentalidade do jovem guerreiro faça parte de seu arco nas três temporadas da animação, ela foi praticamente toda ignorada na primeira temporada do live action — e o quanto isso afeta a trama, eu falei um pouco mais aqui.
Tudo em Omashu
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A mudança mais significativa de A Lenda de Aang para O Último Mestre do Ar foi a união de não duas ou três, mas quatro importantes tramas da viagem de Aang pelo mundo. Além de encontrar Bumi (Utkarsh Ambudkar) em Omashu, Aang e seus amigos também se deparam com Jato (Sebastian Amoruso), com o Mecânico (Danny Pudi) e com os nômades músicos do Túnel Secreto.
Essa mistureba é uma das piores escolhas do live action. Embora toda a história do Túnel Secreto interfira pouco na segunda temporada da animação e não precisasse de muito tempo de tela, a forma como a história foi colocada na série ficou deslocada e inflou desnecessariamente um episódio que já tinha três outras tramas para seguir (mais sobre isso abaixo).
A inclusão de Jato, por outro lado, é inofensiva e traz uma certa urgência para que Aang chegue ao Polo Norte, uma vez que é neste episódio que fica claro — mas não para o protagonista — o quanto a Nação da Fogo já se infiltrou no Reino da Terra. Essa escolha também dá a Katara (Kiawentiio) e Sokka algo para fazer enquanto o Avatar se encontra com Bumi.
As presenças do Mecânico e de Teo (Lucian-River Chauhan) em Omashu já são um pouco mais complicadas… Apesar de ajudar no crescimento pessoal de Sokka, o episódio desperdiça o questionamento de Aang sobre refugiados ocuparem e “modernizarem” Templos do Ar. Na animação, é nesse momento que o Avatar perceberia o efeito da guerra nos civis, mas o live-action afasta o Mecânico quase integralmente do protagonista.
Tudo com o Bumi
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Já abro este item deixando claro que acho que Bumi sofreu a única mudança “ofensiva” nesta tradução para o live-action. Não por causa da atuação de Ambudkar, que é ponto alto desta versão do personagem, mas por toda a forma como o Rei de Omashu foi construído.
Kim e sua equipe descartaram praticamente toda a imaginação e sabedoria de Bumi para transformar o monarca em um sujeito rancoroso e combativo. Em quase todas as suas cenas, ele é praticamente o oposto do “gênio doido” que Aang conheceu quando criança, encaixando-se mais nos velhos clichês do velho rabugento que quer ensinar uma lição de vida aos mais novos.
O significado do reencontro entre Aang e Bumi, em que o Rei Louco ensina ao Avatar a pensar fora da caixa para resolver seus problemas — como ele viria a fazer com o Senhor do Fogo —, é completamente perdido nessa encarnação da série. Para piorar, a cena que mostra Azula conquistando Omashu e deixando Bumi de joelhos sugere que a cidade não será revisitada numa possível segunda temporada, como aconteceu com A Lenda de Aang. Assim sendo, é muito improvável que esta versão do monarca se redima no futuro da série.
Túnel secreto
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Outro indicativo de que Omashu não aparecerá na segunda temporada é o adiantamento da trama do Túnel Secreto, apresentado em “A Caverna dos Dois Amantes”, segundo episódio do segundo ano de A Lenda de Aang. A história, que vê a Equipe Avatar circulando pelos túneis construídos por um casal de dobradores de terra e algumas toupeiras-texugo (que bela frase para quem nunca viu nada de Avatar), acompanhados de um grupo musical nômade. Na animação, o episódio serve para preparar o terreno para um eventual romance entre Aang e Katara.
Em O Último Mestre do Ar, os túneis não são uma passagem para Omashu, mas uma entrada secreta para a prisão e para o palácio que Katara e Sokka usam para tentar salvar Aang de Bumi. Ela também não serve mais para preparar um romance entre a dobradora de água e o Avatar, mas para solidificar o laço entre ela e seu irmão.
Aliás, outra mudança em relação a A Lenda de Aang está em por que as toupeiras-texugo ajudam os protagonistas. No desenho, os bichões dobradores podem ser guiados por música, mas, em O Último Mestre do Ar, elas obedecem pessoas que sentem um amor genuíno pelo outro — uma troca que transformou uma adaptação bem-sucedida numa cena exageradamente melosa.
Por fim, vale pontuar que o bando de músicos que acompanhou a Equipe Avatar na Nickelodeon não segue com eles na Netflix. O grupo aparece por poucos minutos no live-action, contando a lenda de Oma e Shu (que aqui é um casal LGBTQIA+), mas se recusando a adentrar os túneis com Sokka e Katara.
O passado militar de Iroh
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Embora A Lenda de Aang tentasse retratar os terrores da guerra, ainda precisava limitar o que seria mostrado às crianças. Ao longo de suas três temporadas, o desenho jamais mostrou mortes em tela; alguns personagens inclusive deixam a trama de forma ambígua, para não chocar os jovens espectadores. Um desses aspectos readequados ao público infantil foi o passado militar de Iroh (Paul Sun-Hyung Lee), um dos generais mais condecorados da Nação do Fogo durante o ápice da Guerra dos 100 Anos. No live-action, a participação do Dragão do Oeste na guerra é narrada com mais detalhes, incluindo o trauma que ele causou nos cidadãos do Reino da Terra.
Estrategicamente ocultado do desenho, o passado sombrio de Iroh é central em determinados momentos da temporada e reforça a ligação entre ele e Zuko e como ela tirou o general de um caminho de ódio e destruição. Ciente de que é imperdoável, o Dragão do Oeste dedica sua vida a guiar o sobrinho e a impedir que ele caia nas tramoias armadas por Ozai para manipular seu destino.
Assim como a inclusão de Azula e Ozai ao longo da primeira temporada, esse mergulho na história de Iroh traz uma compreensão maior e mais ágil sobre Zuko e a Nação do Fogo como um todo.
Mundo espiritual
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O episódio do mundo espiritual em O Último Mestre do Ar é um pouco bagunçado. Na tentativa de matar dois coelhos com uma cajadada só, a equipe de Albert Kim misturou as duas jornadas de Aang para o outro plano na primeira temporada da animação em uma só, unindo a trama de Hei Bai à aparição de Koh, o Ladrão de Faces.
Não bastasse, a visita de Aang ao templo do Avatar Roku (C.S. Lee) e sua captura pelas mãos de Zhao (Ken Leung) também são costuradas à visita ao mundo espiritual, dando a tudo uma impressão de side quest, sacrificando um pouco o peso dessas histórias para encaixá-las no modelo de streaming.
Presente na segunda temporada no desenho, Wan Shi Tong, espírito que assume a forma de uma coruja gigante, também aparece no primeiro ano do live-action. Aqui, ele encontra com o Avatar no mundo espiritual e dá alguns conselhos sobre como sobreviver em seu plano, assumindo um papel menos antagonista do que no desenho.
Outra diferença notável no mundo espiritual do live-action é que os espíritos ficam todos limitados ao seu plano, com apenas alguns cruzando para o mundo físico em ocasiões extremamente específicas. No desenho, alguns espíritos podiam vagar livremente entre um mundo e outro (embora nem sempre visíveis para humanos) e outros até escolheram formas físicas para permanecer eternamente no universo humano.
O exílio de Zuko
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De forma geral, o exílio de Zuko se mantém muito similar ao da animação no novo live-action. Assim como foi em A Lenda de Aang, o príncipe de O Último Mestre do Ar é exilado por insultar um plano militar que visava usar novos recrutas da Nação do Fogo como isca para distrair um exército de elite do Reino da Terra.
Uma das poucas mudanças na trama do live-action é o duelo entre Zuko e Ozai. Ao invés de se recusar a enfrentar seu pai, o príncipe até enfrenta o Senhor do Fogo, mas não consegue dar o golpe final — o que é visto como uma desonra pela corte. Por ter se recusado a eliminar seu adversário, o monarca marca o rosto do filho com fogo.
A segunda grande mudança nesta história vem da origem da tripulação que acompanha Zuko. Enquanto no desenho esses seriam soldados comuns da Nação do Fogo, o live-action revela que a equipe do príncipe é, na verdade, o pelotão que ele tentou salvar na reunião militar que mudou sua vida.
A revelação adiciona uma nova camada ao exílio de Zuko e cria no público uma pequena preocupação com a tripulação, que ao fim da temporada integra a armada da Nação do Fogo que tenta invadir o Polo Norte.
Zhao
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Diferentemente da rivalidade aberta construída pelos dois no desenho, a passagem de Zhao por O Último Mestre do Ar está muito mais envolvida em mentiras e intrigas. Ao invés de cruzar com Zuko em um porto, o eventual almirante age pelas costas do príncipe para localizar o Avatar e capturá-lo para ascender social e militarmente antes de tentar tomar o trono da Nação do Fogo.
Além disso, Zhao também atua como informante de Azula, avisando a princesa de cada passo do irmão, o que eventualmente a leva a deixar o lado de seu pai para caçar Zuko e Aang.
Outra grande mudança no eventual almirante está em sua descoberta sobre a presença dos espíritos do Oceano e da Lua, responsáveis por dar aos dobradores de água sua vida e seus poderes, no mundo humano. Em A Lenda de Aang, Zhao encontra a informação na biblioteca de Wan Shi Tong. Já em O Último Mestre do Ar, ele descobre esse fato ao lado de um sábio da Nação do Fogo, que também o presenteia com uma faca do Avatar Kuruk (Meegwun Fairbrother), da qual falaremos abaixo.
Sua morte também foi alterada em relação à animação. Em vez de ser arrastado por Aang e pelo Espírito do Oceano para mundo espiritual, Zhao é queimado vivo por Iroh depois que o almirante tenta atacar Zuko. Mais violento? Sim. Mais satisfatório? Também.
Papel dos Avatares anteriores
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Um dos conceitos básicos da franquia é que o Avatar atual pode se conectar com os espíritos de suas vidas passadas através de meditação. Na animação, Aang se conectou mais com Roku, seu predecessor imediato, embora tenha tido contato rápido com Kyoshi, Kuruk e Yangchen ao fim da terceira temporada.
No live-action, esse papel é estendido, com Aang incorporando Kyoshi (Yvonne Chapman) para afastar as forças de Zhao da Ilha Kyoshi. Mais para frente na temporada, o jovem Avatar se conecta a Kuruk, que o avisa sobre a aproximação de sua faca, instrumento capaz de matar espíritos no mundo humano, e dos perigos que ela apresenta aos espíritos do Oceano e da Lua.
Outra diferença entre os predecessores de Aang na animação e no live-action está em seus conselhos, no mínimo, hipócritas quando lembramos do restante da franquia. Os três mestres dos elementos anteriores que o garoto conhece em O Último Mestre do Ar afirmam que a vida do Avatar é solitária e afirmam que ele precisa encontrar um jeito de derrotar o Senhor do Fogo sozinho. Mas, no universo das animações, tanto Kyoshi quanto Roku se casaram - a família deste, inclusive, chegou a entrar na realeza da Nação do Fogo através de um casamento.
A escolha cria em torno do Avatar uma imagem estóica e isolada, o que contradiz as histórias contadas nos desenhos, gibis e livros do universo criado por Michael Dante DiMartino e Bryan Konieztko. Inclusive, grande parte dos predecessores de Aang tiveram suas próprias Equipes Avatar, com quem contavam em seu treinamento e em sua busca para manter o equilíbrio das Quatro Nações.
A mudança também causa menor identificação com os Avatares retratados. Sem o bom humor ou carinho que eles mostravam nas animações e seus derivados, Kyoshi e Roku perdem parte de sua natureza humana. Dos três mestres dos elementos trazidos para o live-action, apenas Kuruk manteve sua personalidade intacta na nova adaptação.
Azula
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Preparando o terreno para o papel mais vilanesco da personagem na segunda temporada, O Último Mestre do Ar introduz Azula já em seus primeiros episódios, mostrando o que a princesa estava fazendo durante os eventos do Livro Um. Nessa olhada dentro do palácio, Kim e sua equipe mostraram que a vilã também era psicologicamente abusada por seu pai, que usou Zuko e sua busca pelo Avatar como forma de pressioná-la a se provar.
As “amigas” de Azula, Mai (Thalia Tran) e Ty Lee (Momona Tamada) também estão presentes na primeira temporada do live-action, mas numa posição bem diferente da que ocupam na animação. Ao invés de serem recrutadas (e praticamente forçadas) pela princesa para seguir Zuko, as duas deixam suas vidas para trás como no desenho, mas já aparecem assistindo aos treinos da vilã e torcendo por ela ao longo dos testes que Ozai a submete.
Yue
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Yue (Amber Midthunder) é outra personagem que mudou bastante na adaptação. A princesa da Tribo da Água do Norte é bem mais independente no live-action, conseguindo até negar um noivado arranjado. Assim como o machismo de Sokka, o retrato de donzela em perigo da garota é retirado da história, permitindo que ela faça as próprias escolhas e seja menos influenciada por ordens alheias.
Os personagens que cercam Yue também mudaram bastante. Hahn (Joel Oulette), por exemplo, não é mais o noivo territorialista da princesa, mas seu ex-noivo compreensivo, que inclusive recebe Sokka de braços abertos à sua tribo, num comportamento contrário ao que o personagem tem na animação. Com (um pouco) mais de aprofundamento no live-action, o garoto parece um personagem mais real, fazendo com que seu fim na temporada seja sentido com aperto no coração e não com risadas, como foi em A Lenda de Aang.
A mestra de Katara
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Mesmo no desenho, Katara era uma dobradora habilidosa. Tanto que, ao fim da primeira temporada, ela luta de igual para igual com Mestre Pakku na Tribo da Água do Norte e ainda protege Aang de Zuko quando o Avatar estava no mundo espiritual.
É justamente no confronto com o príncipe exilado que os méritos de Katara em sua própria educação como dobradora são finalmente reconhecidos em tela. Quando pergunta se a garota encontrou um mestre, com as mesmas palavras do desenho, Zuko ouve um belo “sim, você está olhando para ela”, palavras que seriam válidas já em A Lenda de Aang, uma vez que ela teve pouquíssimos treinos entre chegar no Polo Norte e a invasão da Nação do Fogo.
Dobra d'água de Aang
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Se Azula foi uma presença surpresa na primeira temporada, a dobra de água de Aang é serve como uma ausência surpresa. Chamada de “Livro Um: Água”, a primeira temporada da animação segue Aang aprendendo a dominar a água. Com ajuda de Katara e de alguns pergaminhos roubados no caminho, o garoto chega ao Polo Norte já com bastante conhecimento sobre dobra d’água no desenho, já em posição de defender a Tribo da Água da Nação do Fogo.
No live-action, Aang dobra água apenas nos momentos finais do primeiro ano. Ao invés de aprender com Katara, essa habilidade do Avatar só despertou após ele se separar do espírito do Oceano, com quem derrotou a armada do fogo.
A mudança, provavelmente feita para economizar tempo e dinheiro em efeitos especiais, teve um impacto bastante negativo na jornada de Aang. Ao invés de aprender e desenvolver seus poderes com prática, o protagonista praticamente os ganha após uma experiência espiritual que em nada explorou os movimentos de dobra como no desenho.
Mortes
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Assim como o passado de Iroh, mortes eram praticamente ignoradas no desenho, que inclusive fazia piada com a ambiguidade com que a história descartava personagens. No live-action, as mortes são mais explícitas.
Hahn, por exemplo, não some mais de forma cômica após ser golpeado por Zhao em seu navio, mas morre enfrentando dobradores de fogo. Seu corpo, assim como o de alguns jovens dobradores da Tribo da Água, é encontrado depois do confronto, para o horror dos protagonistas.
O cometa de Sozin
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Grande ameaça de Avatar: A Lenda de Aang, o Cometa Sozin exponencia a capacidade dos dobradores de fogo de forma absurda e foi usado originalmente pelo Senhor do Fogo que lhe batiza e seu exército para devastar os Monges do Ar. No meio da primeira temporada da animação, Aang descobre através de Roku que Ozai pretende usar o retorno do corpo celeste para invadir e destruir o Reino da Terra (o cometa chegaria à Terra nos episódios finais do Livro Três).
Em O Último Mestre do Ar, o cometa é citado apenas na cena final da temporada, quando um dos Sábios do Fogo revela a Ozai, através de um calendário mecânico, que o corpo celeste está perto de retornar. Aqui, no entanto, não existe um prazo definido para a volta do meteoro, permitindo que o live-action não precise se preocupar com o envelhecimento de seu jovem elenco principal.