A versão live-action de Cowboy Bebop, que estreia nesta sexta-feira (19) na Netflix, está dividindo a crítica internacional. Embora alguns veículos especializados tenham elogiado a nova produção, outros a estão criticando por ser muito apegada ao anime que a inspirou.
É o caso, por exemplo, da revista The Hollywood Reporter. “O maior pecado da série é que mesmo que ela siga fielmente os caminhos de seu predecessor, ela não captura a mesma magia. O ritmo ágil se tornou pesado, os visuais apurados foram reduzidos a efeitos especiais turvos, o humor divertido foi reduzido a risadas falsas, e o aspecto mais duro do anime foi substituído por sets de má qualidade. É um Cowboy Bebop muito obcecado em ticar caixas para fazer sua própria lista”.
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A Entertainment Weekly, por sua vez, afirmou que “a nova adaptação convida a comparações ao constantemente recriar momentos do anime”. “A nova série não tem muitas tramas originais, além das expansões das histórias pregressas dos personagens. Quase todo episódio é baseado na trama dos episódios originais, com pequenos ajustes”.
A série tampouco agradou à revista Empire. “Desde o começo, Cowboy Bebop parece nãop compreender o estilo e o subtexto de seu antecessor, se apoiando apenas em seus elementos menos interessantes”, afirma texto, que definiu a nova versão como “uma reencenação vazia, que continuamente convida à comparação com o original, em seu próprio detrimento”.
A crítica da Rolling Stone, por outro lado, classificou a nova série como “muito divertida” e elogiou a química e o desempenho dos protagonistas. “John Cho, em particular, é tão descolado sem precisar se esforçar, que é inimaginável o porquê de Hollywood não tê-lo testado mais vezes em papéis de protagonista”.
O site IGN também prestou seus elogios aos protagonistas. “Um trio espetacular e uma devoção ao espírito do anime original fazem com que valha a pena acompanhar essa jornada”.
Já o Total Film foi ainda mais além: “Cowboy Bebop é bom, muito bom. Há coisas que precisam ser afinadas -- Vicious, as cenas de luta, e tramas menos apressadas -- mas isto é algo raro: um remix que acerta todas as notas”.