Na última segunda-feira (23), a Academia Brasileira de Letras (ABL) adicionou a palavra dorama ao dicionário da língua portuguesa, mas a atitude não foi bem recebia pelos fãs. A definição do termo incomodou a comunidade e fez a Associação Brasileira de Coreanos publicar uma nota na qual chama a ação de “orientalismo”.
Segundo a ABL, dorama é uma “obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia, de gêneros e temas diversos, em geral, com elenco local e no idioma do país de origem”.
Segundo a Associação Brasileira de Coreanos, “é preconceituosa a decisão de generalizar as produções do leste-asiático”. A nota segue dizendo que “não é certo generalizar expressões culturais. Cada produção tem suas características, peculiaridades e um público específico. Generalizar é confundir as peculiaridades. É como falar que toda comida nordestina é comida baiana”.
A academia explica em seu site que “doramas foram criados no Japão na década de 1950 e se expandiram para outros países asiáticos, adquirindo características e marcas culturais próprias de cada território”.
Porém, para Augusto Kwon, presidente da Associação Brasileira dos Coreanos, “em nenhum outro país do mundo as séries asiáticas são generalizadas. Aliás, não existem para as séries da Europa, por exemplo, o termo 'Eurodramas'”.
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