Continuar uma franquia tão adorada é sempre um desafio, sobretudo no caso de produções como A Lenda do Tesouro Perdido que, em teoria, estavam encerradas há mais de uma década. Afinal, ao mesmo tempo que é preciso se adaptar a um novo contexto social para fugir de anacronismos e garantir um mínimo de relevância para no novo título, a memória dos fãs é uma commodity delicada. Ou seja, não dá nem para se repetir exageradamente, nem abrir mão do que fez a franquia um sucesso um dia.
Os roteiristas Marianne e Cormac Wibberley sabiam disso quando se propuseram a resgatar as aventuras cheias de enigmas e História agora para o Disney+. Por isso, à sua maneira, encontraram o equilíbrio entre conservar e inovar nessa nova empreitada.
“Queríamos manter o entretenimento educacional”, disse a criadora da série ao Omelete na San Diego Comic-Con, em julho. “Depois do lançamento do primeiro filme, todo mundo visitou os Arquivos Nacionais, eles montaram uma nova exposição e mostraram o filme para as pessoas. Queríamos trazer isso de novo”. Porém, segundo Marianne, com um pequeno twist: “queríamos trazer figuras históricas conhecidas das pessoas, mas agora focando nas mulheres”.
“Temos alguns homens também [risos]”, garantiu. “Mas é por isso que temos uma antagonista com Catherine [Zeta-Jones]. Ed Harris e Sean Bean foram ótimos, mas queríamos uma mulher que pudesse se encaixar nesse panteão de vilões. Ficamos muito felizes de impressionar Catherine”.
Dito isso, A Lenda do Tesouro Perdido segue igual, contando inclusive com os retornos dos atores Justin Bartha e Harvey Keitel. “Temos enigmas, a personagem de Lisette [Alexis, atriz que vive a protagonista Jess] é uma nerd nesses puzzles, o roubo justificado…”, continuou Marianne. Mas, tão importante quanto, a pergunta para os vilões da franquia permanece, segundo Cormac: “como encontrar o tesouro os completa?”.
Com dois episódios já disponíveis, A Lenda do Tesouro: No Limiar da História é exibida às quartas, no Disney+.
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