Percy Jackson e os Olimpianos (Disney/Divulgação)

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Conexão entre o trio finalmente se estabelece no 4º episódio de Percy Jackson

Primeira parte da saga dos Olimpianos caminha para seu clímax com protagonistas mais entrosados

03.01.2024, às 17H56.
Atualizada em 03.01.2024, ÀS 18H08

Após conhecermos os heróis que nos acompanhariam nessa jornada, chegou o momento de vermos os protagonistas crescerem. No quarto episódio da série Percy Jackson e os Olimpianos, vemos o trio formado pelo personagem-título (Walker Scobell), Annabeth (Leah Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri) a caminho do submundo. Após deceparem Medusa e enviarem a cabeça do monstro para o Monte Olimpo “via Sedex”, os aventureiros seguiram em sua missão. No novo capítulo, eles já estão em um trem e conversam durante toda a noite até caírem no sono. Na manhã seguinte, reaparecem em outro vagão tomando café, quando são surpreendidos por um policial. Ele os acompanha até a cabine em que passaram a noite e mostra que o local foi completamente depredado. Marcas de garras e cacos de vidro espalhados alertam o trio para o ataque de um novo monstro.

O grupo então é levado para outro vagão, onde se encontra com uma misteriosa mulher que carrega uma daquelas caixas para bichos de pequeno porte e se apresenta como uma mãe (de pet) perfeita. Após uma breve conversa, a mulher revela ser Equidna, a mãe dos monstros, e diz que matará o trio. Eles correm pelos corredores até que o trem para subitamente, permitindo que eles fujam em direção a um templo da deusa Athena usado como museu. Chegando ao local, que deveria ser seguro contra monstros, o grupo se separa, e Percy descobre que o bicho na caixa de Equidna era, na verdade, uma gigantesca quimera. O semideus é derrotado pelo monstro e obrigado e se jogar do topo de um monumento em direção a um lago sujo, o que mudará a percepção dele sobre os próprios dons.

Todas as cenas do episódio, desde a conversa noturna até a despedida dos personagens no templo, levam o trio a um momento de máxima conexão. Antes meros companheiros de jornada, agora eles também podem se considerar amigos dispostos a se sacrificarem uns pelos outros. Essa conexão demorou para ser efetiva, se considerarmos outras obras da cultura pop, em que amizades se formam em um ou dois atos. Aqui, a magia levou mais de três episódios para acontecer — e isso é ótimo.

Com um tempo saudável de maturação para os personagens, Percy amadurece e aprende cada vez mais sobre o universo dos deuses do Olimpo, ao mesmo tempo que a trama se expande a cada nova descoberta. Isso fica evidente no episódio, que prepara a série para o início deu seu clímax. A luta entre Percy e a Quimera e as importantes decisões que ele toma sob pressão mostram como o protagonista cresceu na primeira metade da temporada.

Do outro lado, temos Grover e Annabeth se abrindo mais com o amigo e com o público. A filha de Athena falou de sua relação com o pai mortal e a mãe divina, mostrou alguns pontos fracos e também suas aspirações para o futuro. Grover também revelou sua preocupação com o meio-ambiente e a fauna terrestre e explicou a Percy o porquê dos sátiros saírem em busca do deus Pam, protetor das florestas que sumiu há dois milênios. São pequenas conversas que, em pouco tempo de tela, mostram a profundeza das mentes dos personagens e nos fazem entender o motivo de eles estarem ali salvando o mundo mesmo tão jovens.

Adaptando fielmente à obra original — com espaço para alguns mea-culpa de Rick Riordan, a série faz desvios precisos, que cortam caminho para entregar em meia-hora capítulos que levam bem mais tempo para serem lidos. Agora com protagonistas mais profundos e entrosados, a produção segue em direção a um novo e promissor futuro nas telinhas de todo o mundo. A série ganhará novos episódios todas as terças-feiras de janeiro, às 23h, no Disney+.