Equipe de The Last of Us fala sobre novo tipo de zumbi: “não é magia, é ciência”

The Last of Us, a série que adapta o jogo da PlayStation e é um dos grandes hypes de 2023, estreia neste domingo (15). Em entrevista a Guilherme Dias, do The Enemy, tivemos a oportunidade de falar com os produtores executivos da série Craig Mazin e Neil Druckmann (e também diretor do jogo), além dos atores Pedro Pascal, Bella Ramsey, Gabriel Luna e Merle Dandridge. Confira a conversa completa com o elenco acima:

A história é situada 20 anos após a quase extinção da humanidade devido a infecção de fungos Cordyceps, onde quem se infecta se torna uma espécie de zumbi. Craig confessa que não é fã de histórias de apocalipse e acha que é por esse fator que buscou um novo olhar ao gênero, o que foi um desafio. "Sempre que sentíamos que estávamos desviando demais para as narrativas comuns de zumbi, era um desafio para nós sermos únicos e trazer algo nosso que os outros não tinham"

Para trazer essa singularidade para The Last of Us, o produtor executivo e showrunner decidiu se aprofundar sobre o fungo e de que maneira ele infecta suas vítimas. “Um dos pontos que eu e o Neil [Druckmann] demos grande ênfase foi tentar ressaltar que as pessoas infectadas são pessoas que estão doentes, que pegaram essa doença, e trazemos esse contexto desde o começo - eles não estão mortos, não é magia, é ciência.”

Também responsável pelo premiado Chernobyl, Mazin diz que produzir o drama o influenciou a trazer uma carga mais real para a adaptação. “Parece um pouco com Chernobyl nessa parte de existir uma ciência mais complicada que temos de nos virar e explicar. Queríamos que as pessoas realmente sentissem pena de quem estivesse infectado.”

Pedro Pascal é quem dá vida a Joel, um sobrevivente que precisa levar a adolescente Ellie (Ramsey) para fora da área de quarentena e acaba criando um vínculo afetivo com ela. Essa não seria a primeira vez que Pascal faz um papel assim: Din Djarin, de O Mandaloriano, também compartilha a mesma narrativa de levar uma carga viva e acaba criando um elo paternal - no caso o pequeno Grogu (ou Baby Yoda).

Em entrevista, o ator contou sobre interpretar pais sobreviventes em universos hostis - seja em um apocalipse ou em galáxias em conflitos. Sobre protagonizar tais produções, o ator começou ironizando, com um conselho: "Não faça, só causa problemas [risos].” É uma experiência de descoberta e não apenas para descobrir do que você é capaz, mas de quem você é. Seu filho vai ser um reflexo dessa sua capacidade."

O game foi lançado em 2013 e Neil Druckmann, vice-presidente da desenvolvedora Naughty Dog e produtor executivo da série, acompanhou o processo de ambas as histórias desde o começo. Ele conta que se sente grato por poder acompanhar tudo isso.

“Eu amo o fato de que isso que fizemos na Naughty Dog, algo que demos muito trabalho com tanto amor por esses personagens e esse mundo, e depois ter todos esses artistas se inspirando nisso e querendo adaptar a história para outro meio. Ao ver isso ganhando vida e ser autêntico com o que criamos, e ainda assim diferente e original do seu jeito, é muito gratificante."

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The Last of Us estreia neste domingo (15) nos canais HBO e no streaming HBO Max a partir das 23h pelo horário de Brasília.