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The Acolyte faz revelação que conecta os Sith, Kylo Ren e até Ahsoka

Vilão vivido por Quimir se afasta dos clássicos inimigos dos Jedi e aponta para nova expansão no universo

26.06.2024, às 14H06.
Atualizada em 27.06.2024, ÀS 08H49

O quinto episódio de The Acolyte trouxe, em parte, as reviravoltas esperadas por muitos dos fãs de Star Wars. Após um início tortuoso e com problemas de desenvolvimento (ainda que com boas ideias de mitologia), o seriado trouxe a revelação do vilão principal com uma avalanche de especulações e mais perguntas. Afinal, o personagem Qimir (Manny Jacinto) é um Sith ou não? Alguns sinais apontam para isso, mas a maioria das dicas dadas pelo roteiro indicam que, na verdade, ele está conectado a Kylo Ren (Adam Driver) ao invés de Darth Sidious ou outro famoso representante do Lado Sombrio.

Existem alguns pontos que sinalizam a teoria de que ele é, de alguma forma, um Cavaleiro de Ren - ordem liderada por Kylo em Star Wars: Episódio 7 - O Despertar da Força. Seres que controlam a Força, mas não seguem as regras dos Sith, eles se vestem com panos rústicos, usam armas mais brutas e não assumem a obsessão da conquista galáctica como os colegas de Palpatine (Ian McDiarmid). Nestes indícios, Qimir se encaixa perfeitamente. As vestimentas do vilão são rudimentares e lembram mais a brutalidade dos Ren do que a pompa dos Sith. O mesmo serve para o capacete, forjado Cortosis, um metal que danifica o sabre de luz, como mostrado no episódio, e apresentado em Star Wars Legends - e se forçarmos um pouco, o sabre modular e nada convencional, também lembra o de Kylo.

Outros pontos importantes a se notar nesta teoria são os diálogos que Manny Jacinto protagoniza. Por mais que diga que está à procura de um aprendiz, ele não é afeito a regras e deixa claro que vive para quebrá-las. A primeira fala dele para Sol, porém, talvez seja a mais forte. "Eu não tenho nome. Mas os Jedi como você podem me chamar de Sith". Se formos explorar os quadrinhos recentes, especialmente "A Ascensão de Kylo Ren", vemos a frase "Eu não tenho nome" em alguns momentos, quando o Líder dos Cavaleiros é apresentado. Pode-se somar aí também o fato de que objetivamente ele não se intitula Sith, e sim diz que os Jedi, que não devem ter conhecimento dos Cavaleiros de Ren, os conhecem como Sith - a única força oposta a eles.

Por fim, se é que precisava de mais sinais, tanto no início do episódio quanto na cena final de Quimir, o tema de Kylo Ren é tocado - não é por acaso. E se de fato essas conexões com a última trilogia acontecerem, não será a primeira vez que as séries tentam ressignificá-la. Isso foi visto com os clones de Snoke (Andy Serkis) em Andor e até Luke (Mark Hamill) em The Mandalorian. Isso não acontece de forma aleatória, pois Dave Filoni, agora diretor criativo da Lucasfilm, aos poucos costura este novo mundo de Star Wars. E ainda que tenha tropeços na execução, como no início de The Acolyte, a franquia de fato está se distanciando dos temas comuns e explorando novos cantos do universo e da Força. Finalmente.