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Entrevista

The Bad Batch trará novo olhar para Star Wars, afirma equipe da animação

Nova série é protagonizada por equipe apresentada na temporada final de Clone Wars

04.05.2021, às 09H32.
Atualizada em 06.05.2021, ÀS 14H26

Eles são uma equipe, mas não são como os outros clones, que seguem uma estrutura de comando vertical. É muito interessante colocá-los neste momento de transformação e ver como as coisas se desenrolam”. É assim que o dublador Dee Bradley Baker define os protagonistas de The Bad Batch, nova animação de Star Wars derivada de The Clone Wars. A série, que conta com o retorno do ator no papel dos cinco clones “defeituosos”, tem a infame Ordem 66 como ponto de partida e se passa no início da transição da Velha República para o Império Galáctico, período pouco explorado dentro do cânone do universo criado por George Lucas.

“[Depois da Guerra dos Clones] a pergunta se tornou ‘o que acontece quando a guerra acaba? O que acontece com os clones que só conhecem a vida de soldados?’”, questiona Jennifer Corbett, roteirista da animação. Para ela, a mudança de regime na galáxia é especialmente problemática para Hunter, Tech, Wrecker, Crosshair e Echo, clones cujas mutações genéticas os tornam prodígios em diferentes áreas essenciais para o combate armado, já que o grupo tem a tendência de ignorar ordens. O produtor Brad Rau vai além, lembrando que, sem a guerra, os soldados não têm garantias de moradia e alimento. “Como eles arrumam seus equipamentos ou abastecem sua nave? Uma semana atrás eles não precisavam lidar com isso e nós exploramos essa ideia. É interessante”.

Enquanto as animações de Star Wars têm o costume de variar seus estilos, cada uma com traços e tons únicos, The Bad Batch, obviamente, usa um modelo muito semelhante ao criado por sua predecessora, Clone Wars. Segundo Rau, a equipe da nova produção quis honrar o legado deixado pela série criada por Dave Filoni. “Desenhamos a série como um legado de Clone Wars, mas um pouco mais detalhada e mais focada”.

Diferentemente da anterior, que era povoada por alguns dos personagens mais populares da franquia Star Wars, The Bad Batch foca em uma única equipe de soldados que atuaram a vida toda nas Guerras Clônicas e na relação entre eles. Veterana do exército norte-americano, Corbett usou sua experiência convivendo com seu próprio batalhão para desenvolver a ligação fraternal entre os protagonistas. “Eu quero mostrar que essa, mesmo sendo formada por soldados de elite, também é uma família. Eles não precisam concordar sobre tudo o tempo todo”, afirmou a roteirista e produtora, reiterando que essa “dinâmica familiar” é real dentro do exército.

Segundo Baker, as diferenças entre os membros do quinteto ajudaram a tornar o trabalho mais divertido. Acostumado a dar vozes relativamente parecidas para personagens como Rex, Cody e Fives, o ator pôde ser mais inventivo na hora de dar personalidade aos novos soldados. “É um passo além do que eu fazia em Clone Wars”, revelou o ator, que disse também que as diferenças entre Hunter, Tech, Wrecker, Echo e Crosshair tornou seu trabalho surpreendentemente mais fácil. “É como pular de uma pedra para outra num rio: eu vejo a próxima pedra”.

É impressionante assistir [Baker] no estúdio, porque quando começamos, achei que ele gravaria um personagem de cada vez”, contou Corbett. “Mas não tem pausa [entre os personagens], ele vai direto! Fiquei impressionada”, lembra a roteirista.

Mesmo que tenha apenas começado sua jornada no Disney+, The Bad Batch já tem toda a sua trama traçada pelos líderes criativos da série. E, embora não tenha entrado em detalhes, Rau garantiu que “existe um plano” para a animação.

O primeiro episódio de Star Wars: The Bad Batch foi disponibilizado nesta terça-feira (4) no Disney+ e os novos capítulos chegarão semanalmente às sextas a partir do dia 7 de maio.

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