“Eles são uma equipe, mas não são como os outros clones, que seguem uma estrutura de comando vertical. É muito interessante colocá-los neste momento de transformação e ver como as coisas se desenrolam”. É assim que o dublador Dee Bradley Baker define os protagonistas de The Bad Batch, nova animação de Star Wars derivada de The Clone Wars. A série, que conta com o retorno do ator no papel dos cinco clones “defeituosos”, tem a infame Ordem 66 como ponto de partida e se passa no início da transição da Velha República para o Império Galáctico, período pouco explorado dentro do cânone do universo criado por George Lucas.
“[Depois da Guerra dos Clones] a pergunta se tornou ‘o que acontece quando a guerra acaba? O que acontece com os clones que só conhecem a vida de soldados?’”, questiona Jennifer Corbett, roteirista da animação. Para ela, a mudança de regime na galáxia é especialmente problemática para Hunter, Tech, Wrecker, Crosshair e Echo, clones cujas mutações genéticas os tornam prodígios em diferentes áreas essenciais para o combate armado, já que o grupo tem a tendência de ignorar ordens. O produtor Brad Rau vai além, lembrando que, sem a guerra, os soldados não têm garantias de moradia e alimento. “Como eles arrumam seus equipamentos ou abastecem sua nave? Uma semana atrás eles não precisavam lidar com isso e nós exploramos essa ideia. É interessante”.
Enquanto as animações de Star Wars têm o costume de variar seus estilos, cada uma com traços e tons únicos, The Bad Batch, obviamente, usa um modelo muito semelhante ao criado por sua predecessora, Clone Wars. Segundo Rau, a equipe da nova produção quis honrar o legado deixado pela série criada por Dave Filoni. “Desenhamos a série como um legado de Clone Wars, mas um pouco mais detalhada e mais focada”.
Diferentemente da anterior, que era povoada por alguns dos personagens mais populares da franquia Star Wars, The Bad Batch foca em uma única equipe de soldados que atuaram a vida toda nas Guerras Clônicas e na relação entre eles. Veterana do exército norte-americano, Corbett usou sua experiência convivendo com seu próprio batalhão para desenvolver a ligação fraternal entre os protagonistas. “Eu quero mostrar que essa, mesmo sendo formada por soldados de elite, também é uma família. Eles não precisam concordar sobre tudo o tempo todo”, afirmou a roteirista e produtora, reiterando que essa “dinâmica familiar” é real dentro do exército.
Segundo Baker, as diferenças entre os membros do quinteto ajudaram a tornar o trabalho mais divertido. Acostumado a dar vozes relativamente parecidas para personagens como Rex, Cody e Fives, o ator pôde ser mais inventivo na hora de dar personalidade aos novos soldados. “É um passo além do que eu fazia em Clone Wars”, revelou o ator, que disse também que as diferenças entre Hunter, Tech, Wrecker, Echo e Crosshair tornou seu trabalho surpreendentemente mais fácil. “É como pular de uma pedra para outra num rio: eu vejo a próxima pedra”.
“É impressionante assistir [Baker] no estúdio, porque quando começamos, achei que ele gravaria um personagem de cada vez”, contou Corbett. “Mas não tem pausa [entre os personagens], ele vai direto! Fiquei impressionada”, lembra a roteirista.
Mesmo que tenha apenas começado sua jornada no Disney+, The Bad Batch já tem toda a sua trama traçada pelos líderes criativos da série. E, embora não tenha entrado em detalhes, Rau garantiu que “existe um plano” para a animação.
O primeiro episódio de Star Wars: The Bad Batch foi disponibilizado nesta terça-feira (4) no Disney+ e os novos capítulos chegarão semanalmente às sextas a partir do dia 7 de maio.
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