Na semana passada, a Warner Bros. deu mais um passo na briga jurídica que trava contra a filha de Jerry Siegel, um dos criadores do Superman, pelos direitos sobre o personagem. O estúdio decidiu apelar de todas as decisões tomadas em tribunal, quanto ao caso, na última década, e fazer a herdeira honrar um acordo que sua família aceitou em 1999.
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O processo atual começou com a ação de Joanne Siegel, esposa de Jerry, e a filha Laura Siegel Larson em 1997. Com mudanças na lei de direitos autorais, elas poderiam reaver direitos sobre Superman que foram negados ao criador desde a década de 30. Segundo a Warner, as partes fizeram um acordo em 1999: as Siegels ganhariam milhões de dólares em divisão de lucros sobre o homem de aço.
Na apelação da semana passada, a Warner diz que o advogado Marc Toberoff, que passou a representar as Siegels em 2001, fez elas desistirem do acordo e prosseguir com a briga nos tribunais. Para elas foi uma boa decisão: em 2008, conseguiram reaver os conceitos básicos relacionados ao personagem. A Warner diz que Toberoff está advogando em causa própria - e que vai ficar com uma boa fatia do que a agora única herdeira (Joanne Siegel faleceu em 2011) conseguir.
A estratégia atual da Warner, exposta na apelação, é que o caso vá a júri popular. Toberoff deve fazer sua própria apelação e a disputa vai continuar se arrastando.
Analistas do mercado como o Deadline dizem que a briga nos tribunais não vai afetar Superman: o Homem de Aço, o filme de Zack Snyder previsto para estrear em 2013. Mas é em 2013 também que os herdeiros de Joe Shuster, o outro criador do Super, devem entrar com ação para reaver suas parte nos direitos.
Em paralelo, o site ComicConnect deu início ao leilão do objeto que é motivo de toda esta discórdia: o cheque com que a Detective Comics pagou Siegel e Shusters, em 1938, pela criação e os direitos sobre Superman. No valor de US$ 412, o pedaço de papel já recebeu ofertas de compra de mais de US$ 30 mil. O leilão vai até 16 de abril.
[Atualizado, 17/4] De acordo com o Bleeding Cool, o cheque foi vendido esta semana por US$ 160 mil (R$ 295 mil). O comprador não foi identificado. [Atualizado]