Converse com Rhys Frake-Waterfield por um minuto que seja e você vai perceber que está falando com um fã dedicado dos filmes de terror. Outra coisa que fica óbvia é que Ursinho Pooh: Sangue e Mel, longa que transforma o famoso personagem infantil em um assassino slasher na tradição de Sexta-Feira 13, não passou nem perto de saciar a sede de sangue do diretor e roteirista.
A frase “não tivemos orçamento para isso” é recorrente na fala de Frake-Waterfield, e as promessas para a já anunciada sequência de Sangue e Mel são grandiosas: “Eu vou confessar uma coisa: tentei muito fazer com que Pooh usasse uma motosserra nesse filme, mas acabou não rolando. Eu prometo que farei isso acontecer na continuação! Seria uma imagem tão incrível, o Ursinho Pooh segurando uma motosserra.”
- Diretor de Ursinho Pooh elogia Terrifier e comemora “revival dos slashers”
- “Toda história infantil tem algo de sinistro”, diz diretor de Sangue e Mel
- [Crítica] O que achamos de Ursinho Pooh: Sangue e Mel
“Eu tenho certeza que, mesmo de forma inconsciente, 'emprestei' coisas de muitos e muitos filmes de terror que eu amo”, comenta ainda. Além do próprio O Massacre da Serra Elétrica, ele cita Os Estranhos (“um dos filmes de terror mais assustadores e eficientes que já vi”), Pânico na Floresta (“algumas pessoas não gostam das continuações, mas eu sou obcecado por todos os filmes”) e Halloween (“tanto o original quanto os remakes de Rob Zombie, dos quais gosto muito”) como grandes influências.
“Os vilões desse tipo de filme frequentemente são grandes e lentos, assustadores por sua imponência, e foi isso que eu tentei fazer com o meu Pooh”, aponta Frake-Waterfield. “Ele é Jason [de Sexta-Feira 13] e Michael Myers [de Halloween], não Chucky [de Brinquedo Assassino] e Freddy Krueger [de A Hora do Pesadelo]. Ele não é um monstro carismático.”
Ursinho Pooh: Sangue e Mel já está em cartaz nos cinemas brasileiros.