“Eu acho que é um ótimo momento para ser um cineasta de horror independente”. As palavras são de Rhys Frake-Waterfield, diretor e roteirista de Ursinho Pooh: Sangue e Mel. O cineasta britânico sentiu na pele a receptividade do mercado quando, graças a uma campanha promocional esperta, o seu longa de US$ 100 mil se tornou um fenômeno da internet e das bilheterias. Já são US$ 5 milhões de faturamento ao redor do mundo - isso com dezenas de territórios, incluindo o Brasil, ainda esperando para entrar nessa conta.
“Definitivamente, nos últimos anos, se abriu um mercado de nicho para esse tipo de filme, que eu vou chamar de ‘gore divertido’”, comenta Frake-Waterfield em entrevista ao Omelete. “Muita gente ama esse tipo de produção, e antes era meio difícil encontrar isso nos cinemas. Quando você ia ver um filme de terror, eles eram muito similares entre si, principalmente no fato que não iam muito longe no sangue e na violência.”
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O diretor, inclusive, se derrete em elogios por outro exemplar do terror independente que caiu nas graças do público: Terrifier. “Eu amei Terrifier 2, de verdade, e estou muito animado para ver o terceiro. Esse filme veio para preencher um mercado que não estava sendo atendido, e eu espero que Ursinho Pooh: Sangue e Mel aja de forma similar”, torce ele.
No fim das contas, Frake-Waterfield deseja o mesmo que todo fã de terror: uma abundância de opções: “Honestamente, é isso que eu espero que aconteça: uma ressurreição completa do slasher, depois de tanto tempo que o cinema de horror passou mergulhado nas histórias sobrenaturais.”
Ursinho Pooh: Sangue e Mel já está em cartaz nos cinemas brasileiros.