[AVISO: Este texto contém spoilers do 5º episódio de The Last of Us e do jogo The Last of Us Parte II]
O último episódio de The Last of Us se mostrou impactante com a jornada de Joel, Ellie, Henry e Sam sendo perseguidos pela Kathleen de Melanie Lynskey e seu grupo revolucionário. Mas mais do que criar laços e relacionamentos com as pessoas que cruzam o caminho dos protagonistas, a série tem introduzido gradualmente uma temática que será central da franquia. Com uma segunda temporada confirmada e cientes que o primeiro arco irá cobrir os acontecimentos do primeiro jogo e da DLC Left Behind, podemos imaginar que a adaptação da HBO irá trazer elementos do segundo jogo da Naughty Dog -- e isso tem mais a ver com Kathleen do que parece à primeira vista.
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A BALADA VINGATIVA DE KATHLEEN
HBO Max/Divulgação
Como narrado por Henry no capítulo, a FEDRA de Kansas é uma das mais violentas zonas de quarentena. Foi necessário que a população se unisse para criar um grupo revolucionário para tomar o poder; entretanto, o uso de métodos tão ou mais sanguinários que dos militares faz com que eles não se diferenciassem tanto deles, no fim. Mesmo a conquista da cidade não foi o suficiente para trazer um sentimento de plenitude para Kathleen, que estava centrada em capturar Henry, que por sua vez havia entregue Michael, irmão de Kathleen e ex-líder dos rebeldes, para os militares.
É inegável que Melanie entregou uma atuação promissora de Kathleen, uma mulher de alto cargo com semblante gentil e voz delicada, mas disposta a cometer atrocidades em prol de sua vingança. De luto, Kathleen decide não superar e usar a revolta como combustível, trazendo sérias consequências ao deixar de governar a cidade. Percebendo o perigo iminente que estava surgindo abaixo da superfície, ela preferiu ignorá-lo para que o grupo focasse nas buscas por Henry, gerando a cena aterrorizante entre humanos e a horda de infectados.
A personagem de Kathleen não existe no jogo, tendo sido criada para dar maior ligação entre a jornada de Henry e Sam e a dos nossos protagonistas - como explicado, o encontro dos irmãos com Joel e Ellie se dá de maneira mais imprevisível no jogo. Mas, a aparição da líder do grupo pode refletir mais sobre o futuro da série do que imaginamos.
O QUE PODE ESTAR POR VIR
HBO Max/Reprodução
A jornada de Kathleen é sobre vingança e o que se colhe ao escolher esse caminho, uma temática a que os jogadores da franquia foram apresentados em The Last of Us Parte II, de 2020.
No segundo jogo, se passaram cinco anos e Ellie e Joel vivem em uma comunidade livre de infectados, o que permitiu que eles se desenvolvessem quase como era a humanidade antes da epidemia. Entretanto, uma personagem entra na vida dos dois para um acerto de contas que ficou pendente do passado. A partir desse momento, Ellie entrará num ciclo de revanche e suas escolhas vão afetar os demais ao seu redor.
Apesar de estarmos na metade do caminho, o showrunner Craig Mazin nos antecipou que a primeira temporada é centrada no primeiro jogo e no conteúdo extra Left Behind, história que tem Ellie como protagonista.
Com essas informações, podemos prever que o segundo ano da série irá retratar com fidedignidade a Parte II do game. Para o IGN, Mazin afirmou que é provável que a narrativa do próximo ano seja dividida em mais de uma temporada. "É um quebra-cabeça grande para montar. É uma história muito maior e mais complicada. É uma história linda. Vale mais do que uma temporada na televisão, isso com certeza"; disse.
Com o sucesso avassalador que The Last of Us tem trazido para a HBO, não será uma surpresa a confirmação de uma terceira temporada num futuro não tão distante.
Os novos episódios de The Last of Us estreiam todo domingo nos canais da HBO e HBO Max.