No elenco de Lar das Crianças Peculiares, novo filme de fantasia de Tim Burton, o único ator negro é Samuel L. Jackson, que faz o vilão Barron. Com base nisso, o cineasta, recentemente, foi questionado sobre a falta de diversidade no longa. Burton respondeu dizendo:
"Hoje em dia as pessoas estão falando mais sobre isso," ele afirmou. "[Mas] as coisas pedem certas coisas, ou não. Eu lembro quando era uma criança vendo A Família Sol-La-Sí-Dó e eles começaram a ficar politicamente corretos. Tipo, ok, vamos ter uma criança asiática e uma negra. Eu ficava mais ofendido por isso do que... eu cresci vendo filmes sobre a cultura negra, certo? E eu dizia 'isso é ótimo'. Eu não ficava 'ok, deviam ter mais pessoas brancas nesses filmes."
Samuel J. Jackson também deu seus dois centavos sobre o assunto, e não se mostrou preocupado. "Eu tive que entrar na minha mente e pensar, quantos personagens negros existem em filmes do Tim Burton?" afirmou o ator. "E eu posso ter sido o priemiro, eu não sei, ou o mais prominente nessa forma particular, mas acontece do jeito que acontece. Não acho que seja culpa dele ou do seu método narrativo, é só como as coisas se desenrolaram. Tim é um ótimo cara."
O que Burton se refere quando fala sobre o que o filme pede e não pede, é que 90% do elenco do filme interpreta personagens que ficaram órfãos na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Em outras palavras, é um território e uma época majoritariamente branca.
O filme adapta o livro homônimo de Ransom Riggs, contando a história de um garoto (Asa Butterfield) que fica preso em uma ilha habitada por crianças com poderes sobrenaturais e algumas criaturas macabras. A Srta. Peregrine (Eva Green) é quem cuida dos meninos e meninas e os protege dos ataques desses monstros.