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Venom | 11 coisas improváveis da adaptação das HQs ao cinema

San Francisco subterrânea? Portal para as estrelas? Carnificina gigante?

15.01.2018, às 17H58.
Atualizada em 09.01.2019, ÀS 17H19

Na semana passada, a Sony Pictures divulgou online o vídeo do painel ao vivo de Venom na CCXP 2017 em que o diretor do filme, Ruben Fleischer, revelou que a trama se baseia em duas minisséries, Protetor Letal e Planeta dos Simbiontes. Fleischer não especificou o que aproveitará de cada HQ, mas deve manter as respectivas premissas: em Protetor Letal, o simbionte de Eddie Brock é preso em laboratório e usado para gerar mais Venoms; em Planeta dos Simbiontes, um sinal mandado ao espaço provoca uma invasão de simbiontes na Terra.

As duas HQs são produtos típicos da primeira metade dos anos 1990, não apenas por referenciar personagens do período, como o Aranha Escarlate, mas principalmente por abusar da ação anabolizada e absurda que acompanhava os desenhos das HQs americanas noventistas. Muito disso deve ficar de fora do filme. Na galeria abaixo, listamos as 11 coisas mais improváveis de aparecer na adaptação estrelada por Tom Hardy.

Referência ao Homem-Aranha

Protetor Letal começa com uma trégia entre Venom e Homem-Aranha, porque Peter Parker ajudou a salvar a vida da ex-mulher de Eddie Brock, Anne Weying, numa história anterior. Embora Anne esteja no filme, as referências ao Aranha devem ser minimizadas - já que o filme de Venom está sendo produzido sem a participação do Marvel Studios, que hoje trata o super-herói como parte integrante do seu universo de filmes.

San Francisco subterrânea

Um dos cenários de Protetor Letal é uma San Francisco antiga, que preservou-se no subterrâneo depois do grande terremoto de 1906. Esse local guardaria uma reserva de ouro de um grupo anarquista (?) e um especulador imobiliário usa na HQ armaduras de escavação para afugentar o povo de sem-tetos que moram nessa cidade antiga. Parece coisa bizarra demais para entrar no filme...

o Júri

Uma das subtramas de Protetor Letal, que começa quando Eddie Brock deixa Nova York e retorna para a sua San Francisco natal, é um acerto de contas com o passado: o general Orwell Taylor quer se vingar porque Venom matou seu filho e então monta um esquadrão para caçá-lo, chamado Júri. O visual do esquadrão é bem anos 90, exagerado nas armas e nos estilos, e é improvável que isso esteja no filme - mesmo porque a vingança de Orwell não tem muito a ver com o resto da trama.

As crias

O personagem responsável pelo roubo das "sementes" do simbionte de Venom, o Dr. Carlton Drake, está no filme e é vivido pelo ator Riz Ahmed. Portanto, é quase certo que veremos o simbionte sendo dividido para gerar novas criaturas, mas é improvável que elas tenham o mesmo visual colorido de superequipe de vilões como na HQ Protetor Letal. Parece mais seguro apostar em um exército de simbiontes disformes ou em versões mais vilanescas mas similares ao Venom original.

Clone

Na época em que Planeta dos Simbiontes foi publicado, o Aranha Escarlate estava atuante nos quadrinhos e Tia May havia morrido. A menção a May morta obviamente não estará no filme, e seria uma grande surpresa se o filme de Venom fizesse qualquer menção a Ben Reilly, o clone de Peter Parker que assumiu a identidade do Aranha Escarlate com a infame Saga do Clone.

Tecnologia de scifi B

Planeta dos Simbiontes envolve vários elementos de ficção científica B, como veículos controlados pela mente, portais interdimensionais à la Stargate, e muita tecnologia criada por Reed Richards - tudo isso não parece ter lugar no longa com Tom Hardy, ou pelo menos não com o visual cartunesco que marca as páginas da minissérie.

Duplo dramático

Em Planeta dos Simbiontes, Eddie Brock está passando por uma crise existencial, porque não sabe quem de verdade está no controle da consciência de sua simbiose com o alienígena. Dois momentos da HQ são improváveis no filme: quando Brock grita para o simbionte deixá-lo e o Venom faz uma cara dramática ao se separar, e quando o simbionte, em seguida, dá um grito surdo que serve de sinal para a invasão alienígena dos outros simbiontes. Seria muita galhofa se isso fosse aproveitado nas telas.

Leite e abdominais

Ah, os anos 1990... Toda cena de Peter Parker com Mary Jane na intimidade é pretexto para desenhar a musa do Aranha de forma sexualizada, e Peter nem parece um nerd com seu super-abdôme torneado. Além dessa cena ser altamente improvável no filme, a HQ se passa numa época em que MJ estava grávida, e isso também é impossível de ser aproveitado no cinema.

Participações especiais

Quando a invasão alienígena de fato começa em Planeta dos Simbiontes, as criaturas alienígenas saem tomando os corpos dos humanos, e alguns super-heróis aparecem possuídos (como o Capitão América) ou combatendo a invasão (como Tocha Humana e Raio Negro). Embora a invasão deva ser uma ameaça presente no filme, isso não deve ocorrer com tantas participações especiais quanto nos quadrinhos.

Pária dos simbiontes

Em certo momento de Planeta dos Simbiontes, Eddie Brock aprende que seu simbionte especificamente é um pária entre sua raça, uma criatura que busca a conexão com outros seres e não tomar e destruir civilizações com uma gana expansionista. Essa solução de roteiro bem pobre (que serviu na HQ para que Venom continuasse agindo ao lado dos Aranhas para salvar o dia sem ser enganado pelo simbionte) não estará no filme, se tudo der certo...

Carnificina gigante

Depois de ser mostrado preso e em coma, Cletus Kasady, o Carnificina, desperta e é libertado ao final de Planeta dos Simbiontes, absorvendo outros simbiontes para se tornar uma versão gigantesca do vilão. É improvável que isso esteja no filme; primeiro porque não há informações sobre a presença de Kasady no elenco, segundo porque um Carnificina no cinema com escala de monstro de filme japonês seria bom demais pra ser verdade.