Zac Efron e  Kyle Allen em Operação Cerveja

Créditos da imagem: Operação Cerveja/Apple TV+/Reprodução

Filmes

Entrevista

Como Peter Farrelly quer fazer de Operação Cerveja um alerta à Guerra na Ucrânia

Longa estrelado por Zac Efron mostra a Guerra do Vietnã a partir da perspectiva de um civil

Omelete
2 min de leitura
30.09.2022, às 15H30.
Atualizada em 31.08.2023, ÀS 14H00

É no mínimo desconcertante descobrir que a história de Operação Cerveja, novo longa que chega nesta sexta-feira (30) no Apple TV+, é inspirada em fatos. Acredite se quiser, mas realmente houve um jovem que decidiu demonstrar apoio aos amigos que lutavam na Guerra do Vietnã, indo até o país e os presenteando com uma latinha de cerveja. Jovem este que, vale dizer, teve a proeza de não ser convocado e que decidiu se arriscar mesmo não tendo experiência alguma em conflitos militares, tudo em nome da amizade e do patriotismo. É claro que, chegando lá, ele teve um choque de realidade entre a propaganda que via na TV e a barbárie que acontecia nas cidades e vilarejos, e o que parecia ser uma história legal para contar em casa virou um drama com riscos e dores bastante reais.

Com Zac Efron no papel do protagonista, Operação Cerveja traz uma perspectiva inusitada para um momento emblemático da história dos Estados Unidos e este foi um dos pontos que atraiu o diretor Peter Farrelly ao projeto. No entanto, não só isso. Em entrevista ao Omelete, ele revelou que vê nesse relato nada usual ecos na Guerra da Ucrânia, conflito que descreve como “uma guerra ruim” como a do Vietnã; veja:

“O que aconteceu no Vietnã está acontecendo na Ucrânia, e é uma guerra sem sentido. Pessoas estão morrendo e nada de bom virá disso. E eu também queria contar a história do Vietnã a partir do ponto de vista de um civil. Não é sobre um soldado, mas sobre um civil que vai lá e a observa, e como isso muda a sua vida. Foi isso que aconteceu com os Estados Unidos. Foi um processo lento até que o país percebeu que era uma guerra ruim. Espero que seja um processo mais rápido para a Rússia perceber que isso é estúpido e precisa acabar”.

Além de Efron, o longa conta com Russell Crowe e Bill Murray, e marca o primeiro projeto de Farrelly depois de vencer o Oscar de Melhor Filme com Green Book: O Guia.

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