Como a CW pode consertar o Arrowverse

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Como a CW pode consertar o Arrowverse

Com quase oito anos de existência, universo baseado nos personagens da DC começa a cair no marasmo, mas mostra potencial de salvação

25.02.2020, às 18H26.
Atualizada em 25.02.2020, ÀS 18H36

Iniciado no meio de 2012, com o lançamento de Arrow, o Arrowverse, universo compartilhado de séries da CW baseadas em personagens da DC Comics, tem hoje uma das bases mais sólidas para a criação de novas produções que incluam alguns dos heróis mais influentes das HQs. Ao longo desses últimos oito anos, no entanto, a emissora tem afetado demais suas produções de super-heróis, praticamente as transformando em simples dramas adolescentes como qualquer outro transmitido no canal.

Por outro lado, The Flash, Supergirl, Legends of Tomorrow, Raio Negro e Batwoman mostram, cada um de seu jeito, um potencial para renovação que pode dar nova vida ao Arrowverse, que receberá, ainda em 2020, a série Superman & Lois.

Listamos abaixo algumas medidas que podem ser tomadas pela CW para corrigir o percurso de seu universo compartilhado:

Menos drama, mais humor

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Melhor e mais consistente série do Arrowverse até agora, Legends of Tomorrow começou aos trancos e barrancos, mas desde sua segunda temporada tem dado o exemplo de como o restante das produções da CW deveria ser. Descompromissado, colorido e bem-humorado, o seriado traz o melhor da comédia do mundo das HQs, sem deixar de lado o desenvolvimento de seus personagens. Por outro lado, séries que começaram leves, como The Flash ou Supergirl, têm confundido amadurecimento como drama e poderiam se beneficiar demais ao ver a irmã caçula como exemplo de tom para ganhar um novo respiro.

Vistam os uniformes

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Com exceção dos crossovers anuais, têm se tornado cada vez mais raro assistir um episódio do Arrowverse que conte com os heróis usando seus super-trajes. Ray Palmer (Brandon Routh), por exemplo, vestiu seu traje de Eléktron apenas uma vez em Legends of Tomorrow após Crise nas Infinitas Terras, enquanto Barry (Grant Gustin), Kara (Melissa Benoist) e Kate (Ruby Rose) passam mais tempo resolvendo seus problemas pessoais do que salvando suas cidades em suas respectivas séries. Essa ausência dos heróis titulares tem criado uma atmosfera maçante e excessivamente dramática nas produções do universo DC/CW, que basicamente ignoram suas raízes nas HQs. Embora não haja nada errado em desenvolver as identidades civis de seus protagonistas, seria melhor se Supergirl focasse um pouco menos nas desventuras amorosas da kryptoniana e mais em suas aventuras como heroína. Falando nisso...

Kara realmente precisa de um par romântico?

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Desde sua primeira temporada, Supergirl parece desesperada em encontrar um par romântico para Kara, com resultados desastrosos. Por enquanto, nenhum dos romances da jornalista vingou, o que só levanta a pergunta: por que insistir nesta trama? Como alienígena, repórter, heroína e uma das poucas pessoas pós-Crise que se lembra das ações de Lex Luthor (Jon Cryer), colocar Kara em uma reportagem investigativa que para desmascarar o vilão ou enfrentá-lo como presidente dos Estados Unidos (como já aconteceu nos quadrinhos), seria infinitamente mais interessante do que vê-la, mais uma vez, se dividindo entre o amor e sua vida como Supergirl – trama também usada à exaustão em Smallville (2001 – 2011).

Temporadas menores

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Com a chegada das plataformas de streaming, tornou-se comum que séries produzidas por Hollywood diminuíssem suas temporadas praticamente pela metade, com produções como Titãs e Patrulha do Destino chegando a, no máximo, 15 episódios. O mesmo poderia ser aplicado ao Arrowverse que, ao diminuir as temporadas, poderia também espaçar suas exibições. Atualmente, Supergirl e Batwoman são transmitidas no mesmo dia nos EUA, aos domingos, assim como The Flash e Legends of Tomorrow, que vão ao ar às terças-feiras. Esse amontoado de episódios dificulta o acompanhamento das séries e causa confusão até no mais leal dos fãs. Espaçando as exibições, talvez com apenas duas ou três séries sendo transmitidas no mesmo período, com temporadas de 10 a 15 capítulos, seja mais fácil conter as tramas do Arrowverse e focar na produção de histórias melhor elaboradas, como foi o caso da oitava e última temporada de Arrow.

O fim de The Flash

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Como já foi dito no começo do texto, The Flash se tornou uma das séries mais entediantes do Arrowverse, com tramas circulares, enredos exageradamente dramáticos e uma ausência extremamente incômoda do personagem-título. Encerrar os arcos de Barry, substituindo-o por Wally (Keiynan Lonsdale) como aconteceu nas HQs ou mesmo dando fim à série, reaproveitando personagens como Homem Elástico (Hartley Sawyer), Nevasca (Danielle Panabaker) e Allegra (Kayla Compton) em outras produções, aliviaria um pouco o clima denso de novelão que tomou conta do Arrowverse e daria a chance de outros personagens como Supergirl, Raio Negro (Cress Williams), Canário Branco (Caity Lotz), Constantine (Matt Ryan) ou mesmo o Superman de Tyler Hoechlin tomarem a liderança desse universo compartilhado.

Trazer os mini-crossovers de volta

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Com a entrada oficial de Raio Negro no Arrowverse e a chegada de Superman & Lois, seria interessante se a CW voltasse a promover crossovers em menor escala. Não que seus grandes eventos, como Elseworlds ou Crise nas Infinitas Terras, não sejam divertidos, mas episódios como “Duet”, da terceira temporada de The Flash ajudam a reafirmar o tamanho do universo criado pela emissora e trazem uma interação divertidíssima entre personagens que, em outras ocasiões, só se encontram quando o destino do mundo está em jogo.

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