Cocriador do Arrowverse e principal nome por trás do crossover Crise nas Infinitas Terras, Marc Guggenheim reclamou que seus mais de 10 anos trabalhando nas adaptações da DC para a CW não resultaram em maior reconhecimento de Hollywood. Em uma postagem em sua página no Substack, o produtor e roteirista também lamentou não ter sido chamado por James Gunn e Peter Safran após a dupla assumir a presidência do DC Studios.
Segundo Guggenheim, ele esperava maior reconhecimento profissional após a produção de Crise nas Infinitas Terras, “uma adaptação em live-action de um quadrinho clássico que ficou marcado no meu psicológico”, transmitido entre 2019 e 2020. O roteirista revelou ainda ter investido uma quantia significativa do próprio bolso para fazer o crossover acontecer. “Foi um projeto em que gastei cada grama de influência que acumulei no desenvolvimento de programas relacionados à DC Comics para a Warner Bros. durante um período de oito anos. Pedi todos os favores, usei cada ficha, queimei todas as pontes. Até gastei US$10 mil do meu próprio dinheiro.”, escreveu ele.
“Os fãs adoraram o que fizemos. Tiveram tweets, postagens, memes. Houve muita discussão. Fui - e continuo - profundamente grato por tudo isso. Trabalhando nessas séries, sempre nos lembramos que o oposto do amor não é o ódio, é a apatia e, não importa o que acontecesse, nunca houve apatia. Exceto por, bem, Hollywood.” Guggenheim afirmou ainda que, embora Crise nas Infinitas Terras tenha sido elogiado pela crítica e pelo público, “meu telefone não tocou.”
Em janeiro, Gunn e Safran revelaram que estão trabalhando com uma sala de roteiristas para organizar as histórias do novo DCU, que começará oficialmente em 2025, com Superman: Legacy. “Não estou incluído nesse grupo”, escreveu Guggenheim. “Não estou exatamente surpreso. Na verdade, presumi que eles reuniriam algum tipo de gabinete estratégico para ajudar a facilitar o que achei - esperava - que fosse uma visão tão ambiciosa quanto o Universo DC merece. Mas vou ser sincero: gostaria de ter conseguido pelo menos uma reunião. Não um trabalho, veja bem. Um encontro. Uma conversa. Um pequeno reconhecimento do que tentei contribuir para a grande tapeçaria que é a DC.”
“Afinal, passei apenas nove anos trabalhando naquele campo. (Não incluindo muitos outros anos co-escrevendo o filme Lanterna Verde, uma série de streaming do Lanterna Verde e histórias em quadrinhos como Flash, Batman Confidential, Aventuras do Superman e Sociedade da Justiça da América)”, seguiu o roteirista, que concluiu o texto dizendo que, profissionalmente, sente que todo o tempo e esforço investidos na franquia televisivas foram desperdiçados. “Resumindo, o Arrowverse não levou a nenhuma outra série, então parece - pelo menos a nível de carreira - que eu realmente perdi meu tempo.”
Iniciado em 2012 com Arrow, o Arrowverse contou com séries como Legends of Tomorrow, Raio Negro, Supergirl e Batwoman. Atualmente, apenas duas produções da franquia seguem em exibição: The Flash, que está em sua nona e última temporada, e Superman & Lois, que deve durar, segundo James Gunn, mais “um ou dois anos.”
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