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Atirador

Ação ininterrupta com Mark Wahlberg no novo filme de Antoine Fuqua

22.03.2007, às 14H00.
Atualizada em 01.11.2016, ÀS 13H00

Se a arte imita a vida, os Estados Unidos são um dos países com maior número de pessoas corruptas (e/ou corruptíveis) que existe no mundo. Um lugar onde os interesses pessoais sobre uma região desértica, porém recheada de riquezas, podem levar a um conflito armado cheio de vítimas. Uma sociedade capitalista onde a ganância cria situações de enriquecimento fácil e rápido. Afinal, por lá, ou você é um "winner" ou um "loser". Não há meio termo. Independente das possíveis comparações com pessoas ou fatos reais, essa é a realidade do país mostrado em Atirador (Shooter, 2007).

Enquanto servia o seu país, o sargento Bob Lee Swagger (Mark Whalberg) se sentia no topo do mundo. Ele era um sniper - aqueles atiradores de elite que conseguem acertar uma pulga albina atravessando as listras de uma zebra galopante a 2 quilômetros de distância. Durante uma missão no continente africano, nem tudo sai conforme o planejado. Ele consegue sobreviver, mas seu observador acaba sofrendo nas mãos do inimigo.

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Alguns anos depois, feridas quase que totalmente cicatrizadas, Swagger é convidado pelo Tio Sam para uma nova missão: impedir que o presidente dos Estados Unidos seja assassinado. O patriotismo fala mais alto e lá vai ele, no papel de um dos melhores naquilo que fazia, tentar evitar uma catástrofe. Não consegue e agora é perseguido pelo FBI, CIA e todas as outras agências-sopa-de-letrinhas do país, acusado de ter planejado o atentado. Sua única saída é fugir enquanto pode, conseguir um pouco de munição e ir atrás das pessoas que armaram para cima dele.

Sai da frente!

O traído Swager é uma mistura nervosa de Rambo com Jason Bourne e pitadas de Jack Bauer. Praticamente um Chuck Norris do século 21. E se você entendeu o que eu quero dizer, sabe que não é uma boa tentar atravessar o seu caminho!

Como todo filme de ação desenfreada, há perseguições, tiros, explosões e ao menos uma gostosa, no caso Kate Mara, no papel de Sarah Fenn, ex-namorada do antigo companheiro de Swager. Michael Peña faz o agente do FBI que acredita na inocência de Swager e decide ajudá-lo. Interpretando o coronel Isaac Johnson, Danny Glover, sussurra seus diálogos, contrastando com o jeito enérgico do antigo sargento, que tem algumas ótimas falas durante o filme, dignas de um anti-herói solitário, mas que não perdeu o senso de humor.

Depois de fracassar duas vezes seguidas com Lágrimas do Sol e Rei Arthur, o bom diretor Antoine Fuqua ainda precisa provar que a notoriedade que ganhou com Dias de Treinamento não foi por acaso. Mas ainda não vai ser dessa vez. Atirador pode até ficar ligeiramente acima da média do gênero, mas não passa de um arroz com feijão e muita pólvora. Seus longos 124 minutos se arrastam até o final, tão previsível que qualquer aspirante a sniper conseguiria acertar de olhos vendados. Seria um tiro no pé, não fosse o jeito durão e desencanado de Wahlberg, que vem acertando cada vez mais onde gastar suas balas.

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