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Crítica

Crítica: Falando Grego

Richard Dreyfouss salva nova comédia romântica de Nia Vardallos da tragédia grega

10.09.2009, às 16H00.
Atualizada em 14.11.2016, ÀS 17H06

George A. Romero pode fazer filmes de zumbis o resto da vida. Quentin Tarantino pode passar o resto da carreira incluindo referências pop em seus longas-metragens. Até John Woo pode continuar fazendo suas pombas voarem. Mas não dá para aguentar Nia Vardalos (Casamento Grego) falando sobre a Grécia por mais um filme.

Seu novo projeto é Falando Grego (My Life in Ruins, 2009), mais uma comédia romântica que tem a cultura helênica de pano de fundo. E desta vez com locações na própria Grécia!

Falando Grego

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No filme, Nia interpreta Georgia, uma desiludida e desempregada professora universitária de História que já não aguenta mais o "jeitinho grego", nem o seu trabalho quebra-galho como guia turística em uma agência pé-de-chinelo. O problema é que ela quer ensinar toda a importância da Grécia aos seus grupos, que só querem saber de passar nas lojinhas e, eventualmente, pegar uma praia. O típico turismo de amostragem, em que vale mais uma camiseta de 3 euros, um ímã ou uma foto na Acrópole do que realmente entender a importância de estar naquele lugar.

Tudo bem que seus grupos também não ajudam. Estão ali reunidos os australianos que só pensam em beber, a família infeliz com a adolescente entediada, o piadista, as recém-divorciadas à caça, o workaholic que não larga o celular, o casal de americanos mala e o gordinho mochileiro que não sabe nem onde está. Para piorar, o ônibus está com ar-condicionado quebrado e o seu motorista é um cara esquisito e de poucas palavras.

Seriam ingredientes suficientes para uma tragédia grega, não fosse o filme uma manjada comédia romântica. E como o grupo vai se deslocando pelo país, os elementos de um road movie se somam e as pessoas vão se descobrindo no meio das ruínas gregas. No fim das contas, eles não são assim tão ruins quanto aparentavam, o motorista é um patinho feio e Georgia, claro, vai achar o seu "kéfi", palavra grega que poderia ser traduzida por alma, mas está mais é para paixão ou tesão de viver. E, por favor, não venham reclamar que estraguei o final, pois desde o primeiro fotograma ele já estava anunciado.

E justamente pela previsibilidade de uma excursão turística, Falando Grego não mereceria mais do que um ovinho aqui na cotação omelética. E assim seria, se não fosse a presença iluminada de Richard Dreyfuss no papel do tal piadista. Ele, sim, é a kéfi do filme.

Saiba onde o filme está passando

Nota do Crítico
Regular
Falando Grego
My Life in Ruins
Falando Grego
My Life in Ruins

Ano: 2009

País: EUA, Espanha

Classificação: 12 anos

Duração: 95 min

Direção: Donald Petrie

Roteiro: Mike Reiss

Elenco: Nia Vardalos, Richard Dreyfuss, Alexis Georgoulis, Alistair McGowan, Harland Williams, Rachel Dratch, Caroline Goodall, Ian Ogilvy, Sophie Stuckey, María Adánez, María Botto, Brian Palermo, Jareb Dauplaise

Onde assistir:
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