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Efeito Colateral | Crítica

Efeito Colateral

08.02.2002, às 01H00.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 10H04

Depois do dia 11 de Setembro de 2001, o cinema norte-americano, principalmente aquele dedicado a fantasiar conflitos planetários e explosões fantásticas, jamais seria o mesmo. Ao menos, era essa a previsão nos dias e meses posteriores aos atentados terroristas. As guerras, nas telas, deveriam ser repensadas. Todos os filmes de ação deveriam ser revistos. Na época, mês de Outubro, a película Efeito Colateral (Collateral Damage, de Andrew Davis, 2002) teve a sua estréia adiada por tempo indeterminado. Nela, Arnold Schwarzenegger fazia um bombeiro que se vinga de terroristas que assasinaram sua família num atentado. Estupefatos com os acontecimentos, os estúdios Warner Brothers simplesmente não sabiam que fim dar à produção.

Uma regra, no entanto, vigora na indústria de Hollywood desde tempos remotos. Todo e qualquer drama, um dia, recebe a sua representação nas telas. Não demorou para que a Segunda Guerra Mundial, assim como a Guerra do Vietnã, ganhasse uma lista enorme de releituras. Mais do que a promessa de mudanças diante dos atentados, o cinema precisa sobreviver dos tais dramas humanos. E eis que se libera, finalmente, o lançamento de Efeito colateral, simultaneamente no Brasil e nos EUA. Não é a primeira iniciativa de Schwarzenegger contra os facínoras mundiais. Em True Lies (1994), de James Cameron, o ator austríaco desafiava exatamente os muçulmanos e os seus poderes nucleares. Agora, sob direção de Davis, o responsável por O fugitivo (1993), o fortão volta-se para as selvas sul-americanas.

Gordon Brewer (Schwarzenegger) leva uma vida pacata em Los Angeles, apesar da profissão arriscada. Quando um atentado à bomba na Embaixada da Colômbia mata a sua mulher e a sua filha, suposta autoria do terrorista Claudio "The Wolf" Perrini (Cliff Curtis), Brewer fica desnoteado. Aguarda as investigações internacionais, mas não espera muito da diplomacia, que enxerga a tragédia como um "efeito colateral" das negociações de paz. Decidido, o bombeiro ruma pouco depois à Colômbia, armado de um espírito vingativo, convencido do seu poder contra as guerrilhas e os magnatas do narcotráfico.

Como um Rambo, Schwarzenegger constitui-se num exército de um homem só. O resultado todos conhecemos, não é preciso explicar muito mais. Uma prova, mais uma, de que a fantasia do cinema supera todos os traumas e recria nas telas uma realidade honrosa à sociedade norte-americana. Em tempo, para provar que as regras de Hollywood não mudam, Schwarzenegger confirmou, para 2002, o início das filmagens de True Lies 2.

Nota do Crítico
Regular
Efeito Colateral
Collateral Damage
Efeito Colateral
Collateral Damage

Ano: 2001

País: EUA

Classificação: 16 anos

Duração: 106 min

Direção: Andrew Davis

Elenco: Arnold Schwarzenegger, Francesca Neri, Elias Koteas, Cliff Curtis, John Turturro, John Leguizamo, Harry Lennix, Lindsay Frost, Tyler Posey

Onde assistir:
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