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Enrolados | Crítica

Mais do que uma nova Princesa, a animação apresenta uma nova ideologia

06.01.2011, às 19H16.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H14

A Disney achou a chave da caixa-forte do Tio Patinhas ao perceber que poderia juntar todas as princesas que ajudou a imortalizar e faturar (muito!) criando a franquia Princesas. Ao andar por uma loja de brinquedos, uma escola infantil ou os próprios parques da Disney, é possível ver diversas crianças segurando, portando ou vestindo produtos com as caras da Branca de Neve, A Bela Adormecida, A Pequena Sereia, Cindelera, etc. No fim de 2009, em A Princesa e o Sapo, foi a vez da primeira negra entrar para o grupo. Agora chegou a hora de apresentar uma outra princesa dos contos de fadas dos irmãos Grimm: Rapunzel.

O título do 50º longa-metragem animado da Disney foi, por muito tempo "Rapunzel". Porém, após os resultados finais de A Princesa e o Sapo, os executivos da empresa viram que a elogiadíssima animação poderia ter ido ainda melhor nas bilheterias se não tivesse se apoiado tanto nas suas Princesas dos ovos de ouro. O título acabou afastando os meninos, diziam. E assim Rapunzel virou Enrolados (Tangled).

Enrolados

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A mudança tem a sua lógica, e pode ser sentida também na história, que tem um potencial real muito maior de agradar aos meninos. Toda a primeira sequência do filme é centrada em Flynn Rider (voz original de Zachary Levi e dublado no Brasil por Luciano Huck), um ágil ladrão que rouba a tiara de uma princesa que há muito tempo sumiu do reino, mas cujos pais a homenageiam anualmente soltando lanternas aos céus em seu aniversário. Na fuga pela floresta, Flinn acaba achando a alta torre sem escadas onde está Rapunzel.

Bem diferente da indefesa Branca de Neve, Rapunzel sabe se defender e, munida de uma frigideira e suas longas madeixas louras, não demora mais do que alguns segundos para nocautear Flinn. Usando seu charme, o gatuno consegue um acordo: ajuda a menina a sair da torre onde viveu sua vida quase toda e ver de perto as lanternas em troca da tiara que ela escondeu.

O resto do filme é uma aventura com correrias, traições, enganos e, claro, a descoberta do amor. Ah, tem cantoria também, o que atrapalha um pouco, mas não o suficiente para desaconselhar a ida ao cinema. O visual construído por computação gráfica, mas usando técnicas do 2D, é digno dos grandes clássicos do estúdio e serve muito bem ao 3D estereoscópico.

Leve e muito divertido, os 92 minutos do filme passam rápidos. Sem enrolação, se me permite o trocadilho com o título. E com a nova política de agradar igualmente aos meninos e meninas, já é hora do Tio Patinhas começar a pensar em uma nova caixa-forte.

Nota do Crítico
Ótimo
Enrolados
Tangled
Enrolados
Tangled

Ano: 2010

País: EUA

Classificação: 18 anos

Duração: 102 min

Direção: Nathan Greno, Byron Howard

Elenco: Mandy Moore, Zachary Levi, Donna Murphy, Ron Perlman, Jeffrey Tambor, Brad Garrett, Paul F. Tompkins, Richard Kiel, Delaney Rose Stein, Nathan Greno, Byron Howard, Tim Mertens, Michael Bell, Bob Bergen, Susanne Blakeslee, June Christopher, Roy Conli, David Cowgill, Terri Douglas, Chad Einbinder, Pat Fraley, Eddie Frierson, Jackie Gonneau, Nicholas Guest, Bridget Hoffman, Daniel Katz, Anne Lockhart, Mona Marshall, Scott Menville, Laraine Newman, Paul Pape, Lynwood Robinson, Fred Tatasciore, Hynden Walch, Kari Wahlgren, M.C. Gainey

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