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Rock Star | Crítica

I wanna rock 'n' roll all night and party every day!

15.11.2001, às 01H00.
Atualizada em 10.11.2016, ÀS 13H01

Ser roqueiro nos anos 80 era um troço engraçado. A famosa fórmula rock + cabelo comprido + sexo = diversão suprema nunca fez tanto sentido, e nunca foi levada tão a sério. O rock ‘n’ roll pregava uma filosofia de festa, de exageros nas roupas e maquiagem (inclusive para os homens), de culto aos seus ídolos e o eterno sonho de se tornar um deles. Quem nessa época não sonhava em levar a vida de estrela que seus ídolos da música levavam&qt& Todas as mulheres que pudesse agüentar, todas as festas a que pudesse ir, todo o dinheiro que pudesse gastar. Rock ‘n’ Roll nos anos 80 era isso, muita música e muita diversão.

E é principalmente por retratar tão fielmente essa época tão saudosa pra alguns, que Rock Star se torna um grande filme. Inicialmente, ele deveria se chamar Metal God, e contar a história de Tim “Ripper” Owens, hoje vocalista do Judas Priest. Tim era um fã da banda, e acabou se juntando aos seus ídolos quando eles precisaram substituir Rob Halford. Acontece que o Judas Priest não gostou nada do roteiro e exigiu que todas as referências à banda fossem removidas. Segundo eles, a história de Tim não é nada parecida com o que é mostrado no filme.

Na verdade isso pouco importa, até porque referências ao Judas são encontradas às toneladas durante Rock Star. Mark Wahlberg vive o papel de Chris Cole, vocalista da banda Blodd Pollution, especializada em cover de seus ídolos, o Steel Dragon. Mas o cara é um tremendo de um mala que se apega aos mínimos detalhes de cada música, e freqüentemente irrita seus companheiros de banda com isso. Resultado: olho da rua pra ele. Tudo muda quando ele recebe um telefonema de Kirk Couding, ninguém menos que o guitarrista do Steel Dragon, que convida Chris para fazer um teste na banda. O moleque canta apenas uma estrofe de uma música e consegue o emprego. A partir daí, a vida de Chris (agora apelidado de “Izzy”, assim como Tim se tornou “Ripper” ao entrar para o Judas) se torna aquilo que ele sempre sonhou, com direito a todas aquelas maravilhas já descritas e mais algumas não previstas. Tentando acompanhar o ritmo está Emily (Jennifer Aniston), a namorada supercompanheira, que sofre para se habituar à nova vida.

O roteiro é bobinho e previsível, mas não compromete o filme de maneira alguma. As cenas de shows são fantásticas, assim como as bandas. O elenco está repleto de músicos, e o Steel Dragon é um verdadeiro celeiro de rock stars: na bateria está Jason Bonham (filho de John Bonham, do Led Zeppelin), no baixo está Jeff Pilson (Dokken) e na guitarra Zakk Wyld (Black Label Society, ex-Ozzy). Até Wahlberg convence muito bem no palco, execrando de vez seu passado de Marky Mark & The Funky Bunch.

Não há como um fã de Hard Rock/Heavy Metal não gostar de um filme assim, só a trilha sonora já valeria o ingresso. E aposto que muitos irão se identificar com certas cenas, no melhor estilo “putz, eu já fiz isso...”.

Imagens © Warner Bros.

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