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No Cair da Noite | Crítica

Reunião de todos os clichês

27.03.2003, às 00H00.
Atualizada em 07.11.2016, ÀS 10H05

Antes de falar sobre No Cair da Noite (Darkness Falls, de Jonathan Liebesman, 2003), vale comentar um pouquinho sobre as "cabines de imprensa".

Todas as semanas, as distribuidoras convidam os jornalistas para conferirem seus lançamentos nas tais "cabines", exibições prévias fechadas. Saindo dali, cada um produz seu texto para o veículo em que escreve que, depois de publicado, serve como uma orientação de consumo para o leitor. O processo é bastante simples na verdade... mas, às vezes, a distribuidora dá um "olé" nos jornalistas e não faz a cabine... isso geralmente ocorre por dois motivos: Atraso absurdo na produção das cópias ou legendagem, ou - o pior - quando o filme não presta e eles tentam esconder isso ao máximo. Por que estou falando isso? Porque não houve cabine de No Cair da Noite... e duvido que tenha acontecido algum problema técnico. ;-)

Sendo assim - e como nossos colaboradores internacionais não estavam nem um pouco a fim de ver o filme -, tivemos que recorrer a uma cópia pirata, capturada diretamente da sala de algum cinema norte-americano.

No Cair da Noite, estréia de Jonathan Liebesman em um longa-metragem, é mais uma película de terror de sustos fáceis, que apela para a ferramenta mais trivial do gênero: o medo do escuro.

A trama começa na cidade fictícia de Darkness Falls, nos dias atuais, com uma contextualização histórica. Em 1850, uma bondosa velhinha chamada Matilda Dixon foi linchada em público por supostos assassinatos de crianças. A partir daquele dia, o seu espírito assumiu a lenda da "Fada dos Dentes" e passou a assombrar a população, sempre em meio à escuridão. 150 anos depois, Kyle Walsh (Chaney Kley) ainda sofre com as lembranças da sua infância na cidade, quando tinha pesadelos bem realistas com a alma penada. As penúrias de Walsh recomeçam quando recebe um telefonema de sua namoradinha de adolescência, Caitlin Greene (Emma Caulfield): o sobrinho da garota, com dez anos de idade, também começa a sofrer com os pesadelos. Mesmo a contragosto, Walsh retorna a Darkness Falls para ajudar o menino. Obviamente, a decisão é seguida por um sem-número de gritos, sussuros, correrias e perseguições.

Com uma premissa sem graça e um diretor que não tem criatividade alguma, No cair da noite escorrega em absolutamente todos os clichês do gênero. Susto final? Tem. Todos os coadjuvantes morrem? Claro. Alguém se olha no espelho, desvia o olhar e quando volta tem algo no reflexo? Tá lá. Lanternas que pifam na hora "H"? Pode apostar. Isso pra ficar apenas nos mais óbvios. Não é a toa que o filme foi um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos.

Como um detalhe curioso... a cena que mais me assustou foi quando um vulto surge em primeiro plano numa cena completamente inesperada. Pena que era apenas alguém no cinema levantando pra ir ao banheiro na fileira de frente! Palmas para o "cineasta" que gravou a minha versão pirata! ;-))

Nota do Crítico
Ruim
No Cair da Noite
Darkness Falls
No Cair da Noite
Darkness Falls

Ano: 2003

País: EUA

Classificação: LIVRE

Duração: 85 min

Direção: Jonathan Liebesman

Elenco: Chaney Kley, Emma Caulfield, Lee Cormie, Grant Piro, Sullivan Stapleton

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