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Letra e Música

Hugh Grant e Drew Barrymore batem na trave em nova comédia romântica

01.03.2007, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H22

Hugh Grant e Drew Barrymore fazem tantas comédias românticas que deveriam ganhar seus próprios gêneros. Teríamos "Comédia / Romance / Grant" e "Comédia / Romance / Barrymore" na descrição do filme. Ficaria fácil saber logo do que se trata.

Letra e Música (Music & Lyrics, 2007) reúne esses dois astros. "Comédia / Romance / Grant / Barrymore", portanto. Mas é um filme diferente, distinto dos demais, pelo simples fato de flertar com a inovação. Dá até pra achar, lá pelo meio do filme, na cena do helicóptero, que estamos vendo uma história focada no nascimento de uma paixão e seu crescimento, sem obstáculos obrigatórios, sem a redenção infalível no final. Infelizmente, não é assim. O flerte dura pouco. Nem bem o helicóptero se foi e já chega a inevitável "virada da trama" do gênero, que torna o amor improvável e exige dos protagonistas mudanças de atitude em função do futuro.

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A comédia começa divertida, com um clipe oitentista da banda fictícia Pop (assista ao vídeo, na íntegra, na galeria de vídeos abaixo - "Clipe1"), que gerou um superastro dos tempos modernos e um dinossauro. Grant vive o último, Alex Fletcher, cantor decadente que ganha a vida em bailes de reencontro e animando feiras e parques de diversão. Sua oportunidade de "revival" (palavra na moda essa) chega na forma de uma Britney Spears genérica, Cora Corman (Haley Bennett), fã da Pop, que o incumbe de criar seu próximo hit. Mas Fletcher não é letrista, apenas compositor, o que o força a procurar um parceiro. Providencialmente, surge a jovem estabanada e doce Sophie Fisher (Barrymore), talento nato para as palavras, e o novo hino teen começa a parecer possível.

Havia potencial na trama, mas a obsessão pelo encaixe palatável nas fórmulas gera soluções nada convincentes. O concerto no final do filme - piano para pré-adolescentes?!? - é gritante de tão improvável. Mas o que esperar do diretor e roteirista Marc Lawrence, de Miss Simpatia 2 e Amor à segunda vista? Até que ele conseguiu piadas suficientemente boas e seqüências inteligentes. Superou-se. Mas segue limitado.

O casal Grant / Barrymore pelo menos funciona. Escolados, sabem o suficiente para fazer rolar umas fagulhas fofinhas. Mas fica a forte impressão de que o filme, se menos estruturado, poderia tornar-se memorável. Ficou apenas na paquera.

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