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O Elo Perdido | Crítica

O elo perdido

15.12.2005, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H19
O elo perdido
Man to man, 2005
França/Inglaterra/
África do Sul
Drama - 122 min

Direção: Régis Wargnier
Roteiro: William Boyd, Michel Fessler, Fred Fougea, Régis Wargnier

Elenco: Joseph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Iain Glen, Hugh Bonneville,
Lomama Boseki, Cécile Bayiha, Flora Montgomery, Patrick Mofokeng,
Alistair Petrie, Hubert Saint-Macary,
Mathew Zajac, William McBain

Filmeco infernal esse O elo perdido (Man to man, 2005) que, apesar do título, não tem nada a ver com a telessérie clássica. Antes fosse...

Dirigida com inexplicável mão pesadíssima por Régis Wargnier (do ótimo Indochina), a produção traz uma sucessão de erros de dar vergonha. E nem precisa esperar muito pra descobrir isso... Na seqüência inicial dos créditos, sem ter lido uma linha sequer sobre a história, sobre seus protagonistas ou sua equipe criativa, eu já pensava: que cara de telefilme dos anos 80!. Modéstia às favas, eu não poderia estar mais correto.

A seqüência inicial é enfastiante. A música sobe descontrolada durante uma perseguição a pigmeus no coração da África. O caçador é Joseph Fiennes, irmão (bem) menos talentoso de Ralph Fiennes. Careteiro, não convence em momento algum do filme. Coitada de Kristin Scott Thomas, geralmente competente, que vive uma ambiciosa importadora de animais exóticos. Nas mãos do cineasta e à mercê do fraquíssimo roteiro, parece perdida, sem consciência de sua personagem ou do que fazer a seguir. Aliás, é justamente essa a sensação que fica durante toda a aventurazinha safada...

Na trama, no final do século 19, um cientista inglês consegue capturar na África uma espécie que ele acredita ser o elo perdido entre macacos e homens: um pigmeu. Parte triunfante de volta à Europa com dois espécimes - um macho e uma fêmea - para estudos ao lado de seus associados. Porém, enquanto passa mais e mais tempo ao lado dos objetos de sua pesquisa, começa a ter dúvidas se Toko (Lomama Boseki) e Likola (Cécile Bayiha) - os pigmeus - são mesmo animais ou tão humanos quanto ele, noção que causará sua desgraça perante a comunidade científica.

Chamar o roteiro de esburacado é uma ofensa a qualquer queijo suiço. Ele é simplesmente risível com suas mudanças de rumo enlouquecidas. Direção de arte, fotografia, nada se salva. É tudo óbvio demais, tolo demais em sua tentativa de impressionar. Se a produção serve para alguma coisa é justamente para fazer rir (aqui na cozinha do Omelete o cumprimento pigmeu já virou mania), algo que certamente não era o pretendido.

Mas pensando bem... Wargnier nessa fase doida seria um tremendo diretor para o próximo filme da Xuxa. Essa coisa de pigmeu, selvas, elo perdido e exploradores é a cara dela. Quem sabe o produtor dos filmes da Rainha dos Baixinhos não se empolga em dar um ar eurotrash para a próxima aventura meneghélica?

Nota do Crítico
Ruim
O Elo Perdido
Man to Man
O Elo Perdido
Man to Man

Ano: 2005

País: França, Reino Unido, África do Sul

Classificação: 14 anos

Duração: 122 min

Direção: Brad Silberling

Roteiro: Chris Henchy, Dennis McNicholas

Elenco: Will Ferrell, Anna Friel, Danny McBride, Jorma Taccone, Matt Lauer, Bobb'e J. Thompson, Sierra McCormick, Shannon Lemke, Stevie Wash Jr., Brian Huskey, Kevin Buitrago, Noah Crawford, Jon Kent Ethridge, Logan Manus, John Boylan, Marti Matulis, Leonard Nimoy

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