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O Senhor dos Anéis: Entrevista exclusiva com Billy Boyd e Dominic Monaghan

Entrevista exclusiva: Billy Boyd e Dominic Monaghan

MF
25.12.2002, às 00H00.
Atualizada em 26.11.2016, ÀS 01H05

Aprisionados pelos orcs...

...Merry e Pippin acabam na
floresta de Fangorn...


... onde terão papel decisivo na
Guerra do Anel.

Billy Boyd e Dominic Monaghan são tão unidos e engraçados ao vivo quanto seus personagens em O Senhor dos Anéis, Pippin e Merry. Conversando com estes dois hobbits, pudemos perceber que a amizade que começou no set de filmagem, na Nova Zelândia, deve durar para sempre. Mas além de se divertir pra caramba, os dois provam que também conseguem ser sérios (de vez em quando) e abordam assuntos como o desmatamento que acontece todos os dias. Pegue o seu cachimbo, sua erva-de-fumo, relaxe e aproveite a entrevista :-)

O que é isso na mão de vocês? Lembas?

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Billy Boyd (Pippin): Lembas! hehehe, é chocolate, de Vienna. Ganhamos de uma jornalista boazinha... O que você tem aí pra gente?

Dominc Monaghan (Merry): É meu aniversário hoje [N.E. era aniversário dele mesmo!] Dá um destes Mini Discs aí.

Quer? Este aqui é do Blur, os discos velhos deles.

BB: Hmmm, eu gosto do Blur.

Já ouviu o single novo - Don’t Bomb when you’re the bomb?

BB: Ainda não, é bom? Vou ver se acho.

Que tipo de música vocês têm ouvido? Só canções hobbits?

BB: Várias coisas diferentes. Coldplay, Gomez, Radiohead

DM: Wu Tan Clan, Sigur Rós, Public Enemy, Bob Dylan, Rolling Stones, coisas bem variadas.

E as canções dos hobbits, como era cantá-las?

DM: Era muito divertido! A gente fazia isso no fim da noite, depois de comer. De manhã, a gente sabia tudo de cor. À noite, depois de comer e beber, a gente não lembrava de nada, mas era engraçado pra caramba!

Vocês poderiam cantar um pouco agora?

Ambos: Nããão...

DM: Nós só cantamos se nos pagarem para isso (risos)

Que anéis são estes que vocês estão usando?

BB: Um anel céltico que ganhei de minha irmã e um anel da Nova Zelândia, que se chama Anel de Árvore. Ele mistura prata, casca de uma árvore e madeira, coloca numa forma e funde tudo junto. O resultado final é assim desforme. Não fica aquela coisa bonitinha, e isso que é legal.

DM: Este foi dado por uma ex-namorada, que infelizmente não está mais entre nós [começa um choro falso e se debruça no ombro do amigo Billy]. Este outro foi dado pelos meus tios preferidos, este é neozelandês e este eu comprei quando consegui o meu primeiro trabalho como ator. [Billy bate palmas] Este aqui tem a ver com o filme. Tem o nome do meu personagem gravado na parte interior e O Senhor Dos Anéis por fora.

E o que é isso na sua mão? Não é a famosa tatuagem dos Nove, é?

DM: Não. Está só escrito Árvore, porque nós gostamos de árvores. Antes de começar esta turnê promocional, estávamos comentando que poderíamos usar isso para tentar falar um pouco de outras coisas, como o meio ambiente, por exemplo. Áreas de florestas tropicais do tamanho de 11 campos de futebol são destruídas ao redor do mundo todos os dias em busca por petróleo ou outro tipo de riqueza imediata, sem pensar na extinção de animais e plantas. Tolkien alertava para estas perdas na década de 40 e até hoje nada foi feito e nós queríamos estar por trás de algo para salvar as árvores do planeta.

Vocês tinham lido O Senhor dos Anéis antes de começar o filme?

DM: Sim, acho que a maioria das pessoas na Inglaterra lêem Tolkien na adolescência. Li quando tinha uns 15 anos. E também conhecia a história do Hobbit porque meu pai era um grande fã e tínhamos uma fita com a história de Bilbo que nós ouvíamos no carro quando eu tinha uns 5 ou 6 anos. Faz parte da cultura britânica, né?

BB: É. Eu nunca tinha lido até que fui chamado para o projeto.

Quais os cuidados que vocês têm tomado para não ficarem associados apenas a este projeto, como Mark Hamill e Star Wars.

BB: Acho que é uma questão de ser cuidadoso nas escolhas. Nos próximos anos, temos de tentar não pegar muitos filmes de fantasia, que não acrescentariam muito. Por exemplo, acabei de filmar [Master and Comander] com Peter Weir e Russel Crowe, e meu papel é bem diferente de Pippin. Ele é um marinheiro no século 19 que sabe exatamente o que está fazendo. Quando li o roteiro percebi que era a escolha certa para depois de Pippin.

E te ofereceram outros papéis em filmes de fantasia?

BB: Sim. Sempre que aparece um elfo, ou goblin eles pensam Ah, mande isso para os caras que fizeram O Senhor dos Anéis. E nós dizemos: pode levar de volta.

DM: Você tem que ser realista sobre isso. Nós dificilmente faremos outro projeto tão grande quanto este.

Vocês conseguiram ganhar bastante dinheiro?

DM: Não em relação ao tanto que nós trabalhamos. Foi um ano e meio com horas excessivas de filmagem! Mas eu acho que ninguém ali trabalhou pelo dinheiro. Mesmo pessoas que poderiam ter pedido salários altíssimos, concordaram em algo menor pelo simples fato de que estariam participando do projeto.

Como é ir a lojas de brinquedos e ver os bonequinho dos seus personagens, com as suas caras?

BB: Não acho que se pareça tanto com a gente. Eu olho e vejo outra pessoa ali. Não é tão estranho quanto parece.

Quais personagens vocês escolheriam se pudessem mudar?

DM: Eu gostaria de ser Gollum. Eu gosto do jeito que ele é. Importante para a história, está sempre perto do Anel e tem vários conflitos, o que para um ator é um ótimo desafio. Andy [Serkis]desempenhou o papel maravilhosamente bem.

BB: Além de Pippin, gostaria de ser Sam. É um ótimo personagem.

Vocês filmaram aquela cena em que Aragorn, Gandalf, Gimli e Legolas chegam a Isengard e encontram vocês dois totalmente embriagados de tanto comer, beber e fumar?

DM: Sim, ficou muito engraçado! Eu precisava fazer uma cara de quem havia bebido estava atordoado depois de fumar por três horas em seguida (Dominic faz uma careta de quem está bêbado). Tinha comida por todos os cantos, pães, carne, frutas. Isso é um paraíso para os hobbits.

Quando vocês filmaram, vocês tinham noção do que estava acontecendo na história?

BB: Por conhecer o livro, nós sabíamos mais ou menos em que parte estávamos. Por exemplo, quando estávamos com a Barbárvore, sabíamos que aquilo seria usado no segundo filme. Mas nós encaramos mais como uma única história.

Como foi atuar com um ent?

BB: A melhor coisa foi que eles realmente construíram Barbárvore. Era uma árvore de mais de 6 metros que podia mexer os braços, pernas, cabeça, etc. Na cena em que a Barbárvore nos pega e coloca sobre seus ombros, aquilo aconteceu de verdade! Nós não estávamos num daqueles sets com tela azul fingindo como seria nossa reação. E isso facilitou bastante. Não era um lugar muito confortável, mas passamos tanto tempo lá que acabamos nos acostumando.

DM: Foi lá em cima que começamos o nosso roteiro.

Sobre o que é este roteiro? Vocês pretendem dirigi-lo também?

DM: não, não vamos dirigir. Este filme é só uma forma de podermos atuar. A história é sobre duas pessoas do Reino Unido que abrem uma escola de mergulho em Miami e acabam se metendo em diversas confusões. Tudo começou quando nós tínhamos que ficar em cima da barbárvore 11 horas por dia sem nada pra fazer. E nós aprendemos a mergulhar lá na Nova Zelândia e tivemos umas experiências ridículas por que não conseguíamos nos comunicar embaixo da água. Uma certa vez, nós estávamos treinando na piscina e estava fazendo os sinais básicos de tudo bem? (juntando o indicador e o polegar), você quer subir? (apontando o polegar pra cima), etc. E Billy me fez este gesto (encostou o indicador de uma mão na da outra mão). Eu pensei que ele estava querendo que eu sentasse no dedo dele! (risos)

BB: Eu só queria que ele encostasse o dedo dele no meu, para mostrar como o senso de profundidade de espaço é diferente dentro da água.

DM: Eu disse para ele Nããããoooo! e nós começamos a rir e tivemos que subir. Daí nós vimos que há várias situações em que você precisa falar, mas é impossível e você tem que se virar de outra forma. O roteiro está bem engraçado

BB: É engraçado pra ca*****! Dom costuma dizer que é mais engraçado que um pingüim tocando banjo!

A indústria cinematográfica inglesa não está no seu melhor momento. A FilmFour fechou e não há grandes projetos como este sendo feitos lá. Vocês pensam em se mudar para Los Angeles? Quais os planos?

DM: Eu moro lá há mais ou menos um ano. Eu acho que a indústria britânica nunca teve um bom momento. Não tem dinheiro lá. Quando há, ele vem dos Estados Unidos. Mas isso é porque não existe uma cidade que seja movida pelo cinema, como Los Angeles. Londres é uma cidade riquíssima em teatros. Pessoas do mundo todo vão para lá atrás de uma carreira nos palcos londrinos.

Vocês gostariam de tentar algo no West-End [a área dos famosos teatros de Londres]?

DM: Nós fomos convidados para fazer uma peça na Inglaterra no próximo verão. Mas acabamos descobrindo que um dos projetos que estávamos interessados já está em andamento com outras pessoas. Mas o mais importante é que nós queremos continuar trabalhando juntos. Nós estávamos tentando convencer Elijah ontem à noite de tentar algo no teatro. Se ele achasse algo que valesse a pena, Billy e eu poderíamos dar o apoio que ele precisasse e ao mesmo tempo nos divertir.

Geralmente, quando artistas ficam muito tempo juntos, as brigas são freqüentes. O que deu tão certo em O Senhor dos Anéis?

BB: Nós demos sorte, pois assim que nos conhecemos, nos demos bem e viramos amigos. Estar ao lado do resto do elenco sempre foi muito fácil. Ruim foi quando nos separamos e cada um foi filmar para um lado. Mais estranho ainda foi quando eu e Dom nos separamos, no terceiro filme.

DM: Isso influencia sua atuação. Principalmente quando você está fazendo uma cena em que tem de demonstrar o quanto sente falta da outra pessoa. Há uma cena em O Retorno do Rei que estou conversando com Aragorn sobre Pippin e para onde ele tinha ido. E Aragorn fala Ele vai fazer o que tem de ser feito, assim como você deve fazer o seu trabalho. E na cena toda, eu só estava pensando que ele estava lá no Sul. Mas nós ficávamos ligando o tempo todo um para o outro.

Essa união de vocês surgiu no set?

BB: Sim. Nós realmente nos tornamos grandes amigos. Tudo o que foi falado na mídia sobre a amizade no set, não era só publicidade. A gente saía direto para surfar e outras coisas.

Além de mergulho, o que mais vocês fizeram por lá?

DM: Surf, Snowboard, bungee-jump, rafting, vimos vários filmes, jogamos videogame, ouvimos muita música, fomos a shows, ficávamos zoando na piscina.

BB: Nos divertimos pra caramba!

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